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O
porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa afirmou esta sexta-feira
que a Igreja tem dado "passos muito concretos" na luta contra a
pedofilia e reiterou a sua "total disponibilidade" para "prevenir e
tratar eventuais casos" de abusos.
As declarações do padre
Manuel Morujão surgem em resposta a um comunicado do presidente da Rede
de Cuidadores, António Carvalho, no qual criticou "a hipocrisia da
hierarquia da Igreja Católica" em relação à pedofilia e disse que a
associação recebeu várias denúncias de abusos praticados por sacerdotes
ou responsáveis de instituições católicas.
"Na passada segunda-feira, a Rede de Cuidadores (...) tece um conjunto de afirmações nas quais coloca em questão o empenho da Igreja Católica na erradicação da pedofilia do seu seio. Nesse sentido, a Igreja, mais uma vez, manifesta a sua total disponibilidade para acertar a verdade relativa a eventuais abusos", refere o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CE) em comunicado.
Manuel Morujão recorda que compete a cada bispo na sua Diocese a responsabilidade de pôr em prática as diretrizes da CEP: "Reconhecer a verdade, apoiar as eventuais vítimas, colaborar com as autoridades, procurar todos os meios para superar tão grave problema".
"Foi esta a posição que, a 22 de março de 2011, D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga e, na altura, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, expressou no encontro que manteve com os responsáveis da Rede de Cuidadores, afirmando ainda a inteira disponibilidade da Igreja para colaborar com todas as instituições de maneira a que os mais indefesos possam ser, também, os mais protegidos", adianta.
O responsável sublinha que foram postos em prática "os necessários meios para a correção de possíveis comportamentos e mesmo a erradicação do seu seio de pessoas que mantenham atitudes incompatíveis com a sua missão na Igreja".
Acrescenta ainda que a Igreja reconhece "o importante papel" da Rede de Cuidadores na sociedade e "manifesta novamente a sua disponibilidade em colaborar com todas as instituições que tenham como missão proteger os menores de todos e quaisquer abusos".
Em declarações na segunda-feira à Lusa, Álvaro de Carvalho, explicou que divulgou o comunicado, a propósito do processo do Seminário Menor do Fundão, que levou à detenção do vice-reitor por suspeita de abuso de menores, por considerar essencial a associação dar "a sua versão dos acontecimentos em termos dos factos para evitar mais equívocos".
Para o psiquiatra, a Igreja tem tido tradicionalmente um comportamento de, perante um perigo, "enterrar a cabeça na areia, salvo "raríssimas exceções".
Álvaro de Carvalho adiantava no comunicado que na reunião que manteve com D. Jorge Ortiga, onde participaram também Odete Sá e Catalina Pestana, da direção da associação, foi-lhes dito pelo bispo que as "denúncias não eram suficientes" e que a associação apresentasse provas".
"Não é função da Rede, e só um reverendíssimo bispo parece não saber que estes crimes vivem de silêncios e medos ancestrais, escondidos por muros espessos e altos, onde o comum dos mortais não tem entrada, quer se trate de asilos, seminários, quartéis ou instituições psiquiátricas", acrescentava.
A associação ofereceu-se, então, para reunir com o Episcopado e para ajudar na metodologia de seleção e formação de catequistas ou dirigentes de outros movimentos da Igreja.
"Na passada segunda-feira, a Rede de Cuidadores (...) tece um conjunto de afirmações nas quais coloca em questão o empenho da Igreja Católica na erradicação da pedofilia do seu seio. Nesse sentido, a Igreja, mais uma vez, manifesta a sua total disponibilidade para acertar a verdade relativa a eventuais abusos", refere o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CE) em comunicado.
Manuel Morujão recorda que compete a cada bispo na sua Diocese a responsabilidade de pôr em prática as diretrizes da CEP: "Reconhecer a verdade, apoiar as eventuais vítimas, colaborar com as autoridades, procurar todos os meios para superar tão grave problema".
"Foi esta a posição que, a 22 de março de 2011, D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga e, na altura, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, expressou no encontro que manteve com os responsáveis da Rede de Cuidadores, afirmando ainda a inteira disponibilidade da Igreja para colaborar com todas as instituições de maneira a que os mais indefesos possam ser, também, os mais protegidos", adianta.
O responsável sublinha que foram postos em prática "os necessários meios para a correção de possíveis comportamentos e mesmo a erradicação do seu seio de pessoas que mantenham atitudes incompatíveis com a sua missão na Igreja".
Acrescenta ainda que a Igreja reconhece "o importante papel" da Rede de Cuidadores na sociedade e "manifesta novamente a sua disponibilidade em colaborar com todas as instituições que tenham como missão proteger os menores de todos e quaisquer abusos".
Em declarações na segunda-feira à Lusa, Álvaro de Carvalho, explicou que divulgou o comunicado, a propósito do processo do Seminário Menor do Fundão, que levou à detenção do vice-reitor por suspeita de abuso de menores, por considerar essencial a associação dar "a sua versão dos acontecimentos em termos dos factos para evitar mais equívocos".
Para o psiquiatra, a Igreja tem tido tradicionalmente um comportamento de, perante um perigo, "enterrar a cabeça na areia, salvo "raríssimas exceções".
Álvaro de Carvalho adiantava no comunicado que na reunião que manteve com D. Jorge Ortiga, onde participaram também Odete Sá e Catalina Pestana, da direção da associação, foi-lhes dito pelo bispo que as "denúncias não eram suficientes" e que a associação apresentasse provas".
"Não é função da Rede, e só um reverendíssimo bispo parece não saber que estes crimes vivem de silêncios e medos ancestrais, escondidos por muros espessos e altos, onde o comum dos mortais não tem entrada, quer se trate de asilos, seminários, quartéis ou instituições psiquiátricas", acrescentava.
A associação ofereceu-se, então, para reunir com o Episcopado e para ajudar na metodologia de seleção e formação de catequistas ou dirigentes de outros movimentos da Igreja.
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