Sobre a pastoral com jovens que vivenciam tal inclinação
OTTAWA, terça-feira, 5 de julho de 2011 (ZENIT.org) – A Comissão para a Doutrina, da Conferência Episcopal do Canadá (CECC), publicou no último dia 27 de junho uma carta sobre o ministério pastoral com jovens que sentem atração por pessoas do mesmo sexo.
“Enquanto os atos homossexuais são sempre objetivamente maus, as inclinações não constituem por si mesmas um pecado ou falta moral”, explicam os bispos.
“Para muita gente, a atração homossexual é uma prova – continuam. Os pastores devem, portanto, aproximar-se dessas pessoas com muita prudência e caridade.”
As pessoas que sentem uma atração erótica e afetiva por pessoas do mesmo sexo, de maneira predominante e não só episódica, “devem ser acolhidas com respeito, compaixão e delicadeza”, indica o texto, de maneira que se evite qualquer “discriminação injusta”.
“Estas pessoas estão chamadas a realizar a vontade de Deus em suas vidas”, afirmam os bispos.
O documento recorda que a Igreja nunca condena as pessoas que sentem uma atração homossexual.
Diretrizes para pais e educadores
Com relação aos pais que têm um filho com tendências homossexuais, a carta destaca a necessidade de ter “paciência, domínio de si, prudência e compreensão”.
Os bispos afirmam que “o acompanhamento (counseling) pode supor um recurso precioso para certos jovens, que atravessam talvez um período de crise, tomando consciência de seus sentimentos homossexuais”.
Alertam sobre a tendência ao suicídio, experimentada por algumas pessoas quando já não podem negar mais ou ignorar em si mesmos uma profunda inclinação homossexual.
Aos educadores, recordam que “não se faz um serviço aos jovens evitando as questões difíceis ou diluindo o ensinamento da Igreja”.
Pedem que sejam “testemunhos da verdade moral integral, à qual são contrárias tanto a aprovação das relações homossexuais como a discriminação injusta das pessoas homossexuais”.
E que velem “especialmente por afastar dois grandes perigos dos adolescentes e jovens com tendências homossexuais”: que se considerem somente como indivíduos com inclinações e desejos sexuais, ao invés de como pessoas revestidas de uma dignidade recebida de Deus, e sua participação em uma “cultura gay” com seu estilo de vida muitas vezes agressivo e imoral.
Chaves contra a inclinação
Aos jovens com tendências homossexuais, os bispos manifestam sua proximidade e lhes recordam que rezam por eles e que ser cristão “é o que dá à sua vida seu sentido e sua orientação decisiva”.
Em concreto, incentivam os jovens a orar sem cessar, estar vigilantes, celebrar frequentemente os sacramentos e cultivar amizades virtuosas.
No final da carta, os bispos citam alguns documentos da Igreja sobre a atração homossexual: “Sobre a pastoral com relação às pessoas homossexuais” (1986) e “Algumas considerações acerca da Resposta aos Projetos de Lei sobre a Não Discriminação de Pessoas Homossexuais” (1992), da Congregação para a Doutrina da Fé.
Do Conselho Pontifício para a Família, referem-se ao documento de 1995, “Verdade e significado da sexualidade humana: orientações para a educação em família”, e ao Catecismo (2357-2359).
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