Por Andrea Gagliarducci
07 Mai. 15
ERBIL, (ACI/EWTN Noticias).-
A
Irmã Diana Momeka, que faz parte da congregação dominicanas de Santa
Catarina de Sena, tinha planejado viajar do Iraque aos Es07 Mai. 15tados Unidos
para relatar seu trabalho com os cristãos perseguidos. No entanto,
funcionários do governo americano lhe negaram o visto de entrada porque
–segundo eles–, a verdadeira intenção da religiosa seria ficar nos
Estados Unidos como uma imigrante ilegal.07 Mai. 15
A história foi revelada pela revista americana “National Review”, em
reportagem de Ann Shea, diretora do Hudson Institute Center for
Religious Freedom, pois apesar das reclamações contra ela por parte da
Secretaria de Estado dos EUA, reforçou detalhadamente sua informação,
demostrando algumas contradições no trabalho do consulado americano de
Erbil, capital do Curdistão iraquiano.
Irmã Momeka deveria viajar à Washington DC com uma delegação formada por
minorias religiosas, entre eles Yazidis e muçulmanos xiitas. Todos
conseguiram o visto para participar dos encontros oficiais, menos a Irmã
Diana Momeka, por ser a única cristã proveniente do Iraque.
Ann Shea informou em sua reportagem: “Vi a carta de rejeição ao pedido
da religiosa. Segundo o texto, a religiosa “não foi capaz de demonstrar
que as atividades que praticará nos Estados Unidos estão de acordo com a
classificação do visto”.
A Irmã Momeka comentou a Shea, na ligação telefónica: “Christopher
Patch, funcionário do consulado, me disse que o documento foi negado
porque sou uma “deslocada interna”.
Ou seja, o consulado a acusou por tentar enganá-lo ao dizer que somente
queria visitar Washington DC, mas que sua verdadeira intenção
supostamente seria ficar como imigrante ilegal ou pedir asilo político
nos Estados Unidos.
A viagem seria na quinzena de maio e duraria uma semana. O programa da
religiosa consistia em encontros com os comitês de relações exteriores
do Senado e a Câmara de Representantes, com várias ONGs em Washington
DC, membros do Departamento de Estado e do USAID, a agência americana de
ajuda a situações de emergência em diversos países.
A religiosa justificou o seu pedido com vários documentos, apresentou
uma carta da sua prioresa, Irmã María Hana; um documento que comprova
seu compromisso com o Babel College de Filosofia e Teologia do Erbil
para ensinar durante o ano 2015-2016 e apresentou ainda o convite dos
seus doadores e o apoio da deputada democrata Anna Eshoo.
Entretanto, ficou atribuído à irmã o status de “deslocada”, quando teve
que abandonar a cidade iraquiana de Qaraqosh –onde morava e ensinava– em
agosto de 2014, devido às ameaças do Estado Islâmico (ISIS).
Durante este tempo a irmã ficou conhecida como defensora da liberdade
religiosa e dos direitos humanos. Isto, por si só, teria garantido pelo
menos a consideração de “líder religiosa”, segundo o Quadriennal
Diplomacy and Development Review do Departamento de Estado, o manual que
entre outros critérios, define os de aprovação ou rejeição de vistos
como o de visitante.
Logo após a publicação do artigo, o Departamento de Estado pediu à Ann
Shea mudar sua versão, porque Christopher Patch não teria “feito
entrevista nenhuma com a Irmã Diana Momeka para conceder-lhe o visto”.
Shea afirmou que em nenhum momento a conversa foi definida como uma
entrevista para obter o visto e rechaçou o pedido do Departamento de
modificar sua reportagem e retratar-se.
No final Shea acrescentou: “A Irmã Momeka seria parte de uma delegação
na qual consta outras minorias. Assim, “se o status de ‘deslocada’ da
Irmã Diana era o problema, por que em outubro do ano passado os outros
deslocados Yazidis obtiveram o visto?”, questionou.
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