quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Afinal, o que é um milagre?

[aleteia]
Por Philip Kosloski

A Bíblia explica 



Os milagres permeiam a Bíblia do Gênesis ao Apocalipse, e continuam a ser testemunhados em nosso mundo atual. No entanto, às vezes ficamos confusos sobre o que realmente é um milagre e qual é o seu propósito para nós e para nossa salvação.
O autor dos Salmos lamenta como Israel ficou cego para os milagres de Deus e como eles eventualmente se tornaram frios para sua intervenção miraculosa.
“Esqueceram-se das suas obras,
das maravilhas que ele lhes fez contemplar.
Diante dos seus pais operou maravilhas,
lá nas terras do Egito, no chão de Társis.
Feriu o mar par os fazer passar, 
conteve as águas, como em dique.
Com a nuvem os conduziu durante o dia, 
com o seu clarão de fogo, durante a noite. 
(…)
Mas eles continuaram a pecar, 
revoltando-se, no deserto, contra o Altíssimo.” (Salmos 78, 11-17)
No Antigo Testamento, parece que os milagres, como a divisão do Mar Vermelho, foram feitos para mostrar o cuidado de Deus por seus filhos e levá-los de volta para Ele. Os milagres deveriam ser um sinal visível da presença de Deus no mundo.
Da mesma forma, no Novo Testamento, Jesus é encarnado e seu ministério público é cheio de milagres. Ele cura os doentes, anda sobre a água e expulsa os demônios.
O Catecismo da Igreja Católica explica como os milagres de Jesus serviram a um propósito semelhante:
“Jesus acompanha as suas palavras com numerosos «milagres, prodígios e sinais» (At 2,22), os quais manifestam que o Reino está presente n’Ele. Comprovam que Ele é o Messias anunciado. Os sinais realizados por Jesus testemunham que o Pai O enviou. Convidam a crer n’Ele. Aos que se Lhe dirigem com fé, concede-lhes o que pedem. Assim, os milagres fortificam a fé n’Aquele que faz as obras do seu Pai: testemunham que Ele é o Filho de Deus. Mas também podem ser «ocasião de queda». Eles não pretendem satisfazer a curiosidade nem desejos mágicos. Apesar de os seus milagres serem tão evidentes, Jesus é rejeitado por alguns; chega mesmo a ser acusado de agir pelo poder dos demônios.”
Além disso, os milagres no Antigo e no Novo Testamento são ocorrências sobrenaturais que somente Deus pode realizar. Isso é mais claramente expresso no “confronto” entre Moisés e os magos do Faraó, assim como entre Elias e os sacerdotes de Baal. Ambas as vezes foi provado que Deus era o único por trás dos milagres, e que somente ele possuía o poder supremo.
Às vezes os milagres são descartados pelos historiadores modernos e considerados um artifício literário usado pelos autores bíblicos, que expressam uma compreensão ingênua da ciência. Eles vêem uma explicação natural para todos os “milagres” relatados na Bíblia e acreditam que Deus não estava por trás de nada disso.
No entanto, para os católicos, os milagres encontrados na Bíblia e os milagres que acontecem hoje são verdadeiros sinais da presença de Deus no mundo. Os católicos acreditam que milagres existem e que Deus os opera para nosso benefício espiritual. Ele faz isso para incentivar a crença nele e para nos lembrar de que não estamos sozinhos neste mundo.

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