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Por: O Globo
Página norte-americana Gleeden já alcança quase 2,4 milhões de membros, sendo um milhão do país europeu.
Adultério não é ilegal na França desde 1975
- Reprodução/Pixabay |
Rio - Uma organização católica iniciou uma ação
legal contra um site que promove o sexo extra-conjugal como uma forma
barata de “antidepressivo”.
No país onde o adultério não é ilegal desde 1975, o protesto
pareceria ser condenado ao fracasso. Mas um grupo de associações de
famílias católicas acredita que o site de namoro Gleeden, fundado por
dois franceses que moram em Nova York, infringe o Código Civil do país,
cujo artigo 212 afirma: “Os casais devem uns aos outros o respeito, a
fidelidade, ajuda e assistência”.
Centenas de cartazes do site foram tirados do ar após protestos dos
residentes nos subúrbios ocidentais conservadores de Paris e uma petição
angariou 23 mil assinaturas. O cartaz controverso mostra uma maçã com
um pedaço mordido e destaca as letras EDEN em Gleeden. A legenda diz:
“Ao contrário dos remédios antidepressivos, um amante não custa nada
para o serviço de saúde do estado.”
As Associações das Famílias Católicas apresentaram um desafio legal
para o site. A página, que existe há cinco anos e é bem sucedida, já
reúne quase 2,4 milhões de 100% membros reais com “total discrição”,
formando uma “comunidade global”.
O presidente da organização que quer fechar a rede social, Jean-Marie
Andres, disse: “Queremos um julgamento legal da campanha de publicidade
e de um website que promove publicamente duplicidade, mentiras e
violação da lei.. (...) As consequências sociais drásticas de
infidelidade não podem ser ignoradas por nossa consciência comum.”
Para porta-voz do site, proibição seria 'um passo de volta para o passado' - Reprodução |
Segundo a empresa norte-americana, um milhão de seus usuários é da
França. Solène Paillet, uma porta-voz, disse que a proibição seria um
“passo de volta para o passado”. “Nós não incentivamos ninguém a trair
seu parceiro. Nós apenas fornecemos uma plataforma”, disse ela. “Há
pessoas que encontram realização pessoal por ter alguém mais em sua
vida.”
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