O que fazer se você perdeu a 'fé' em seus bispos?

[infovaticana]

Traduzido por Pablo Rostán para InfoVaticana.

Finalmente aconteceu. Agora que a Conferência dos Bispos dos EUA Acabou, e absolutamente nada foi feito para combater a crise do abuso homossexual e o encobrimento dentro da Igreja Católica nos EUA, posso finalmente dizer que perdi a fé. Não, não perdi a fé em Jesus Cristo. Não, eu não perdi a fé na intercessão da Santíssima Virgem Maria. Não, eu não perdi a fé no Credo, nem nos sacramentos, nem nos ensinamentos da Igreja. Não, eu nem perdi a fé na Igreja Católica. No que perdi, a fé está na hierarquia dos bispos e na capacidade de resolver problemas juntos.

Eu também perdi a fé no papa. Não, não estou negando o papado de Francisco. Eu o reconheço como o verdadeiro papa, assim como reconheço a hierarquia como verdadeiros bispos. Em vez disso, perdi a fé nele como pessoa e em sua capacidade de liderar a Igreja. O barco de Pedro se tornou um navio sem direção, não porque não há batata, mas porque o papa está muito distraído para dirigir o navio. Quando digo que perdi a fé em Francisco, estou dizendo que não tenho confiança em Francisco como líder. Isto é, da minha parte, ele recebe um "voto de desconfiança".Em resumo, minha fé em Cristo e na Igreja que ele estabeleceu permanece intacta. Minha fé na liderança atual daquela Igreja foi irreparavelmente destruída, e levaria uma vida inteira para reconstruí-la, se ela puder ser reconstruída. Neste momento, na verdade, tenho mais fé no governo federal dos EUA. que na hierarquia da Igreja Católica e isso, realmente, está dizendo muito, porque as pessoas que me conhecem poderiam dizer: "Shane quase não tem fé no governo federal". Neste momento, acho que é muito mais provável que os marcianos aterrissem na Times Square, e depois declarem a paz mundial, e não que nossa hierarquia católica faça a coisa certa sobre o abuso homossexual e seu encobrimento dentro de suas próprias fileiras. Creio que esta é uma abordagem mais do que justificada para os problemas da Igreja. Muitos católicos antigos me dizem que perderam totalmente a fé e mencionam frequentemente, como causa disso, a liderança da Igreja. Suas queixas são legítimas, mas sua solução é absurda. Se você é uma daquelas pessoas que está lendo isso agora, isto é para você ...
Não deixe a Cristo por causa de Judas. Não permita que os maus sacerdotes e bispos o afastem do seu direito adquirido no batismo. Por que você quer dar a esses homens maus a satisfação de sair de casa? Você é católico. Você merece mais do que a liderança que nós temos, todos nós merecemos, mas isto é (infelizmente) com o qual nós fomos açoitados por enquanto. Então eu gostaria de propor um desafio. Em vez de se afastar de Cristo e da Igreja que ele fundou, faça o que eu, por sua vez, estou fazendo. Torne-se um bom católico apesar destes Judas. Porque eles dizem que a maior vingança é viver bem. Torne-se católico de novo, mas faça isso de uma maneira que contradiga os maus padres e bispos, e prive-os de sua capacidade de controlar, manipular e abusar. Procure um velho catecismo de Baltimore (sim, ainda é legítimo) e leia-o. Leia a Bíblia também. Comece com os Evangelhos. Comece a rezar novamente, como você lembra de ter feito antes, e se você pode dizer um ou dois rosários. Então, antes de retornar à missa, tente encontrar uma boa, onde o Judas na Igreja tenha tido pouca influência.
O restante deste texto é dirigido a todos os leigos leigos católicos. Cheguei à conclusão de que não haverá reforma da hierarquia. Com base no que aconteceu na reunião da Conferência Episcopal Americana em Baltimore, e os possíveis responsáveis ​​por isso, estou 100% convencido de que a Reunião Extraordinária dos Bispos em Roma, em fevereiro próximo, será uma piada Estou convencido de que será simplesmente uma tentativa elaborada de confundir os fiéis, para que eles acreditem que algo concreto será feito, quando na realidade nada será feito. Uma aparência de transparência será apresentada, mas não haverá transparência real. Uma impressão de reforma será apresentada, mas não haverá reforma. Tudo isso porque os homens no topo, incluindo o papa, estão mais interessados ​​em proteger seu bezerro de ouro, que é permitir que a homossexualidade floresça na hierarquia.
Então, onde isso nos deixa, fiéis leigos, em tudo isso? Embora não possamos reformar nossa Igreja, não estamos desamparados. Nós realmente temos algumas opções ...

1. Temos que aceitar que nenhuma reforma virá de dentro da Igreja. Isso não vai acontecer, então temos que esquecer essa possibilidade agora! Chegou a hora de parar de pedir uma mudança nas conferências episcopais. Chegou a hora de parar de pedir uma mudança no Vaticano. Chegou a hora de guardar todas aquelas lágrimas e manifestações para o Papa Francisco e os bispos, porque eles simplesmente não mudarão. Se você foi vítima de abuso, chegou a hora de você ir diretamente para as autoridades do governo. Não tente com os bispos. Eles podem descobrir suas alegações de abuso pelo promotor público. Notícias de última hora para todos: já existe uma linha direta para denunciar abusos sexuais por padres da Igreja Católica. É 9-1-1. Não se preocupe, a reforma acabará por atingir a hierarquia, mas não a partir de dentro. Virá através da aplicação da lei e da mão do próprio Deus. O próprio Cristo acabará nos libertando dessa hierarquia corrupta, assim como extinguiu os líderes religiosos corruptos do antigo Israel. Ai deles! Seria melhor se a lei chegasse primeiro.
2. Nós, como leigos católicos, teremos que ser melhores mordomos de nossas doações. Isso significa estar mais alerta e mais consciente do que está acontecendo em nossa Igreja. Sim, há algumas boas paróquias e dioceses por aí, e elas merecem ser financiadas! Mas esta é a questão. Se você está dando dinheiro para uma paróquia, diocese ou organização corrupta, você está sendo uma parte importante do problema. Sim, você está financiando a corrupção com seu dinheiro e está fazendo isso de bom grado. Ninguém coloca uma arma na sua cabeça e força você. Em vez disso, você está colaborando não apenas com o estupro e a corrupção de adolescentes, mas também com a infinidade de relações homossexuais entre padres e outros homens, juntamente com toda a má conduta financeira que os acompanha. Você está financiando isso voluntariamente! Isso tem que parar. Então, o que devemos fazer é começar a observar de perto nossas paróquias e dioceses. Se algo cheira mal, até um pouco, é provável que algo esteja errado. Como diz o ditado, quando o rio toca, a água carrega! Se algo cheira mal na sua paróquia, não financie. Faça suas doações para outra paróquia. Se algo cheira mal na sua diocese, não financie. Envie seu dinheiro para outra diocese. Se algo não cheira bem, não financie! Seja responsável com suas doações, pelo amor de Deus! Finalmente, não dê um centavo à Conferência Episcopal dos Estados Unidos ou à Campanha Católica pelo Desenvolvimento Humano (CCHD). Essas organizações provaram liderar grupos de esquerda que confundem os fiéis e apóiam as coisas que a Igreja se opõe. Se você quiser lutar contra a pobreza, dê esse dinheiro para uma cozinha católica local. Pelo menos você verá os resultados.
3. Finalmente, isso me leva ao último passo. Uma vez que você saiba quem não deve financiar, você também saberá de quem você deve se afastar. É hora de deixar paróquias corruptas e dioceses corruptas e, sim, existe uma maneira canônica de fazê-lo. Pode deixar a corrupção sem deixar a Igreja Católica, e é aí que muitos ex-católicos estiveram errados. Não é necessário que você deixe seu direito adquirido com o batismo para ser relativamente livre daqueles sacerdotes de Judas que corrompem a Igreja. Você tem opções canônicas à sua disposição e, se você for inteligente - precisa ser inteligente em momentos como esse - você pode usá-las. Não posso lhe dar uma lista que liste boas paróquias e bons bispos, mas, como dizem as Escrituras, você os conhecerá pelos seus frutos. Há certos sinais externos que indicam quais são as paróquias ou dioceses com uma forte identidade católica e uma menor probabilidade de corrupção homossexual. Não é uma garantia (nada é), mas melhora radicalmente as chances.

A última publicação em meu site foi uma carta aberta aos bispos católicos dos Estados Unidos, escrita na semana anterior à Conferência de Baltimore. Eu não esperava nenhuma resposta, mas o que obtivemos é muito pior do que eu imaginava. Literalmente, não obtivemos nada - um enorme e retumbante zero - juntamente com muitas pistas, tanto da Conferência quanto de Roma, que indicam que o encobrimento continuará sendo o status quo . Terminei minha carta aberta dizendo que essa seria a última carta que eu abordaria, e não tenho vontade de me comunicar mais com eles. Eu quis dizer isso. Como o título desta redação diz, eu perdi a fé neles completamente. Então aquela carta aberta era a última coisa que eles ouviriam de mim.
Esta entrada, dirigida aos meus leitores regulares, também pretende ser minha última escrita sobre o tema do abuso homossexual e sua ocultação. O motivo dessa decisão é, principalmente, que não tenho mais nada a dizer. Eu já disse tudo o que poderia dizer sobre o assunto. Eu posso atualizar minhas fontes de mídia social com alguns dos últimos fatos sobre o assunto, mas eu realmente não tenho mais nada para escrever, nem recomendações para fazer. Toda essa bagunça logo será resolvida através da aplicação da lei e, talvez, com uma pequena intervenção divina ao longo do caminho. Então não há mais nada que eu possa adicionar.
Nós sofremos o fardo de viver o tempo mais triste da história da Igreja Católica. O que aconteceu é pior do que o arianismo e sua heresia, e acredito que as futuras gerações o reconhecerão. Pois a heresia homossexualista e todo o pecado sexual que a acompanha, especialmente o abuso sexual de menores, é um desafio à própria natureza do cristianismo. Se a homossexualidade (sodomia ou "sexo gay") não é um pecado, então não há pecado sexual, e a totalidade dos dois mil anos de ensinamentos cristãos sobre o assunto tem sido uma grande mentira. Se o pecado sexual não existe, então o sacrifício da crucificação de Cristo é reduzido, a necessidade do evangelho diminui e as disciplinas da Igreja são irrelevantes. Toda a fé cristã gira em torno dessa questão. Porque se não há pecado sexual, a maioria das pessoas não peca de forma alguma. A pessoa comum não mata, rouba ou difama os outros. O católico comum vai à igreja aos domingos, honra seus pais e raramente nomeia o Senhor em vão. O que é adultério quando um homem pode "casar" com outro homem? O que é adultério quando uma mulher casada pode ter um caso com sua namorada, que é vizinha? Se, ao contrário do que dizem as Escrituras e o Catecismo, tudo isso é permitido como desejam os homossexuais, então a Igreja se torna nada mais que um acessório social, totalmente opcional para o cristão que pode definir seu "relacionamento pessoal com Jesus Cristo". Como você gosta disso melhor? O próprio Jesus se torna outro Buda ou Krishna, de modo que o homem moderno escolhe a seu critério pessoal. Não tenho vontade de fazer parte de uma "igreja" como esta. O pecado sexual existe ou não existe. Ou o que as Escrituras nos dizem sobre a homossexualidade é verdade (sodomia ou "sexo gay"), ou as Escrituras são falsas. Remova a condenação da homossexualidade da Bíblia, e você será eliminado do sacrifício que estava sendo expiado por ele na cruz.
Eu sei a verdade. Eu acredito no que as Escrituras nos dizem. Eu acredito no que o Catecismo nos ensina. Eu acredito no que a fé católico-cristã sempre nos ensinou. Eu não apoiarei aqueles que negam estas coisas, seja com palavras ou ações, e não receberão um centavo do meu dinheiro, nem freqüentarei regularmente suas paróquias e catedrais. Eu perdi a fé neles. Decidi que, a partir de agora, só vou seguir paróquias e bispos ortodoxos responsáveis ​​e transparentes. Eu decidi deixar a Igreja Católica dominada pela corrupção. Não há mais nada que eu possa fazer ou dizer. Se você está lendo isso e está pronto para deixar a corrupção para trás, é assim que você pode fazê-lo, legal e apropriadamente.

Este artigo apareceu pela primeira vez no Complete Christianity aqui. É reimpresso com a permissão do autor. Shane Schaetzel é um catequista certificado na Igreja Católica.