ihu - O mundo muçulmano “teme” pelas expectativas e esperanças geradas por Francisco. A afirmação é de Foad Aodi, presidente das comunidades árabes na Itália, que, num colóquio organizado para falar sobre as perspectivas de paz no Oriente Próximo e o papel nas mesmas do novo pontificado, incidiu na “oposição interna” aos planos renovadores de Bergoglio.
Fonte: http://bit.ly/1dapkbD |
A reportagem está publicada no sítio Religión Digital, 04-12-2013. A tradução é de André Langer.
“Apreciamos a abertura e a disposição para o diálogo com o mundo muçulmano do Papa Francisco, mas tememos que sua postura não seja compartilhada pelos setores de poder na cúria e alguns grupos católicos”, assinalou Aodi, que destacou a esperança do “Papa que veio do fim do mundo”.
“Não me refiro aos perigos físicos, intoxicações ou algo assim, mas ao risco político”, explicou Aodi. “Em muitos setores – acrescentou – há indícios de que a vontade de Francisco
para marcar o início de uma nova fase nas relações com outras religiões
e com o mundo árabe e muçulmano não seja compartilhada por algumas
fileiras do catolicismo”.
O perigo, na ótica islâmica, está em que Francisco sofra da “síndrome Obama”, referência ao estilo do presidente dos Estados Unidos que no começo do seu mandato optou claramente pelo diálogo com o mundo muçulmano, mas que no final não cumpriu as expectativas.
“Esperamos que sua voz seja inclusive ouvida pelos israelenses”, desejou o embaixador adjunto da Liga Árabe em Roma, o tunisiano Zouari Zouheir. O embaixador palestino, Mohammed Abdellatif Rebhi, por sua vez, recalcou que espera que a “coragem, a humanidade e o compromisso de Francisco possam ajudar a encontrar uma solução negociada para acabar com a ocupação por parte de Israel dos territórios palestinos e a criação de um Estado palestino dentro das fronteiras de 1967”.
Tudo isto acontece na mesma semana em que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, convidou Francisco para visitar a Terra Santa, uma viagem que poderá acontecer em maio próximo.
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