Por Atilio Faoro
A perseguição religiosa já constitui a maior catástrofe do século XXI
Paris – O site Aletéia.org publicou no dia 13 de abril de 2015 um dossiê intitulado Perseguição contra os cristãos: da França à China, em 67 notícias recentes,
mostrando a cruel perseguição de católicos no mundo inteiro.(1)
Consultando-o encontramos uma terrível realidade: a perseguição
religiosa já constitui a maior catástrofe do século XXI. Este artigo
apresenta informações retiradas do mencionado dossiê, as quais formam um
conjunto alarmante.
* * *
Sobre o ódio contra os cristãos no Oriente Médio, Tom Holland, historiador famoso e autor de A forja do cristianismo, afirmou recentemente, em uma coletiva de imprensa em Londres, que "estamos assistindo a algo que, quanto ao horror, lembra a Guerra dos 30 anos europeia".
Já o parlamentar britânico Jim Shannon declarou que “a notícia mais importante do mundo” é
a perseguição contra os cristãos em todo o planeta. Nenhuma
outra religião é tão atingida como a cristã. De acordo com ele, o número
de cristãos perseguidos por causa da fé em 2013 foi de 200 milhões.
Outros 500 milhões vivem em "situação perigosa". É particularmente preocupante a situação na Síria, onde os cristãos "estão no meio do fogo cruzado do conflito".
Já em 2011, o patriarca católico de Jerusalém, Dom Fouad Twal, que
preside uma igreja repleta de mártires, indagou com franqueza, em uma
conferência em Londres: "Alguém ouve nossos gritos? Quantas
atrocidades ainda teremos de suportar até que alguém, em algum lugar,
venha em nosso auxílio?".
Dois tipos de ameaças à liberdade religiosa
Segundo Pedro María Reyes Vizcaíno, no mundo contemporâneo há dois
tipos de ameaças à liberdade religiosa: de um lado, em vários Estados,
sobretudo no Oriente Médio e em nações como a China e a Coreia do Norte,
existem graves proibições contra os fiéis, com risco de prisão, tortura
e inclusive morte. De outro lado, no Ocidente, o laicismo
radical ameaça a liberdade religiosa em número cada vez maior de países.
Entre os Estados que permitem ataques violentos à liberdade religiosa,
cabe destacar o caso da Arábia Saudita, considerada a nação mais
refratária a essa liberdade humana, onde qualquer manifestação de fé
religiosa diferente da oficial é proibida, inclusive em privado ou na
intimidade do lar.
Nos países ocidentais (Europa e Estados Unidos), os ataques à liberdade
religiosa não são violentos, mas sutis. Nessas nações estão sendo
introduzidas diversas formas de laicismo radical, segundo as quais a
religião é assunto privado e não deve haver manifestações públicas. Por
isso, os líderes religiosos que manifestam sua opinião sobre assuntos de
índole pública são criticados.
O laicismo radical dos países ocidentais pretende reduzir a liberdade
religiosa à simples liberdade de culto. As confissões religiosas seriam
livres para celebrar seus ritos e cultos, bem como para convocar seus
fiéis, mas não para ter um corpo doutrinal próprio ao qual seus
seguidores pudessem aderir.
Especialmente preocupante é o caso dos Estados Unidos, com o programa Obamacare,
cujo objetivo é obter que todos os planos de saúde, hospitais,
universidades e instituições — inclusive religiosas — facilitem certos
tratamentos, incluindo alguns claramente imorais, condenados por muitas
confissões religiosas, como o aborto e a anticoncepção. O Obamacare provocou reações de bispos, que denunciaram esse ataque à liberdade religiosa.
Cem mil cristãos morrem anualmente
Cristãos e leõesé o título de um recente livro de Fernando de
Haro, dedicado à perseguição dos cristãos no mundo inteiro. A obra
analisa a situação dos cristãos no Oriente Médio, na África, na China,
na Índia e na Coreia do Norte.
Segundo o Autor, a Coreia do Norte é um dos países em que a perseguição
é mais sangrenta. Estima-se que há 40 mil cristãos presos nos kwanlisos,
campos de concentração nos quais um de cada quatro internos morre.
Doenças como pneumonia e tuberculose estão muito propagadas, mas não há
tratamento médico para os prisioneiros. Eles são obrigados a trabalhar
doentes e, quando não conseguem, são enviados aos sanatórios para
esperar a morte. Também são frequentes as torturas, os estupros e as
execuções extrajudiciais.
Para poderem assistir à Missa, os cristãos se escondem em “igrejas
domésticas”. A Coreia do Norte é uma terra de terror. Devido à fome
foram detectados muitos casos de canibalismo, como ocorria na Ucrânia na
época de Stalin.
O Pew Forum informa que entre 2006 e 2010 os cristãos foram discriminados em 139 países. E, segundo dados do Center for the Study of Global Christianity (EUA),
nas últimas décadas cerca de 100 mil cristãos foram assassinados por
ano, na chamada “situação de testemunho”. Isso significa
11 cristãos assassinados por hora, nos sete dias da semana e nos 365
dias do ano, em algum lugar do mundo, por razões relacionadas com a sua
fé.
“De fato, o mundo está sendo testemunha do surgimento de uma nova geração de cristãos mártires”,
afirma John Allen Jr., jornalista do “Boston Globe”, especializado na
atualidade da Igreja católica e autor de um livro sobre a perseguição
religiosa.
“Basta olhar ao nosso redor — diz Allen. Em Bagdá, por
exemplo, das 65 igrejas cristãs, 40 já foram atacadas com bombas desde o
início da invasão de 2003, guiada pelos EUA. Na época da Guerra do
Golfo, em 1991, o Iraque tinha uma comunidade cristã de pelo menos 1,5
milhão de fiéis. Hoje, estima-se que sejam cerca de 150 mil”.
"Por que o mundo se cala?"
No Ocidente, há tendência de esquecer que o martírio cristão não é
apenas (nem principalmente) um fenômeno do passado. Os cristãos estão
sendo torturados e mortos por causa da fé agora mesmo, todos os dias.
Muitas igrejas e lugares de peregrinação com séculos de história foram
destruídos pelo Estado Islâmico. Há inclusive crianças entre os cristãos
martirizados pelos fanáticos desse grupo terrorista.
Os líderes cristãos do Iraque continuam se perguntando por que o mundo
finge ignorar a situação das minorias cristãs do país. Em julho de 2014,
reunidos em Erbil, cidade próxima de Mossul, os Bispos do Iraque
lançaram um apelo às pessoas de todo o mundo para romperem o silêncio em
torno da limpeza étnica perpetrada contra os cristãos e outras
minorias.
"Temos que perguntar ao mundo: por que vocês se calam? Por que
vocês não falam? Os direitos humanos existem ou não existem? E se
existem, onde é que estão?", questionou o bispo-auxiliar de Bagdá, Dom Shlemon Warduni, em entrevista à Rádio Vaticano. "Há muitos, muitos casos que devem despertar a consciência de todo o mundo. Onde está a Europa? Onde está a América?"
Por sua vez, o patriarca da Igreja Católica Caldeia no Iraque, Dom
Louis Raphael I Sako, escreveu ao secretário geral da ONU, Ban Ki-Moon,
pedindo mais pressão sobre o governo iraquiano e a comunidade
internacional, para que reforcem a assistência aos cristãos e às
minorias perseguidas pelos militantes islâmicos naquele país. "A
nossa comunidade tem suportado uma parcela desproporcional do sofrimento
causado por conflitos sectários, ataques terroristas, migração e,
agora, até mesmo limpeza étnica: os militantes querem acabar com a
comunidade cristã", escreveu.
Especula-se que mais de 1,2 milhão de pessoas tiveram que fugir de suas
próprias casas durante o mês de junho de 2014. Os militantes do Estado
Islâmico que invadiram Mossul impuseram sua interpretação da lei
islâmica e retiraram as cruzes de todas as trinta igrejas e mosteiros da
cidade.
Mulheres e crianças vendidas como mercadoria
Um documento publicado em novembro de 2014 pelo Estado Islâmico — que
controla grande parte do território do Iraque e da Síria — revela os
preços praticados pela organização para vender as mulheres e as crianças
de origem cristã, ou yazidi, que foram raptadas pelos membros
da organização. Os chefes do Estado Islâmico ameaçaram de morte quem
violar a tabela de preços. Por exemplo, mulheres cristãs de 10 a 20 anos
podem ser vendidas por 150 mil dinares (127 dólares ou 325 reais, aproximadamente). O documento estabelece ainda que o preço para crianças de 1 a 9 anos é de 200 mil dinares (valor equivalente a 169 dólares, cerca de 432 reais).
Ninguém está autorizado, decreta por fim o texto, a comprar mais do que
três “itens” da lista acima, com exceção dos turcos, sírios e cidadãos
dos países do Golfo Pérsico. Estes estão autorizados a comprar
quantidades maiores de “despojos”, isto é, de mulheres.
Nigéria: bispo pede intervenção internacional
Dom Oliver Dashe Doeme, bispo de Maiduguri, capital do Estado nigeriano
de Borno — localizado na região norte do país —, declarou à agência
Fides que “o movimento terrorista islâmico Boko Haram tentou se infiltrar em Maiduguri em duas ocasiões no mês de janeiro de 2015”.
Dom Doeme continuou: “Já aconteceram combates extremamente intensos por lá. Estamos passando por uma época muito precária e difícil [...] Corremos o risco de que o Boko Haram devaste completamente o nordeste antes do final das eleições [presidenciais, realizadas em fevereiro de 2015], a menos que aconteça uma intervenção de forças estrangeiras”.
Em nota, ele também afirmou que há “sabotadores” e colaboradores do
Boko Haram dentro do exército nigeriano que preferem o grupo terrorista
por razões políticas.
Paquistão: cristão assassinado é jogado diante da casa da mãe
A perseguição contra os cristãos é comum e impune no Paquistão. Zubair
Masih, de 25 anos, era um jovem cristão paquistanês. Ele foi torturado e
assassinado pela polícia no dia 7 de março de 2015.
Totalmente inocente, Zubair foi preso porque era filho de Ayesha Bibi,
empregada doméstica acusada de furtar jóias e 2.000 rúpias em dinheiro
da casa do patrão, Abdul Jabbar, um rico muçulmano.
Após a acusação, Jabbar e um grupo de policiais invadiram a casa de
Ayesha, que é viúva, e começaram a espancá-la. Depois, levaram-na para a
casa de seu irmão, Arshad Masih, que vivia com dois filhos. Todos foram
levados para a delegacia e brutalmente espancados. Ayesha teve um braço
fraturado. A família foi depois liberada, com exceção do jovem Zubair,
mantido preso. No dia seguinte o corpo do jovem foi jogado na frente da
casa da mãe.
O advogado Sardar Mushtaq Gill, que é cristão e cuida do caso, afirma resignado que “não vai haver justiça. Este é mais um caso de discriminação óbvia contra as minorias religiosas".
China: continua a violenta pressão contra os católicos
Em setembro de 2013, a Comissão de Justiça e Paz da diocese de
Hong-Kong (China) apresentou ao Conselho de Direitos Humanos da ONU um
documento de sete páginas sobre a situação da liberdade religiosa no
país, no qual manifesta a preocupação da Igreja local, que sofre
políticas "contra os princípios e práticas da fé católica".
Entre as situações concretas denunciadas no relatório encontra-se a
pretensão oficial de que a Igreja Católica na China seja “independente”
da Santa Sé, o que viola os princípios de unidade e comunhão, essenciais
à fé católica. Isso afeta diretamente a ordenação de bispos, mas o
Estado explica que se trata de um princípio de "autonomia, independência e autogestão da Igreja", o que foi energicamente rejeitado no relatório.
Um elemento especialmente preocupante no relatório é o dedicado aos
métodos com os quais o Estado impõe o cumprimento dessas disposições aos
membros da Igreja. "Os católicos são frequentemente vítimas de
maus-tratos, sequestros, prisões domiciliares, e alguns padres são
obrigados a servir os oficiais. Estes atos violam seriamente a liberdade
de religião e de consciência", afirma o documento.
Esses abusos se acentuam durante as ordenações episcopais ilícitas —
quatro das quais aconteceram entre 2010 e 2012. Vários bispos foram
obrigados a assistir às ordenações ilícitas, enquanto diversos padres
foram sequestrados e só libertados após as ordenações.
Segundo a comissão, desde 2006, pelo menos 20 clérigos foram objeto de
ataques físicos por membros de organismos oficiais, para lhes impor
registro e controle. Em janeiro de 2011 o Pe. Zhang Guangjun foi detido
em um hotel, onde foi vítima das autoridades. “Foi tratado de
maneira desumana durante a sua detenção: não o deixaram dormir por 10
dias e 10 noites, e ele foi obrigado a permanecer de pé durante todo
esse tempo”. Após ser libertado temporariamente, foi detido
novamente e espancado. Quando recuperou sua liberdade, em abril de 2011,
as sequelas físicas eram evidentes.
Também no mês de abril de 2011, o Pe. Joseph Chen Hailong foi submetido
à mesma tortura durante quatro dias, sendo depois confinado num quarto
sem janelas, onde viveu em completo isolamento e desnutrição durante
dois meses. Ele esteve a ponto de perder a razão, tendo-lhe sido negado
tratamento médico até o último momento. Só foi libertado em julho de
2011.
A comissão exigiu do governo chinês o fim de todas essas violações
aos direitos humanos e o respeito integral da liberdade
religiosa dos católicos.
Em resposta à perseguição que sofrem do Partido Comunista, os católicos
chineses estão se voltando cada vez mais para os ensinamentos que lhes
foram levados há séculos pelos então valentes sacerdotes jesuítas.
Diante da repressão, eles exibem o mesmo grau de fortaleza exposto pelos
primeiros sacerdotes, simplesmente rezando o terço em suas igrejas
locais e aceitando o martírio para preservar a fé.
Índia: religiosa de 71 anos, vítima de estupro coletivo
A agressão contra uma religiosa de 71 anos aconteceu no dia 13 de março
de 2015 no estado de Bengala Ocidental, perto da cidade de Ranaghat,
alguns dias após a proibição de exibição no país de um documentário
sobre um caso de estupro coletivo que causou a morte de uma estudante em
Nova Delhi em 2012.
Os agressores invadiram uma escola anexa ao convento e agrediram um
guarda, antes de violentar a religiosa. Durante o assalto, danificaram
uma escultura de Cristo e destruíram vários textos religiosos. Um
cibório contendo hóstias consagradas foi roubado. Levaram também
dinheiro. O brutal assalto sucedeu após a comunidade cristã sofrer
ataques em várias igrejas.
Pelo menos 23 pessoas em Uttar Pradesh se perverteram ao hinduísmo,
dois anos depois de terem abraçado o cristianismo. A notícia foi dada
pela agência “AsiaNews” em 10 de setembro de 2014. A cerimônia de
“reconversão” aconteceu no dia 10 de setembro, no templo Trilochan
Mahadev, num “programa de retorno à casa” organizado pelas associações
radicais hindus Sant Ravidas Dharma Raksha Samiti e Sri Gram Devta Pujan
Samiti.
O poder judiciário local declarou que não queria ouvir nada sobre o assunto, pois foi uma “questão de fé”, destaca “IlSussidiario.net”. Mas o presidente do Global Council of Indian Christians denunciou
o acontecido, definindo o episódio como contrário à constituição
indiana. Em 2012, mais de 300 hindus que se converteram ao cristianismo
foram obrigados a voltar ao hinduísmo; isso havia acontecido em 2011 com
350 pessoas de um mesmo vilarejo.
Século XXI: prosseguimento do anterior “século dos mártires”
Como se vê pelos fatos narrados, assistimos a uma explosão de cruéis
perseguições religiosas em escala mundial. É necessário que a opinião
pública, e sobretudo os católicos, sejam bem informados – acordem e
façam algo – acerca da dimensão desse horror sem fronteiras que pretende
reduzir a liberdade religiosa nos países ocidentais a uma simples
liberdade de culto.
A tendência geral é de aumentar a perseguição com profanações e
destruição de igrejas, particularmente na China, no Vietnã e nos
territórios controlados pelo chamado Estado islâmico. Segundo um
relatório da ONG Portes ouvertes relativo às perseguições
religiosas em 2014, 40 dos 50 países citados são predominantemente
muçulmanos. Dos 10 países onde os cristãos são mais perseguidos, oito
estão sofrendo uma radicalização islâmica: Iraque, Síria, República
Centro-Africana, Sudão, Paquistão, Egito e Quênia.
Essas perseguições geram uma inundação sem precedentes de refugiados.
Por exemplo, 40% da população cristã da Síria deixaram o país. Ou seja,
de 1,8 milhões que o país abrigava antes da guerra civil, 700 mil
fugiram.
Se já o século XX foi “um século de mártires”, o início do século XXI, sem dúvida, está se aprofundando na mesma trajetória.
E-mail para o autor: catolicismo@terra.com.br
_________
Notas:
(1) www.aleteia.org/pt/religiao/artigo/perseguicao-contra-os-cristaos-da-franca-a-china-em-67-noticias-recentes-5861899614814208 - Para os interessados em aprofundar o tema, recomendamos a leitura dos 67 artigos publicados por Aletéia.
(1) www.aleteia.org/pt/religiao/artigo/perseguicao-contra-os-cristaos-da-franca-a-china-em-67-noticias-recentes-5861899614814208 - Para os interessados em aprofundar o tema, recomendamos a leitura dos 67 artigos publicados por Aletéia.
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Hillary Clinton declara abertamente guerra à religião
“Os códigos culturais profundamente
enraizados, as crenças religiosas e as fobias estruturais precisam
mudar. Os governos devem empregar seus recursos coercitivos para
redefinir os dogmas religiosos tradicionais”.Esta
espantosa declaração ditatorial foi feita pela pré-candidata democrata à
presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, durante uma
conferência sobre feminismo no Lincoln Center de Manhattan, noticia o jornal espanhol “La Gaceta”, em 27 de abril de 2015.
Hillary, que defende o reconhecimento do aborto como “um direito da mulher”,
afirmou que as objeções de consciência fundamentadas em crenças
religiosas estão por trás da discriminação de mulheres e de homossexuais
e, portanto, devem ser eliminadas. “Os direitos devem existir na prática, não só no papel. As leis devem ser sustentadas com recursos reais”.
Depois de defender a “saúde sexual e reprodutiva” (eufemismo para aborto) e o financiamento governamental de associações como a Planned Parenthood (a maior rede de clínicas abortistas dos Estados Unidos), Hillary Clinton criticou aqueles que “se erigem em líderes e preferem deixar a Planned Parenthood sem fundos”.
Depois de defender a “saúde sexual e reprodutiva” (eufemismo para aborto) e o financiamento governamental de associações como a Planned Parenthood (a maior rede de clínicas abortistas dos Estados Unidos), Hillary Clinton criticou aqueles que “se erigem em líderes e preferem deixar a Planned Parenthood sem fundos”.
Esta não é a primeira vez que a pré-candidata democrata deixa clara
sua guerra particular contra a religião. Em 2011, durante uma
conferência em Gênova, a então secretaria de Estado norte-americana
declarou que um dos principais problemas sociais é o apelo a convicções
religiosas para “limitar os direitos humanos do coletivo LGBT”.
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A Basílica do Sagrado Coração de Montmartre, em Paris, foi alvo no
dia 19 de março de 2014 de uma odiosa profanação. As pichações em preto e
vermelho, na frente e no interior da Basílica do Sagrado Coração, foram
descobertas na hora da abertura do edifício religioso. ‘Nem Deus nem
Estado’, ‘Fogo nas capelas’ e ‘Abaixo toda autoridade’ são as frases
pichadas dentro e fora da basílica”.
Os autores das pichações quiseram deixar um sinal. E conseguiram. A
basílica do Sagrado Coração de Montmartre foi construída em 1873,
depois dos violentos acontecimentos perpetrados pela Comuna de Paris, a
fim de ser um símbolo do estabelecimento de uma nova ordem moral. As
frases deixadas evocam o ódio a Deus e às autoridades que O representam
na hierarquia social. Em suma, é o grito de Lúcifer que se renova: “Non
serviam!”
Real Madrid tira a cruz do escudo: intolerância religiosa no esporte?
Em dezembro de 2014, Florentino Pérez, presidente do clube de futebol Real Madrid,
chegou a um acordo com o Banco Nacional de Abu Dabi para criar cartões
bancários com o escudo do clube. A polêmica surgiu quando, na
apresentação dos cartões, verificou-se que o escudo do time havia
sofrido uma leve modificação: a cruz do topo havia sido eliminada.
O caso do Real Madrid não é o primeiro ocorrido devido a
pressões religiosas. Na Arábia Saudita e na Argélia, ninguém pode
comprar uma camiseta do Barcelona com a cruz de São Jorge. Esta
simplesmente desapareceu. A cruz vermelha sobre o fundo branco de São
Jorge, que durante mais de um século foi usada por todos os jogadores e
torcedores do time, foi suprimida pelos muçulmanos daqueles países.
Segundo o jornal “La Vanguardia”, de Barcelona, desde 2008 nenhuma
loja da cidade de Riad (Arábia Saudita) vende artigos com a cruz. Todas
as camisas e adesivos têm uma barra vertical na parte superior esquerda.
O clube afirma que não são camisas oficiais, mas apenas falsificações,
feitas para evitar o símbolo religioso.
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