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17 junho 2011Fonte: Veritatis Splendor
Em 1926 ele foi preso acusado de  participar de atos subversivos  contra o governo fascista. implantado na  Itália, sua terra natal, e só  foi libertado oito anos depois em 1934.  Durante o período em que esteve  preso Gramsci, como é mais conhecido,  escreveu mais de 30 cadernos de  história e análise sócio-cultural. Estes  cadernos ficaram conhecidos  como Cadernos do Cárcere e Cartas do Cárcere.
Nos Cadernos do Cárcere, uma obra  monumental que foi editada em seis  volumes, Gramsci descreve como foi  sua dura vida nas prisões do regime  fascista na Itália. Entretanto,  estes Cadernos tornaram-se famosos por  outro motivo. O fato é que neles  Gramsci desenvolve técnicas para que a  esquerda pudesse conquistar o  poder. Ele não abandona as tradicionais  táticas de terrorismo empregadas  pela esquerda, tais como: seqüestro de  empresários, assassinato de  políticos e altos funcionários públicos e  destruição do patrimônio  público. Entretanto, ele introduz uma nova e  sofisticada técnica para  conquistar o poder. Essa técnica é a lavagem  cerebral.
Segundo ele, ao invés da esquerda lutar  diretamente contra o Estado e  a sociedade, ela deve procurar convencer  as pessoas que sua ideologia  está correta e é a única possibilidade da  espécie humana atingir a  prosperidade e a felicidade. Para tanto, deve  apresentar suas idéias,  por mais absurdas e desumanas que sejam, de  forma atraente e procurar,  sempre que possível, desqualificar as idéias  dos oponentes. Ele  recomenda que se use a técnica de modificar o sentido  original das  palavras. Dessa forma, algo que é ruim pode passar a ser  bom e algo bom  passar a ser visto como ruim. Essa técnica deve ser  utilizada em toda a  população, mas principalmente dentro das escolas e  com o púbico jovem.  Justamente o jovem que ainda está formando o seu  caráter e conhecendo  as normas e o funcionamento correto da vida social.  Em outras palavras,  o que Gramsci propõe, nos Cadernos do Cárcere,  é que seja  utilizada em ampla escala dentro da sociedade o processo de  lavagem  cerebral. Só assim o que antes era percebido como negativo,  ruim, mau,  pecaminoso e odioso, pode passar a ser percebido como  positivo, bom,  agradável e saudável.
De acordo com o jornalista italiano Alex Sardenha, que escreveu um livro chamado Gramsci: uma biografia,   “Gramsci promoveu o casamento das idéias de Marx com as de Maquiavel,   considerando o Partido Comunista o novo “Príncipe”, a quem o pensador   florentino renascentista dava conselhos para tomar e permanecer no   poder.
Para Gramsci, mais ainda do que para  Maquiavel, os fins justificam  os meios e qualquer ato só pode ser  julgado a partir de sua utilidade  para a revolução comunista. Nesse  sentido, certamente, Gramsci é um dos  maiores teóricos do totalitarismo  [do regime político autoritário] de  todos os tempos”.
Como é público a esquerda totalitária e  autoritária representada por  Gramsci nunca conseguiu impor sua ideologia  ao mundo. Essa ideologia é  o regime socialista.
Entretanto, apesar do fracasso da  ideologia do socialismo as idéias  de Gramsci continuam obtendo adeptos  em todo mundo. Na sociedade  contemporânea a mídia é um desses adeptos.  Constantemente ela utiliza  as técnicas de lavagem cerebral desenvolvidas  por Gramsci para  conseguir vender produtos, idéias e serviços que, a  princípio, a  população considera ruim, de baixa qualidade e  desnecessários.
Outra corrente adepta das idéias de  Gramsci é o movimento favorável  ao aborto ou pró-aborto, ou seja, o  movimento que defende que um feto,  um bebê ainda no ventre da mãe seja  assassinado.
A idéia de assassinar um feto é  terrível. Dificilmente um cidadão,  gozando de suas plenas faculdades  mentais, concordaria com ela. O mesmo  se dá com a sociedade. Ela tende a  rejeitar totalmente essa idéia.
Para tornar essa macabra idéia agradável  e aceitável, tanto pelo  cidadão como também pela sociedade, entra em  cena, mais uma vez, as  técnicas de lavagem cerebral de Gramsci.
O movimento favorável ao aborto ou  pró-aborto se utiliza,  basicamente, de duas grandes técnicas  desenvolvidas por Gramsci. A  primeira técnica é o esquecimento. Essa  técnica se dá da seguinte  forma: como esse movimento possui alta  penetração na mídia, ele  consegue lentamente retirar a imagem da  gravidez e do feto de  circulação. Nos diversos meios de comunicação  como, por exemplo, TV,  cinema, jornal e revistas, a imagem da gravidez e  do feto está, cada  vez mais, desaparecendo. É comum aparecer apenas  indivíduos adultos. Se  um extraterrestre chegasse ao planeta terra e  tivesse contato com a  programação da mídia, pensaria que os seres  humanos nascem todos  adultos e que são gerados por árvores ou algum  outro objeto. Este  extraterrestre jamais pensaria que um ser humano  nasce de outro ser  humano e que leva nove meses para crescer no ventre  de sua mãe antes de  nascer.
Atualmente, existe em curso um grande  processo que tem por objetivo  fazer a população esquecer que existe a  gravidez e o feto, ou seja, o  bebê no ventre da mãe. A gravidez e o feto  estão deixando de ser algo  natural, para se transformar em algo  estranho e desconhecido pelas  pessoas.
A segunda técnica utilizada é procurar modificar o sentido original das palavras.
Uma palavra que antes tinha um sentido  positivo, após passar pela  técnica de lavagem cerebral torna-se negativa  e ruim. Para tanto,  utiliza-se do procedimento de substituição de  palavras. Uma palavra “X”  passa a ser substituída por outra “Y”. O  movimento favorável ao aborto  ou pró-aborto se utiliza largamente dessa  técnica.
Por essa técnica a palavra “feto”, o  bebê no ventre da mãe,  justamente uma palavra carregada de sentidos  positivos e otimistas  passa a ser substituída por palavras que tenham  sentidos contrários, ou  seja, negativos e pessimistas. Entre as palavras  que o movimento  favorável ao aborto ou pró-aborto utiliza para  substituir a palavra  “feto” encontram-se “amontoado de células”,  “indesejado”, “pedaço de  carne”, “massa”, “bife”, “alienígena”, “tumor”,  “estrangeiro”,  “estranho”, “monstro”, “vírus”, “doença”, “erro”,  “resto”, “sobra”,  “castigo” e “pacote”. Já imaginou o estrago mental que  ocorre na  consciência de uma adolescente quando ela ouve na escola, na  TV ou em  qualquer ambiente social que um feto é um “amontoado de  células”, um  ser “indesejado”, um “erro”, um “tumor”, um “pedaço de  carne” ou  qualquer uma das palavras acima citadas?
Além da palavra “feto” o movimento  favorável ao aborto ou pró-aborto  procura modificar o sentido de outras  palavras. Entre elas estão à  palavra “gravidez”, “casamento”, “aborto” e  as expressões “movimento  favorável ao aborto ou pró-aborto” e  “movimento em defesa da vida e  contra o aborto”.
No tocante a palavra “gravidez” o  movimento favorável ao aborto ou  próaborto procura modificá-la para  “imprevisto”, “inconveniente”,  “doença”, “erro”, “acidente”, “punição” e  “irregularidade”. Imagine o  estrago causado na consciência de uma jovem  ao saber que gravidez é um  “acidente”, um “inconveniente”, uma  “irregularidade” ou uma “punição”?
Já a palavra “casamento”, uma das mais  odiadas pelo movimento  favorável ao aborto ou pró-aborto, é substituída  pela palavra “morte”,  “sepultura”, “tumulo”, “depressão”, “decadência”,  “submissão”,  “infelicidade”, “erro”, “prisão” e “castigo”
Além dessas palavras são utilizadas as  seguintes expressão para se  referir ao casamento: “instituição social”,  “valor masculino e  machista”, “valor social superado” e “punição  social”. Imagine um jovem  casal de namorados após ter contato com essas  palavras e expressões,  esse casal vai querer se casar e ter filhos(as)?  Uma adolescente vai  querer se casar e ter filhos(as)?
A expressão “movimento favorável ao  aborto ou pró-aborto” é  substituída por palavras e expressões, tais  como: “inovador”,  “consciente”, “liberal”, “livre escolha”,  “transgressor”,  “transformador” e “libertador”. Qual é o jovem ou o  cidadão que após  anos ouvindo essas palavras e expressões vai pensar que  o movimento  favorável ao aborto ou pró-aborto é um movimento que  defende o  assassinato em massa de fetos? É um movimento que promove o  genocídio  de fetos?
Já a expressão “movimento em defesa da  vida e contra o aborto” é  ridicularizada e sofre todas as formas de  preconceito. Isso fica  patente nas palavras e expressões que são  atribuídas a esse movimento.  Entre elas citam-se: “conservador”,  “antiquado”, “alienado”,  “quadrado”, “ignorante”, “analfabeto”,  “iletrado”, “defensor de valores  sociais superados”, “submisso”,  “infeliz”, “selvagem”, “retrogrado” e  “superado”. Qual é o cidadão que  vai querer aderir a um movimento  social que possua características tão  negativas? Como se pode ver a  técnica da substituição de palavras é  muito eficiente.
Outra palavra que o movimento favorável  ao aborto ou pró-aborto  procura desesperadamente substituir é a palavra  “aborto”, ou seja, o  assassinato do feto ainda no ventre da mãe.  Historicamente, a palavra  “aborto” tem um forte teor negativo. Em  algumas regiões do planeta ela é  até proibida de ser pronunciada.  Entretanto, o movimento favorável ao  aborto ou pró-aborto procura lhe dá  um sentido positivo, afável e  agradável. Para tanto, propõe substituir a  palavra “aborto” por  “esvaziamento do conteúdo do útero” (Qual é o  conteúdo do útero, senão a  criança por nascer?), “antecipação  terapêutica do parto”, “terapia”,  “regulação menstrual” (Aborto nos  primeiros dias de gravidez. Este tipo  de aborto geralmente é feito por  aspiração), “livre escolha”, “ato de  liberdade”, “cura de uma doença”,  “libertação social”, “ato  transformador”, “independência da mulher”,  “proteção social”, “avanço  social” e “projeto de sociedade”, “qualidade  de vida” e “bem-estar”.
Qual é a pessoa que após anos ouvindo na  TV, lendo nos jornais e  tendo contato, em diversos ambientes sociais,  com essas palavras e  expressões vai pensar que por traz de um sentido  tão positivo e  otimista há em curso um massacre de fetos? Um genocídio  de fetos? Quem  pensará o contrário? Quem pensará que por traz da palavra  ou expressão  como, por exemplo, “terapia”, “antecipação terapêutica do  parto”,  “esvaziamento do conteúdo do útero”, “livre escolha” e “ato de   liberdade” encontra-se o assassinato de bebês inocentes?
É possível ter uma visualização melhor  da técnica de substituição de  palavras no quadro que se encontra logo  abaixo, cujo título é:  “Lavagem cerebral. Técnica de substituição de  palavras”.
* fragmento da obra Aborto:  discursos filosóficos / Ivanaldo  Santos. – João Pessoa: Idéia, 2008.  Disponível em   www.providafamilia.org.br%2Fsite%2F_arquivos%2F2008%2F370__aborto_-_discursos_filosoficos.pdf.
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