28/01/2012
A reportagem é do sítio Religión Digital, 26-01-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Os jornais Corriere della Sera e Libero Quotidiano publicaram trechos dessa carta, divulgada pelo apresentador do programa Gli Intoccabili (Os Intocáveis), do canal de televisão pago La7, Gianluigi Nuzzi, que dedicou o espaço ao assunto.
Segundo Nuzzi, citado pelo Libero Quotidiano, o arcebispo italiano, de 70 anos, enviou uma carta a Bento XVI no dia 27 de março de 2011, em que se lamentava das "corruptelas e privilégios" que tinha visto depois de assumir o cargo de secretário geral do Governatorato em julho de 2009.
"Beatíssimo Padre, uma transferência minha provocaria desorientação naqueles que acreditaram que era possível sanar tantas situações de corrupção e de prevaricação há muito tempo enraizadas na gestão das diversas direções" do governo vaticano, escreveu Viganò ao papa, segundo Nuzzi.
Em outra carta, segundo o Corriere della Sera, Viganò escreve: "Jamais pensaria em me encontrar diante de uma situação tão desastrosa", que, apesar de ser "inimaginável", era "conhecida por toda a Cúria".
O arcebispo denunciou, segundo o jornal de Milão, que, no Vaticano, "trabalham sempre as mesmas empresas, com custos dobrados em relação a outras, até porque não existe nenhuma transparência na gestão dos contratos de construção e de engenharia".
Ele também denunciou, dentre outras coisas, que a Fábrica de São Pedro, que se encarrega da manutenção dos edifícios vaticanos, apresentou uma conta "astronômica" de 550 mil euros para a construção do tradicional presépio, que foi colocado na Praça de São Pedro em 2009.
Viganò também denunciou que os banqueiros que integram o chamado "Comitê de Finanças e Gestão" se preocupam mais com os seus interesses "do que com os nossos" e que, em dezembro de 2009, em uma operação financeira "queimaram (perderam) 2,5 milhões de dólares".
O prelado relatou em suas cartas ao papa que, durante a sua gestão, conseguiu que o Vaticano passasse de oito milhões e meio de déficit em 2009 para um lucro de 34,4 milhões em 2010.
Segundo Nuzzi, Viganò, com a sua política de rigor, fez muitos inimigos e, por isso, foi retirado do Governatorato e enviado como núncio (embaixador) aos EUA, cargo ao qual foi nomeado no último dia 19 de outubro.
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jbpsverdade: Ontem (27) eu publiquei a seguinte matéria Vaticano desmente energicamente, do sítio ACI, em resposta a denúncia de corrupção no Vaticano. Quero ressaltar que o compromisso do blog é com a verdade e mais ainda, eu sou a favor da verdade doa a quem doer, importa para mim é fazer a vontade de DEUS e não a minha e nem tão pouco a dos outros. Tenho escrito muitas vezes que "querem tapar o sol com a peneira", isto não faz meu gênero, a verdade tem que prevaleçer acima de todas as coisas. E mais ainda, quem é da verdade não é aceito por muitos, veja o que aconteceu com Jesus Cristo.
O apostolo Paulo, o menor dos apóstolos... Porque eu sou o menor dos apóstolos, e não sou digno de ser chamado apóstolo, porque persegui a Igreja de Deus. (I Cor 15, 9), não hesitou em exortar aquele que Jesus confiou o pastoreio de sua Igreja, ou seja, Pedro... Quando vi que o seu procedimento não era segundo a verdade do Evangelho, disse a Cefas, em presença de todos: Se tu, que és judeu, vives como os gentios, e não como os judeus, com que direito obrigas os pagãos convertidos a viver como os judeus? (Gl 2, 14)
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