Mais uma profanação cristofóbica visou uma imagem de Nossa Senhora na
Villa Doria Pamphilj, em Roma, de onde se tem uma vista magnífica sobre
a cúpula de São Pedro, segundo informou o diário romano“Il Messaggero”.
No aniversário da queda da Bastilha em Paris, dia 14 de julho, os
profanadores “jogaram um líquido semelhante a sangue contra a estátua da
Virgem, cujo rosto e vestimentas ficaram sujos de sulcos vermelhos”,
denunciou a associação “Pela Villa Pamphilj”.
A imagem de Nossa Senhora profanada está no centro do monumento aos
soldados austríacos, franceses, italianos e espanhóis que em 1849
lutaram e contra as tropas anticatólicas lideradas por Garibaldi,
Mazzini, Saffi e Armellini, e que chegaram a instalar uma espúria
República Romana.
O bem-aventurado Pio IX, legítimo monarca dos Estados Pontifícios,
havia partido para o exílio poucos meses antes da proclamação dessa
sacrílega Republica.
Os republicanos o declararam deposto da condição de Rei de Roma. Ora,
o Santo Padre é o Rei dos Estados Pontifícios desde a doação da cidade e
das províncias vizinhas feita pelo Imperador Constantino em 315 ao Papa
São Silvestre I e ratificada pelo rei Pepino, o Breve, em 756 ao Papa
Estêvão II.
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Em 1975, mãos ignotas, mas sempre sacrílegas, cortaram a cabeça e as
mãos da Virgem. Agora “um novo e vil ataque somou-se às ações vandálicas
que estão na ordem do dia, e que estamos denunciando, apontando e
documentando repetidamente às autoridades competentes”, disse a
associação.
Os Papas sempre protestaram contra a espoliação anticristã dos
Estados Pontifícios e nunca deixaram de reivindicar seu direito
monárquico de governá-los.
Na Concordata do século XX esse direito foi reconhecido, tendo sido instituído o Estado da Cidade do Vaticano.
Os autores do atentado cristofóbico julgaram talvez que agora existe clima propício contra a monarquia do Papa.
Com efeito, uma chuva deletéria de informações acena para uma
iminente democratização do governo da Igreja e do rebaixamento do Papa a
uma mera condição de monarca constitucional.
Isto obviamente é incompatível com a tradição bimilenar da Igreja,
mas a blasfêmia ganhou novo e satânico fôlego que explodiu contra os
heróis da luta pelo Papa-rei.
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