domingo, 24 de novembro de 2013

“Tornaram-se abomináveis como as coisas que amaram”

Por Nilo Fujimoto
A Sagrada Escritura observa com clarividência que os homens se modelam pelas coisas que amam: “Encontrei Israel como cachos de uva no deserto; vi os seus pais como os primeiros frutos da figueira, que aparecem no cimo dela; mas eles foram ao templo de Beelfegor, e afastaram-se de mim para se cobrirem de confusão, e tornaram-se abomináveis como as coisas que amaram” (Oz. 9, 10). [1]
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Os séculos da verdadeira amizade, do casamento estável, constante, sério, levado até o fim da vida, foram os da Idade Média cristã. A era histórica da Fé Católica Apostólica Romana atuante e clara, sem medo de ostentar suas verdades, sem ocultá-las, sem diminuí-las e sem exagerá-las.
Como esses homens eram amigos entre si? Como o esposo e a esposa se queriam entre si?
Impressionam as sepulturas medievais. Enquanto os cadáveres, em baixo, estavam entregues à corrupção dos corpos, sobre o tampo do sepulcro os gizantes representavam marido e mulher deitados. Se haviam sido nobres, com frequência ambos portavam a coroa correspondente ao grau de nobreza que possuíam. E o homem, se tinha sido guerreiro ou sobretudo cruzado, revestia-se de armadura e trazia ao lado sua espada.
Tão grande era a união desses casais, que até na representação fria do mármore se notava. É edificante vê-los deitados, como quem dorme à espera da ressureição dos mortos. [2]
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bolo de casamento da confeiteira americana Natalie Sideserf
Bolo de casamento da confeiteira americana Natalie Sideserf

Essas disposições foram sucessivamente abandonadas e substituídas pelos desequilíbrios resultado da intemperança. A imagem ao lado é reflexo disso.
Trata-se do bolo de casamento da confeiteira americana Natalie Sideserf.
“Com as cabeças decapitadas dela e do marido David, 30 anos, Natalie esculpiu marcas de expressão no rosto, decorou com material que lembra sangue para tornar realista o bolo macabro e destacou na base a frase “até que a morte nos separe.
“Segundo Natalie seu marido é fã de filmes de terror.” [3]
Se é verdade que aquilo que o homem ama o transforma, pergunta-se: é desejável modelar alguém segundo o gosto macabro  do bolo de casamento? O leitor quereria, por exemplo, que segundo ele se conformassem de alma ou de corpo os seus filhos?

[2] – http://www.catolicismo.com.br/materia/materia.cfm/idmat/9CA842C7-3048-560B-1C82F4D0AE2652E4/mes/Agosto1996
[3] – http://resumodanet.com/2013/11/casal-faz-bolo-de-casamento-com-cabecas-decapitadas.html

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