sábado, 22 de agosto de 2015

Católicos, acordem!

[catolicismo]
Por Atilio Faoro

A perseguição religiosa já constitui a maior catástrofe do século XXI


Paris – O site Aletéia.org publicou no dia 13 de abril de 2015 um dossiê intitulado Perseguição contra os cristãos: da França à China, em 67 notícias recentes, mostrando a cruel perseguição de católicos no mundo inteiro.(1) Consultando-o encontramos uma terrível realidade: a perseguição religiosa já constitui a maior catástrofe do século XXI. Este artigo apresenta informações retiradas do mencionado dossiê, as quais formam um conjunto alarmante.
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Sobre o ódio contra os cristãos no Oriente Médio, Tom Holland, historiador famoso e autor de A forja do cristianismo, afirmou recentemente, em uma coletiva de imprensa em Londres, que "estamos assistindo a algo que, quanto ao horror, lembra a Guerra dos 30 anos europeia".
Já o parlamentar britânico Jim Shannon declarou que “a notícia mais importante do mundo” é a perseguição contra os cristãos em todo o planeta. Nenhuma outra religião é tão atingida como a cristã. De acordo com ele, o número de cristãos perseguidos por causa da fé em 2013 foi de 200 milhões. Outros 500 milhões vivem em "situação perigosa". É particularmente preocupante a situação na Síria, onde os cristãos "estão no meio do fogo cruzado do conflito".
Já em 2011, o patriarca católico de Jerusalém, Dom Fouad Twal, que preside uma igreja repleta de mártires, indagou com franqueza, em uma conferência em Londres: "Alguém ouve nossos gritos? Quantas atrocidades ainda teremos de suportar até que alguém, em algum lugar, venha em nosso auxílio?".

Dois tipos de ameaças à liberdade religiosa

Segundo Pedro María Reyes Vizcaíno, no mundo contemporâneo há dois tipos de ameaças à liberdade religiosa: de um lado, em vários Estados, sobretudo no Oriente Médio e em nações como a China e a Coreia do Norte, existem graves proibições contra os fiéis, com risco de prisão, tortura e inclusive morte. De outro lado, no Ocidente, o laicismo radical ameaça a liberdade religiosa em número cada vez maior de países.
Entre os Estados que permitem ataques violentos à liberdade religiosa, cabe destacar o caso da Arábia Saudita, considerada a nação mais refratária a essa liberdade humana, onde qualquer manifestação de fé religiosa diferente da oficial é proibida, inclusive em privado ou na intimidade do lar.
Nos países ocidentais (Europa e Estados Unidos), os ataques à liberdade religiosa não são violentos, mas sutis. Nessas nações estão sendo introduzidas diversas formas de laicismo radical, segundo as quais a religião é assunto privado e não deve haver manifestações públicas. Por isso, os líderes religiosos que manifestam sua opinião sobre assuntos de índole pública são criticados.
O laicismo radical dos países ocidentais pretende reduzir a liberdade religiosa à simples liberdade de culto. As confissões religiosas seriam livres para celebrar seus ritos e cultos, bem como para convocar seus fiéis, mas não para ter um corpo doutrinal próprio ao qual seus seguidores pudessem aderir.
Especialmente preocupante é o caso dos Estados Unidos, com o programa Obamacare, cujo objetivo é obter que todos os planos de saúde, hospitais, universidades e instituições — inclusive religiosas — facilitem certos tratamentos, incluindo alguns claramente imorais, condenados por muitas confissões religiosas, como o aborto e a anticoncepção. O Obamacare provocou reações de bispos, que denunciaram esse ataque à liberdade religiosa.

Cem mil cristãos morrem anualmente

Cristãos e leõesé o título de um recente livro de Fernando de Haro, dedicado à perseguição dos cristãos no mundo inteiro. A obra analisa a situação dos cristãos no Oriente Médio, na África, na China, na Índia e na Coreia do Norte.
Segundo o Autor, a Coreia do Norte é um dos países em que a perseguição é mais sangrenta. Estima-se que há 40 mil cristãos presos nos kwanlisos, campos de concentração nos quais um de cada quatro internos morre. Doenças como pneumonia e tuberculose estão muito propagadas, mas não há tratamento médico para os prisioneiros. Eles são obrigados a trabalhar doentes e, quando não conseguem, são enviados aos sanatórios para esperar a morte. Também são frequentes as torturas, os estupros e as execuções extrajudiciais. 
Para poderem assistir à Missa, os cristãos se escondem em “igrejas domésticas”. A Coreia do Norte é uma terra de terror. Devido à fome foram detectados muitos casos de canibalismo, como ocorria na Ucrânia na época de Stalin.
Pew Forum informa que entre 2006 e 2010 os cristãos foram discriminados em 139 países. E, segundo dados do Center for the Study of Global Christianity (EUA), nas últimas décadas cerca de 100 mil cristãos foram assassinados por ano, na chamada “situação de testemunho”. Isso significa 11 cristãos assassinados por hora, nos sete dias da semana e nos 365 dias do ano, em algum lugar do mundo, por razões relacionadas com a sua fé.
“De fato, o mundo está sendo testemunha do surgimento de uma nova geração de cristãos mártires”, afirma John Allen Jr., jornalista do “Boston Globe”, especializado na atualidade da Igreja católica e autor de um livro sobre a perseguição religiosa.
“Basta olhar ao nosso redor — diz Allen. Em Bagdá, por exemplo, das 65 igrejas cristãs, 40 já foram atacadas com bombas desde o início da invasão de 2003, guiada pelos EUA. Na época da Guerra do Golfo, em 1991, o Iraque tinha uma comunidade cristã de pelo menos 1,5 milhão de fiéis. Hoje, estima-se que sejam cerca de 150 mil”.
Segundo o Pew Forum, entre 2006 e 2010, os cristãos foram discriminados em 139 países. E, segundo dados do Center for the Study of Global Christianity (EUA), nas últimas décadas cerca de 100 mil cristãos foram assassinados por ano, na chamada "situação de testemunho". Isso significa 11 cristãos assassinados por hora, nos sete dias da semana e nos 365 dias do ano, em algum lugar do mundo, por razões relacionadas com a sua fé.

"Por que o mundo se cala?"

No Ocidente, há tendência de esquecer que o martírio cristão não é apenas (nem principalmente) um fenômeno do passado. Os cristãos estão sendo torturados e mortos por causa da fé agora mesmo, todos os dias. Muitas igrejas e lugares de peregrinação com séculos de história foram destruídos pelo Estado Islâmico. Há inclusive crianças entre os cristãos martirizados pelos fanáticos desse grupo terrorista.
Os líderes cristãos do Iraque continuam se perguntando por que o mundo finge ignorar a situação das minorias cristãs do país. Em julho de 2014, reunidos em Erbil, cidade próxima de Mossul, os Bispos do Iraque lançaram um apelo às pessoas de todo o mundo para romperem o silêncio em torno da limpeza étnica perpetrada contra os cristãos e outras minorias.
"Temos que perguntar ao mundo: por que vocês se calam? Por que vocês não falam? Os direitos humanos existem ou não existem? E se existem, onde é que estão?", questionou o bispo-auxiliar de Bagdá, Dom Shlemon Warduni, em entrevista à Rádio Vaticano. "Há muitos, muitos casos que devem despertar a consciência de todo o mundo. Onde está a Europa? Onde está a América?"
Por sua vez, o patriarca da Igreja Católica Caldeia no Iraque, Dom Louis Raphael I Sako, escreveu ao secretário geral da ONU, Ban Ki-Moon, pedindo mais pressão sobre o governo iraquiano e a comunidade internacional, para que reforcem a assistência aos cristãos e às minorias perseguidas pelos militantes islâmicos naquele país. "A nossa comunidade tem suportado uma parcela desproporcional do sofrimento causado por conflitos sectários, ataques terroristas, migração e, agora, até mesmo limpeza étnica: os militantes querem acabar com a comunidade cristã", escreveu.
Especula-se que mais de 1,2 milhão de pessoas tiveram que fugir de suas próprias casas durante o mês de junho de 2014. Os militantes do Estado Islâmico que invadiram Mossul impuseram sua interpretação da lei islâmica e retiraram as cruzes de todas as trinta igrejas e mosteiros da cidade.

Mulheres e crianças vendidas como mercadoria

Um documento publicado em novembro de 2014 pelo Estado Islâmico — que controla grande parte do território do Iraque e da Síria — revela os preços praticados pela organização para vender as mulheres e as crianças de origem cristã, ou yazidi, que foram raptadas pelos membros da organização. Os chefes do Estado Islâmico ameaçaram de morte quem violar a tabela de preços. Por exemplo, mulheres cristãs de 10 a 20 anos podem ser vendidas por 150 mil dinares (127 dólares ou 325 reais, aproximadamente). O documento estabelece ainda que o preço para crianças de 1 a 9 anos é de 200 mil dinares (valor equivalente a 169 dólares, cerca de 432 reais).
Ninguém está autorizado, decreta por fim o texto, a comprar mais do que três “itens” da lista acima, com exceção dos turcos, sírios e cidadãos dos países do Golfo Pérsico. Estes estão autorizados a comprar quantidades maiores de “despojos”, isto é, de mulheres.

Nigéria: bispo pede intervenção internacional

Dom Oliver Dashe Doeme, bispo de Maiduguri, capital do Estado nigeriano de Borno — localizado na região norte do país —, declarou à agência Fides que “o movimento terrorista islâmico Boko Haram tentou se infiltrar em Maiduguri em duas ocasiões no mês de janeiro de 2015”.
Dom Doeme continuou: “Já aconteceram combates extremamente intensos por lá. Estamos passando por uma época muito precária e difícil [...] Corremos o risco de que o Boko Haram devaste completamente o nordeste antes do final das eleições [presidenciais, realizadas em fevereiro de 2015], a menos que aconteça uma intervenção de forças estrangeiras”.
Em nota, ele também afirmou que há “sabotadores” e colaboradores do Boko Haram dentro do exército nigeriano que preferem o grupo terrorista por razões políticas.

Paquistão: cristão assassinado é jogado diante da casa da mãe

A perseguição contra os cristãos é comum e impune no Paquistão. Zubair Masih, de 25 anos, era um jovem cristão paquistanês. Ele foi torturado e assassinado pela polícia no dia 7 de março de 2015. Totalmente inocente, Zubair foi preso porque era filho de Ayesha Bibi, empregada doméstica acusada de furtar jóias e 2.000 rúpias em dinheiro da casa do patrão, Abdul Jabbar, um rico muçulmano.
Após a acusação, Jabbar e um grupo de policiais invadiram a casa de Ayesha, que é viúva, e começaram a espancá-la. Depois, levaram-na para a casa de seu irmão, Arshad Masih, que vivia com dois filhos. Todos foram levados para a delegacia e brutalmente espancados. Ayesha teve um braço fraturado. A família foi depois liberada, com exceção do jovem Zubair, mantido preso. No dia seguinte o corpo do jovem foi jogado na frente da casa da mãe.
O advogado Sardar Mushtaq Gill, que é cristão e cuida do caso, afirma resignado que “não vai haver justiça. Este é mais um caso de discriminação óbvia contra as minorias religiosas".

China: continua a violenta pressão contra os católicos

Em setembro de 2013, a Comissão de Justiça e Paz da diocese de Hong-Kong (China) apresentou ao Conselho de Direitos Humanos da ONU um documento de sete páginas sobre a situação da liberdade religiosa no país, no qual manifesta a preocupação da Igreja local, que sofre políticas "contra os princípios e práticas da fé católica".
Entre as situações concretas denunciadas no relatório encontra-se a pretensão oficial de que a Igreja Católica na China seja “independente” da Santa Sé, o que viola os princípios de unidade e comunhão, essenciais à fé católica. Isso afeta diretamente a ordenação de bispos, mas o Estado explica que se trata de um princípio de "autonomia, independência e autogestão da Igreja", o que foi energicamente rejeitado no relatório.
Um elemento especialmente preocupante no relatório é o dedicado aos métodos com os quais o Estado impõe o cumprimento dessas disposições aos membros da Igreja. "Os católicos são frequentemente vítimas de maus-tratos, sequestros, prisões domiciliares, e alguns padres são obrigados a servir os oficiais. Estes atos violam seriamente a liberdade de religião e de consciência", afirma o documento.
Esses abusos se acentuam durante as ordenações episcopais ilícitas — quatro das quais aconteceram entre 2010 e 2012. Vários bispos foram obrigados a assistir às ordenações ilícitas, enquanto diversos padres foram sequestrados e só libertados após as ordenações.
Segundo a comissão, desde 2006, pelo menos 20 clérigos foram objeto de ataques físicos por membros de organismos oficiais, para lhes impor registro e controle. Em janeiro de 2011 o Pe. Zhang Guangjun foi detido em um hotel, onde foi vítima das autoridades. “Foi tratado de maneira desumana durante a sua detenção: não o deixaram dormir por 10 dias e 10 noites, e ele foi obrigado a permanecer de pé durante todo esse tempo”. Após ser libertado temporariamente, foi detido novamente e espancado. Quando recuperou sua liberdade, em abril de 2011, as sequelas físicas eram evidentes.
Também no mês de abril de 2011, o Pe. Joseph Chen Hailong foi submetido à mesma tortura durante quatro dias, sendo depois confinado num quarto sem janelas, onde viveu em completo isolamento e desnutrição durante dois meses. Ele esteve a ponto de perder a razão, tendo-lhe sido negado tratamento médico até o último momento. Só foi libertado em julho de 2011.
A comissão exigiu do governo chinês o fim de todas essas violações aos direitos humanos e o respeito integral da liberdade religiosa dos católicos.
Em resposta à perseguição que sofrem do Partido Comunista, os católicos chineses estão se voltando cada vez mais para os ensinamentos que lhes foram levados há séculos pelos então valentes sacerdotes jesuítas. Diante da repressão, eles exibem o mesmo grau de fortaleza exposto pelos primeiros sacerdotes, simplesmente rezando o terço em suas igrejas locais e aceitando o martírio para preservar a fé.

Índia: religiosa de 71 anos, vítima de estupro coletivo

A agressão contra uma religiosa de 71 anos aconteceu no dia 13 de março de 2015 no estado de Bengala Ocidental, perto da cidade de Ranaghat, alguns dias após a proibição de exibição no país de um documentário sobre um caso de estupro coletivo que causou a morte de uma estudante em Nova Delhi em 2012.
Os agressores invadiram uma escola anexa ao convento e agrediram um guarda, antes de violentar a religiosa. Durante o assalto, danificaram uma escultura de Cristo e destruíram vários textos religiosos. Um cibório contendo hóstias consagradas foi roubado. Levaram também dinheiro. O brutal assalto sucedeu após a comunidade cristã sofrer ataques em várias igrejas.
Pelo menos 23 pessoas em Uttar Pradesh se perverteram ao hinduísmo, dois anos depois de terem abraçado o cristianismo. A notícia foi dada pela agência “AsiaNews” em 10 de setembro de 2014. A cerimônia de “reconversão” aconteceu no dia 10 de setembro, no templo Trilochan Mahadev, num “programa de retorno à casa” organizado pelas associações radicais hindus Sant Ravidas Dharma Raksha Samiti e Sri Gram Devta Pujan Samiti.
O poder judiciário local declarou que não queria ouvir nada sobre o assunto, pois foi uma “questão de fé”, destaca “IlSussidiario.net”. Mas o presidente do Global Council of Indian Christians denunciou o acontecido, definindo o episódio como contrário à constituição indiana. Em 2012, mais de 300 hindus que se converteram ao cristianismo foram obrigados a voltar ao hinduísmo; isso havia acontecido em 2011 com 350 pessoas de um mesmo vilarejo.

Século XXI: prosseguimento do anterior “século dos mártires”

Como se vê pelos fatos narrados, assistimos a uma explosão de cruéis perseguições religiosas em escala mundial. É necessário que a opinião pública, e sobretudo os católicos, sejam bem informados – acordem e façam algo – acerca da dimensão desse horror sem fronteiras que pretende reduzir a liberdade religiosa nos países ocidentais a uma simples liberdade de culto.
A tendência geral é de aumentar a perseguição com profanações e destruição de igrejas, particularmente na China, no Vietnã e nos territórios controlados pelo chamado Estado islâmico. Segundo um relatório da ONG Portes ouvertes relativo às perseguições religiosas em 2014, 40 dos 50 países citados são predominantemente muçulmanos. Dos 10 países onde os cristãos são mais perseguidos, oito estão sofrendo uma radicalização islâmica: Iraque, Síria, República Centro-Africana, Sudão, Paquistão, Egito e Quênia.
Essas perseguições geram uma inundação sem precedentes de refugiados. Por exemplo, 40% da população cristã da Síria deixaram o país. Ou seja, de 1,8 milhões que o país abrigava antes da guerra civil, 700 mil fugiram.
Se já o século XX foi “um século de mártires”, o início do século XXI, sem dúvida, está se aprofundando na mesma trajetória.
E-mail para o autor: catolicismo@terra.com.br
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Notas:

(1) www.aleteia.org/pt/religiao/artigo/perseguicao-contra-os-cristaos-da-franca-a-china-em-67-noticias-recentes-5861899614814208 - Para os interessados em aprofundar o tema, recomendamos a leitura dos 67 artigos publicados por Aletéia.
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Hillary Clinton declara abertamente guerra à religião



“Os códigos culturais profundamente enraizados, as crenças religiosas e as fobias estruturais precisam mudar. Os governos devem empregar seus recursos coercitivos para redefinir os dogmas religiosos tradicionais”.Esta espantosa declaração ditatorial foi feita pela pré-candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, durante uma conferência sobre feminismo no Lincoln Center de Manhattan, noticia o jornal espanhol “La Gaceta”, em 27 de abril de 2015.

Hillary, que defende o reconhecimento do aborto como “um direito da mulher”, afirmou que as objeções de consciência fundamentadas em crenças religiosas estão por trás da discriminação de mulheres e de homossexuais e, portanto, devem ser eliminadas. “Os direitos devem existir na prática, não só no papel. As leis devem ser sustentadas com recursos reais”.
            Depois de defender a “saúde sexual e reprodutiva” (eufemismo para aborto) e o financiamento governamental de associações como a Planned Parenthood (a maior rede de clínicas abortistas dos Estados Unidos), Hillary Clinton criticou aqueles que “se erigem em líderes e preferem deixar a Planned Parenthood sem fundos”.

Esta não é a primeira vez que a pré-candidata democrata deixa clara sua guerra particular contra a religião. Em 2011, durante uma conferência em Gênova, a então secretaria de Estado norte-americana declarou que um dos principais problemas sociais é o apelo a convicções religiosas para “limitar os direitos humanos do coletivo LGBT.

Profanação na França: Desta vez, a vítima é o Sagrado Coração de Montmartre
A Basílica do Sagrado Coração de Montmartre, em Paris, foi alvo no dia 19 de março de 2014 de uma odiosa profanação. As pichações em preto e vermelho, na frente e no interior da Basílica do Sagrado Coração, foram descobertas na hora da abertura do edifício religioso. ‘Nem Deus nem Estado’, ‘Fogo nas capelas’ e ‘Abaixo toda autoridade’ são as frases pichadas dentro e fora da basílica”.
Os autores das pichações quiseram deixar um sinal. E conseguiram. A basílica do Sagrado Coração de Montmartre foi construída em 1873, depois dos violentos acontecimentos perpetrados pela Comuna de Paris, a fim de ser um símbolo do estabelecimento de uma nova ordem moral. As frases deixadas evocam o ódio a Deus e às autoridades que O representam na hierarquia social. Em suma, é o grito de Lúcifer que se renova: “Non serviam!”
 

Real Madrid tira a cruz do escudo: intolerância religiosa no esporte?


Em dezembro de 2014, Florentino Pérez, presidente do clube de futebol Real Madrid, chegou a um acordo com o Banco Nacional de Abu Dabi para criar cartões bancários com o escudo do clube. A polêmica surgiu quando, na apresentação dos cartões, verificou-se que o escudo do time havia sofrido uma leve modificação: a cruz do topo havia sido eliminada.

O caso do Real Madrid não é o primeiro ocorrido devido a pressões religiosas. Na Arábia Saudita e na Argélia, ninguém pode comprar uma camiseta do Barcelona com a cruz de São Jorge. Esta simplesmente desapareceu. A cruz vermelha sobre o fundo branco de São Jorge, que durante mais de um século foi usada por todos os jogadores e torcedores do time, foi suprimida pelos muçulmanos daqueles países.

Segundo o jornal “La Vanguardia”, de Barcelona, desde 2008 nenhuma loja da cidade de Riad (Arábia Saudita) vende artigos com a cruz. Todas as camisas e adesivos têm uma barra vertical na parte superior esquerda. O clube afirma que não são camisas oficiais, mas apenas falsificações, feitas para evitar o símbolo religioso.

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