Presidente aproveitou visita a Roma para se reunir com o santo pontífice. Apesar do convite, ela disse acreditar que Papa não participará do mundial.
Durante
audiênica no Vaticano, a presidente Dilma Rousseff entregou ao Papa
Francisco uma bola autografada pelo ex-jogador Ronaldo Fenômeno (Foto:
Roberto Stuckert Filho/PR)
Em viagem à Itália para participar da cerimônia que oficializará o
arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, como cardeal, a
presidente Dilma Rousseff foi recebida nesta sexta-feira (21) pelo Papa Francisco, no Vaticano. Durante o encontro, a petista convidou o chefe da Igreja Católica a comparecer no Brasil para acompanhar a Copa do Mundo.
Torcedor do clube argentino San Lorenzo, o pontífice é um fã declarado
de futebol. Apesar de ter formalizado o convite, a chefe do Executivo
disse acreditar que Papa não terá condições de participar do mundial da
Fifa devido a problemas de agenda.
Dilma, no entanto, brincou ao lembrar sobre episódio da Copa de 1986 no
qual o ex-craque argentino Diego Armando Maradona fez um gol com a mão
que desclassificou a Inglaterra do Mundial. À época, Maradona atribuiu a
jogada à “La mano de Dios [a mão de Deus, em espanhol]”.
"A única coisa que eu pedi era que a neutralidade fosse mantida por
parte do santo padre e assim a mão de Deus não empurrasse a bola de
ninguém", disse Dilma.
A audiência com o Papa Francisco ocorreu por volta das 19h30 (15h30 no
horário de Brasília). Segundo a presidente, ela entregou ao pontífice,
durante o encontro, uma bola autografada na véspera pelo ex-atacante
Ronaldo Fenômeno, uma camisa da Seleção com uma dedicatória de Pelé e
uma coleção de livros sobre a história de jesuítas no Brasil.
Dilma ressaltou que a coleção de livros representa “o reconhecimento da
importância dos jesuítas na formação do Brasil”. A presidente relatou
ainda que, em troca, recebeu do pontífice um terço, uma imagem do anjo
da paz e uma medalha para a filha dela, Paula.
A presidente da República também comentou, em tom de brincadeira, que o
ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho,
"contrabandeou" um presente para o pontífice.
“Nós trouxemos três presentes, fora uma camisa contrabandeada pelo
Gilberto, uma camisa do Palmeiras. Essa camisa do Palmeiras não valeu,
tira a camisa, ela não é protocolar”, brincou.
Visita à Itália
Dilma desembarcou na manhã desta sexta em Roma e foi recebida no
aeroporto por representantes da Santa Sé. Neste sábado (22), às 11h, a
chefe do Executivo irá prestigiar na Praça de São Pedro a solenidade do
consistório, cerimônia na qual os cardeais são oficializados.
O diplomata Carlos Antônio Paranhos, subsecretário do Ministério de
Relações Exteriores, afirmou que a viagem representará uma
"intensificação do diálogo" entre o Papa Francisco e Dilma.
"O Papa constitui hoje, no plano internacional, uma voz cada vez mais
atuante na promoção dos temas caros ao Brasil, como a inclusão social, o
combate à pobreza e a luta contra discriminação", justificou.
O diplomata destacou ainda a importância de a presidente prestigiar Dom
Orani Tempesta no consistório. Paranhos lembrou que o arcebispo
brasileiro foi um dos grandes articuladores da Jornada Mundial da
Juventude, em julho de 2013, no Rio de Janeiro, primeiro grande evento
da gestão do Papa Francisco à frente da Igreja.
No domingo (23), o Papa Francisco celebrará uma missa na Basílica de São Pedro, da qual Dilma também participa.
Giorgio Napolitano
Questionada por jornalistas brasileiros sobre se iria se reunir com o
presidente da Itália, Giorgio Napolitano, durante a visita a Roma, Dilma
respondeu ter “todo o interesse” em se encontrar com o colega italiano.
No entanto, a presidente afirmou que caso ela se encontre com
Napolitano durante a viagem, irá conversar “sobre vários assuntos”.
Indagada sobre se conversaria com o chefe de Estado da Itália sobre a
situação do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique
Pizzolato, condenado no processo do mensalão e preso no país europeu,
Dilma afirmou que ela fala sobre “qualquer assunto, desde que seja de
interesse também do governo italiano”.
União Europeia
De Roma, no domingo (23), a presidente segue para Bruxelas, onde na
segunda-feira (24) participa da VII Cúpula Brasil-União Europeia. Ela
terá um encontro reservado com o presidente do Conselho Europeu, Herman
Van Rompuy, e depois outro com o presidente da Comissão Europeia, Durão
Barroso.
A cúpula vai avaliar os avanços da relação entre o Brasil e o bloco.
Será examinado o projeto de ligação entre o Brasil e União Europeia com
cabos de fibra ótica, com benefício paras as área de educação, comércio,
pesquisa, inovação e para a segurança da internet.
Dilma aproveitará para abordar o tema da governança na internet, e
convidar os países a participarem do seminário que o Brasil organizará
em abril sobre o tema, reunindo chefes de Estado, empresas e
representantes da sociedade civil.
Faz parte da programação um almoço oferecido pela alta cúpula europeia e
uma participação na cerimônia de encerramento da VII Cúpula Econômica
Brasil-União Europeia, organizada pela confederações nacionais da
Indústria (CNI) e da Agricultura (CNA) e entidades análogas europeias.
Além disso, está previsto um encontro com o primeiro-ministro belga
Elio Di Rupo e, se houver espaço na agenda, um encontro com o Rei
Felipe, da Bélgica.
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jbpsverdade: Tudo bonitinho, querendo agradar o Papa, até parece que ele não sabe da realidade em que vivemos. Quanto Hipocrisia, uma presidenta que já demostrou ser a favor do aborto e de tantas outras coisas contrárias à Igreja, convidar o Papa para a copa, porque ela não convida ele para ver a realidade do país, a miséria, a falta de estruturas na saúde, educação e segurança? é revoltante! Quanto ao Papa ele tem é que tomar conta do rebanho que Deus o confiou, tomar conta da Igreja que vive uma crise onde é preciso não "cochilar" senão... tenha santa paciência dona Dilma, venha cuidar do seu país que vive nas manifestações justamente por não ser governado de acordo com as necessitades do povo.
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