jbpsverdade: A cada dia, mais eu amo a Igreja Católica e Maria, a Mãe do meu Senhor e Salvador Deus, Jesus Cristo. Leia caríssimo visitante, esse belíssimo texto que confirma Maria como Mãe de Deus, extraído do blog moreira-crist, de autoria do professor Evaldo Gomes. Quem lê e não se convence é porque o seu intelecto não está sujeito ao Espírito Santo que nos ensina todas as coisas conforme as Palavras de Jesus Cristo, ou seja, Disse-vos estas coisas enquanto estou convosco. Mas o Paráclito, o Espírito
Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e
vos recordará tudo o que vos tenho dito. (Jo 14, 25-26)
Agora leia o texto e peça ao Espírito Santo que ilumine o seu intelecto para que entenda e aceite esta verdade de fé.
xxx
3 de janeiro de 2013
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| Maria, Mãe do Senhor |
Todos os dogmas
marianos, sem exceção, são primordialmente cristocêntricos. Todos eles
apontam para a excelência da pessoa do Senhor. Com efeito, embora falem
de Maria, os dogmas relativos a ela só têm razão de ser por causa da sua
íntima relação com Jesus Cristo.
Assim, Maria foi
perpetuamente virgem porque ela foi reservada exclusivamente para
Cristo. A sua Imaculada conceição e a sua Assunção aos céus só ocorreram
porque ela, sendo mãe de Cristo, tinha que ser preservada do pecado; e
uma vez preservada, assunta aos céus, evidentemente.
Como se vê, é a especialidade de Cristo que realmente faz de Maria essa excelsa criatura.
O outro dogma,
diríamos, o mais importante dogma mariano, e inclusive o cerne de todos
os outros é justamente este: a maternidade divina de Maria. Ou seja, a
relação que Maria tem com Jesus não é apenas uma relação entre
criaturas, pois embora Maria seja mera criatura, o seu filho, no
entanto, é o próprio Deus. E Maria, por ser mãe de Cristo, que é Deus,
logicamente ela é “mãe de Deus” (Theotókos, no grego). Esse dogma,
reconhecido oficialmente em 431, no Concílio de Éfeso, é aquele do qual
todos os outros dogmas marianos se derivam.
A doutrina é tão
evidente que os argumentos usados pelos adversários desse dogma são
totalmente insustentáveis. Diante dos fatos não há realmente argumento.
Alega-se, por exemplo, que Maria é mãe da humanidade de Jesus, não da
sua divindade. Se humano gera humano Maria, para eles, não poderia gerar
Deus, mas, sim um mero humano. Chegam os inimigos do dogma até a
exigirem de nós a prova bíblica para a aceitação da doutrina (como se
eles pudessem, na Bíblia, provar o contrário). Argumentam, então, que a
Bíblia nunca usa para Maria, o título de “mãe de Deus”. Então, concluem:
Maria foi apenas mãe para a humanidade de Cristo, não para a sua
divindade; pois a divindade do Senhor é eterna.
O despautério
dessa afirmação é patente: o suposto absurdo que eles querem encontrar
no dogma, na realidade não está na maternidade de Maria, mas sim na
identidade do Filho dela. Humano gera humano quando a mãe e o filho são
meramente humanos; mas, quando esse humano gerado também é divino, o
outro humano, mesmo que continue apenas humano, estará gerando um
humano-divino, sem a mínima dúvida. O “absurdo”, portanto, está no
humano ser também divino; não no humano gerar um divino que se
humanizou. Ora, se Jesus não fosse Deus, realmente seria absurdo Maria
ser mãe de Deus; mas se o filho de Maria não é meramente humano, mas
também Deus, ela, de fato, é mãe de Deus. Pois Jesus não é Deus ou
homem, mas, sim, Deus e homem ao mesmo tempo. Logicamente, Maria é mãe
de Deus, quer gostem, quer não gostem os seus adversários.
Sabe por que a
Bíblia nunca chama Maria de mãe de Deus assim com essas palavras? Por um
único motivo: é que essa mesma Bíblia nunca chama Cristo explicitamente
de Deus. Ora, se as Escrituras nunca chamam Cristo explicitamente de
Deus, como podemos querer que ela chame Maria de mãe de Deus
explicitamente?
Um dos poucos
textos bíblicos, porém, que dão a Jesus o nome de Deus, embora não
exatamente com essas palavras, também chama Maria de mãe de Deus. Veja
Mt 1,23: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz a um filho que se chamará Emanuel, que significa: Deus conosco.” É
claro que quem dá à luz a Deus conosco é “mãe” deste Deus conosco.
Responda, por exemplo, se quem dá à luz ao presidente da República não é
“mãe” do presidente da República. Como poderá uma mulher dar à luz a
Deus conosco e não ser mãe dele? Só mesmo no estrabismo sectário.
Além disso, em Lc 1,42 Isabel chama Maria de “mãe do meu Senhor”.
Ora, Lucas foi escrito em grego, e no grego a palavra “Senhor” é
kyrius, termo grego que substitui o tetragrama, e que todos os
estudiosos da Bíblia sabem que ele demonstra a divindade de Jesus. Não
está, pois, Isabel aí chamando Maria mãe de Deus?
Questionar a
maternidade divina de Maria só é realmente possível em três casos:
primeiro, se Jesus não for Deus; ou, então, se em Jesus havia duas
pessoas, uma humana e outra divina. Nesse caso, Maria estaria gerando a
pessoa humana, não a divina. Terceiro, se Maria não é mãe de Jesus.
Admitir essas realidades e negar a maternidade divina de Maria é o
cúmulo do absurdo. E negar uma das duas primeiras verdades é comprometer
a identidade do Senhor. Negar a terceira é chocar-se claramente com a
Bíblia, e chocar-se com a Bíblia é chocar-se com o próprio Jesus, pois
ela é palavra dEle.
Percebeu o caro
leitor que para se negar que Maria seja mãe de Deus tem que se ferir o
próprio Jesus? No fundo o atingido não é Cristo? Então, fica claro que
os que combatem a Virgem santa estão, de fato, combatendo seu filho
amado, Cristo Jesus. Diminuir a relação da Virgem com Jesus implica
esvaziar o próprio Jesus. A negação da Maternidade divina de Nossa
Senhora é, na verdade, um problema cristológico muito mais do que
mariológico.
Não dá para
acreditar que os evangélicos, admitindo o mesmo ensino católico sobre a
pessoa do Senhor (divindade e unicidade de pessoa), negam essa
realidade. Como pode uma mulher ser mãe de uma pessoa única e não ser
mãe dessa pessoa inteira? Seria o caso de perguntar ainda: então, nossa
mãe não é mesmo nossa mãe, já que ela não nos gerou a alma, mas apenas o
corpo?
Todos nós
sabemos que Jesus é Deus encarnado, e que nele há uma única pessoa, com
duas naturezas (uma divina e outra humana). Maria é Mãe de Deus, porque é
mãe da pessoa de Cristo. Ela não é mãe da Divindade de Cristo, pois
esta divindade já existia desde toda a eternidade. Mas a partir do
momento em que o Verbo se encarnou no seio da Virgem, ela tornou-se a
mãe da pessoa de Cristo inteiro que é homem e Deus ao mesmo tempo.
Nenhuma mulher é
mãe de uma natureza, mas sim de uma pessoa. Nossa mãe é nossa mãe,
embora não nos tenha gerado a alma humana, mas apenas por nos ter gerado
humanamente. Ela é nossa mãe porque é mãe da nossa pessoa e não da
nossa natureza.
A partir da
Encarnação, a Virgem realmente tornou-se Mãe de Deus porque em Jesus
existe uma só pessoa com duas naturezas. Não há nele uma pessoa divina e
outra humana. Não é um corpo humano (co) habitado pela 2ª pessoa da
Trindade, mas sim a Encarnação desta única pessoa. Uma só pessoa,
embora, duas naturezas. É notório, então, que aqueles que negam ser
Maria mãe de Deus não estão entendendo corretamente o Mistério da
Encarnação. E o problema é, pois, cristológico, não mariológico.
O Concílio de
Niceia (325) e o de Constantinopla (381) definiram que Cristo era
verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, ou seja, que Cristo era
uma única pessoa (divina), porém, com duas naturezas distintas (a humana
e a divina). Depois desses Concílios, a Igreja pôde estudar melhor a
humanidade de Cristo e qual o relacionamento dele com a sua divindade.
Isto foi possível porque, a partir daquele momento, houve um consenso a
respeito da unicidade de pessoa e da duplicidade de naturezas em Cristo.
Em 431, então, a
Igreja convocou o Concílio de Éfeso (que vale ressaltar tratar-se de um
Concílio legítimo, aceito inclusive pelos protestantes históricos) para
discutir e fechar o assunto. Um dos bispos presentes nesse Concílio, o
bispo Nestório de Constantinopla, achava que o Verbo habitava na
humanidade de Jesus como um homem se acha numa veste; segundo ele, havia
duas pessoas em Cristo "uma divina e outra humana" unidas entre si por
um vínculo afetivo ou moral. Consequentemente, Maria não seria Mãe de
Deus (Theotókos), mas somente Mãe de Cristo (Christókos); ela teria
gerado o homem Jesus, ao qual se uniu a 2ª pessoa da Trindade com a sua
Divindade.
A Igreja
Primitiva, porém, definiu que Maria é Mãe de Deus porque é Mãe da Pessoa
de Cristo, que é Deus. Durante o Concílio, São Cirilo apresentou
inúmeros textos dos Padres apostólicos em defesa da maternidade divina
de Maria, o que ajudou ainda mais a se definir a fé que hoje
professamos.
Basta, de fato,
estudar a Igreja primitiva para constatarmos que a fé que a Igreja
Católica definiu em Éfeso realmente foi deixada e ensinada pelos
apóstolos e seus sucessores.
Veja:
Santo André apóstolo, por exemplo, disse: "Maria é Mãe de Deus, resplandecente de tanta pureza, e radiante de tanta beleza, que, abaixo de Deus, é impossível imaginar maior, na terra ou no céu." (Sto Andreas Apost. in transitu B. V., apud Amad.).
São João, apóstolo, e autor do Evangelho homônimo e do Apocalipse, também disse: "Maria
é verdadeiramente Mãe de Deus, pois concebeu e gerou um verdadeiro
Deus, deu à luz, não a um simples homem como as outras mães, mas Deus
unido à carne humana." (S. João Apost. Ibid).
O apóstolo S. Tiago também disse em sua liturgia: "Maria é a Santíssima, a Imaculada, a gloriosíssima Mãe de Deus" (S.
Jac. in Liturgia). A própria liturgia que S. Marcos Evangelista (Bispo e
fundador da Igreja em Alexandria (Egito), também discípulo de São Pedro
e São Paulo) deixou à Igreja no Egito (hoje, a Igreja Copta Ortodoxa) é
riquíssima na fé de que Maria é Mãe de Deus.
O mesmo acontece
com a liturgia deixada por S. Mateus na Etiópia e a que São Tomé deixou
à Igreja na Índia (hoje, Igreja Nestoriana).
S. Dionísio Areopagita: "Maria é feita Mãe de Deus, para a salvação dos infelizes." (S. Dion. in revel. S. Brigit.).
Orígenes (Sec. II) escreveu:"Maria é Mãe de Deus, unigênito do Rei e criador de tudo o que existe" (Orig. Hom. I, in divers.)
Santo Atanásio disse: "Maria é Mãe de Deus, completamente intacta e impoluta." (Sto. Ath. Or. in pur. B.V.).
Santo Efrém: "Maria é Mãe de Deus sem culpa" (S. Ephre. in Thren. B.V.).
S. Jerônimo: "Maria é verdadeiramente Mãe de Deus". (S. Jerôn. in Serm. Ass. B. V.).
Santo Agostinho: "Maria é Mãe de Deus, feita pela mão de Deus". (S. Agost. in orat. ad heres.).
Convém
lembrar aqui também que nem os Pais da Reforma negaram essa verdade.
Veja, por exemplo, Lutero, o qual a respeito das virtudes de Maria,
dizia: "A bem-aventurada Virgem via
Deus em tudo; não se apegava a criatura alguma; tudo, Ela o referia a
Deus... Por isto é puríssima adoradora de Deus, Ela que exaltou Deus
acima de todas as coisas" ( Weimar, tomo 1, pg.60s ).
No término de sua vida, aos 17/01/1546, Lutero exclamou um sermão muito agitado: "Não
se deve adorar somente o Cristo? Mas não se deve honrar também a Santa
Mãe de Deus? Esta é a mulher que esmagou a cabeça da serpente. Ouve-nos,
pois o Filho te honra; Ele nada te nega. Bernardo foi longe demais ao
comentar o Evangelho... Só a respeito de Cristo está dito: 'Ouvi-o' e:
'Eis o Cordeiro de Deus'... Isto não foi dito a propósito de Maria, nem
dos anjos, nem de Gabriel"( Weimar, tomo 51, pg. 128s). Vê-se que
até os últimos dias Lutero guardou certa devoção à Mãe de Deus... Que
ele invocou no seu comentário ao Magnificat: "A mesma amantíssima
Mãe de Deus queira obter a graça para mim, a fim de que possa expor o
seu cântico com proveito e profundidade" (Weimar, tomo 7, pg. 545 ).
Zwinglio que iniciou uma reforma em Zürich (Suíça), declarou: "Estimo grandemente a Mãe de Deus, a Virgem Maria perpetuamente casta e imaculada" ( ZO 2,189). Heinrich Bullinger, sucessor de Zwinglio, testemunhou: "Cremos que o corpo puríssimo da Virgem Maria, Mãe de Deus é templo do Espírito Santo... foi levado pelos anjos ao céu".
Professor Evaldo Gomes
Fonte: Programa Falando de Fé

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