03 Maio 2013 
Escrito por Michelle Arnold 
Muitos
 anos atrás, quando eu estava no processo de conversão ao catolicismo, 
eu li “catolicismo e fundamentalismo”, escrito pelo fundador de um site 
de apologética católica, Karl Keating. Constava naquele livro uma 
citação do Bispo Fulton Sheen, que é reconhecido por frequentemente 
discutir o fenômeno da intolerância anticatólica: não existem mais que 
cem pessoas nos Estados Unidos que odeiam a Igreja Católica, existem 
milhões, que de forma equivocada, odeiam a Igreja porque pensam que ela 
ensina coisas que na verdade não são ensinadas- que, naturalmente, uma 
coisa é bem diferente da outra. 
Dizer o que a Igreja ensina é uma coisa, agora, imaginar que a Igreja ensina assim ou assado é outra coisa... Como alias, se nós católicos acreditamos em todas as inverdades e mentiras que são ditas contra a Igreja, nós odiaríamos a Igreja muito mais que eles.
Dizer o que a Igreja ensina é uma coisa, agora, imaginar que a Igreja ensina assim ou assado é outra coisa... Como alias, se nós católicos acreditamos em todas as inverdades e mentiras que são ditas contra a Igreja, nós odiaríamos a Igreja muito mais que eles.
Quando eu leio uma declaração sobre uma 
pessoa famosa, eu sempre procuro uma nota de roda pé, e Karl, no seu 
livro, providenciou uma. Na hora, eu não pensei muito sobre o assunto. 
Simplesmente continuei lendo sobre a diferença entre a crença Católica e
 a crença dos Protestantes Fundamentalistas.
Alguns anos mais tarde, a internet 
explodiu e eu comecei a ver essas citações (que na hora da leitura tinha
 ignorado) em todos os lugares, até mesmo como “memes” no facebook; era 
mencionado nos debates virtuais e correia pelos e-mails. O problema é 
que nunca vi a tal citação trabalhada da mesma forma que foi no livro. O
 número de pesquisas usando as palavras que o Bispo Sheen tinha dito era
 enorme.
Finalmente, eu decidi que tinha que 
rastrear a citação. Mas já fazia muito tempo que tinha visto a tal 
citação e não conseguia mais a encontrar. Depois de semanas pesquisando 
em livros de anticatolicismo, que pensava que lá eu poderia achar, eu 
achei a citação do Bispo... e me lembrei que Karl tinha citado a fonte 
original.
Você poderia pesquisar e pesquisar nos 
livros que você não encontraria. Isso porque a citação é parte de um 
prefacio que o Bispo escreveu para a “Radio Replies”, ao terceiro volume
 de perguntas e respostas sobre fé Católica, do Padre Leslie Rumble e 
Charles Carty, padre apologista do século XX. O prefacio é bastante 
longo, mas vale a pena ler na integra. Minha parte favorita do prefacio é
 quando Sheen argumenta sobre uma “marca” não oficial da Igreja de 
Cristo que seria odiada pelo mundo:
Se eu não fosse católico e estivesse 
procurando a verdadeira Igreja hoje, eu poderia procurar uma igreja que 
não se desse bem com esse mundo, em outras palavras, eu procuraria a 
igreja que o mundo odeia. Minha razão para tal atitude é que se Cristo 
está em todas as igrejas do mundo, ainda assim ele continuaria sendo 
odiado como ele foi quando esteve corporalmente presente entre nós. Se 
você se encontrasse com Cristo hoje, então encontraria a Igreja que não 
se dá bem com esse mundo.
Procure a Igreja que é odiada no mundo 
como Cristo também foi. Procure a Igreja que é acusada de ser 
ultrapassada, como Cristo foi acusado de ser ignorante. Procure a Igreja
 que os homens escarneiam como se fosse uma sociedade inferior, assim 
como acusaram Cristo de ser Nazareno. Procure a Igreja que é acusada de 
ter um demônio como Cristo também foi acusado de estar possuído por 
Belzebu, o príncipe dos demônios. Procure a Igreja que, em tempos de 
fanatismo, os homens dizem que deve ser destruída, como crucificaram 
Cristo e achavam que estavam fazendo isso para agradar a Deus. Procure a
 Igreja que é rejeitada pelo mundo porque ela afirma ser um pilar 
infalível, como rejeitaram a Cristo quando Ele afirmou ser a Verdade. 
Procure a Igreja que é rejeitada pelo mundo, da mesma forma que Cristo 
foi rejeitado pelos homens.
Procure a Igreja que em meio à confusão 
de conflito de opiniões por seus membros, é a Igreja amada de Cristo e o
 rebanho respeita a voz do seu Pastor. 
Só o que é propriamente divino pode ser 
infinitamente amado e odiado. A Igreja é divina (Rádio Replies, vol. 1, 
prefácio, p. Ix, ligeiramente editados para facilitar a leitura).
Termino o artigo afirmando mais uma vez: procurem a Igreja Católica.
** Traduzido para o Veritatis Splendor por Thiago Rodrigo da 
Silva. Do original em inglês "Quotes and Rumors of Quotes", do website 
Catholic Answers.
 
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