jbpsverdade: Sobre o artigo publicado aqui com o título, Funcionário distribui falsas bênçãos do papa a políticos para obter patrocínio de projetos, veja a resposta do ex-presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado Barros Munhoz (PSDB).
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[folha]
DE SÃO PAULO
O ex-presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado Barros
Munhoz (PSDB), afirmou nesta terça-feira (16) que a bênção papal falsa
que recebeu do superintendente do patrimônio cultural da Casa lhe fez
"muito bem".
"Só se eu fosse adivinho [para saber que a bênção era falsa]. O que
posso dizer é que ela me fez muito bem, porque eu acreditei", afirmou.
Reportagem da Folha de anteontem mostrou que Munhoz foi uma das
autoridades agraciadas com bênçãos falsas das mãos de Emanuel von
Laurenstein Massarani, um senhor de 78 anos que, com gravata borboleta e
crucifixo na lapela, circula à vontade pela Assembleia paulista há pelo
menos oito anos.
Desde 2005, Massarani ocupa o cargo honorífico de superintendente do
patrimônio cultural. Não recebe pela função, mas tem à disposição sala,
equipamentos, funcionários e carro oficial para ir ao trabalho e voltar
para casa.
Emanuel Massarani (à esq.) entrega bênção papal a Barros Munhoz, em 2009 |
Munhoz também isentou a Assembleia de culpa em um patrocínio
intermediado pelo instituto de Massarani para que a filha de um diretor
de uma empresa do governo de São Paulo fosse a bienais na Itália com as
despesas pagas pela própria estatal.
"Isso não tem nada a ver conosco. Não foi feito pela Assembleia", afirmou.
Oficialmente, a função de Massarani é promover exposições e organizar o
acervo de arte da Assembleia. Extraoficialmente, ele usa a estrutura do
Legislativo para tocar os negócios de uma organização particular que
preside, o IPH (Instituto de Recuperação do Patrimônio Histórico), por
meio do qual conseguiu o patrocínio para a filha do diretor e
ex-presidente da Cesp (Companhia Energética de São Paulo), o engenheiro
Vilson Christofari.
O engenheiro admite ter atuado na estatal para ajudar a financiar a
participação da filha em duas exposições internacionais na Itália, mas
diz não haver conflito ético no caso.
A Assembleia informou que abriu uma apuração preliminar para verificar a situação de Massarani.
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