terça-feira, 2 de junho de 2020

Aos devotos do SSmo. Coração de Jesus

Seguidos de alguns atos de desagravo e outros obséquios para passar devotamente a hora que cada mês se toma de adoração ao Coração Santíssimo composto pelo Padre Theodoro de Almeida, aprovado pelo Exmo. Cardeal D. Américo, Bispo do Porto e acrescentado com as orações para a missa e atos preparatórios para a confissão e comunhão.
Quinta edição de 1902 - 404 págs




Sendo o homem por natureza animal sociável, também o deve ser por interesse; pois na comunicação têm os seus males alívio, as suas consolações aumento. Nada consola um coração aflito, quando está só; e também quando os movimentos de gosto são excessivos, como que não cabem no peito, e quer o coração desafogar, vazando em outro coração a superabundância de alegria, que já nele não cabe. Eis-aqui, pois, por que se fizeram estes Entretenimentos do nosso coração com o coração divino de Jesus Cristo: uns para buscar alívio e desafogo nas aflições, que ás vezes a alma oprimida sente; outros para desabafar o fervor da devoção no seu maior calor.
A experiência mostra, e a razão, que esta comunicação de coração aflito, ou fervoroso, com o coração de Jesus, causa na alma efeitos maravilhosos, acende o amor, aumenta a confiança, suaviza os trabalhos e introduz insensivelmente a verdadeira devoção no íntimo da alma. Esta admirável familiaridade faz que a alma creia que Jesus Cristo é seu pai, seu amigo, seu esposo, seu conselheiro e seu remédio em tudo; e ao mesmo tempo por um inexplicável mecanismo atrai o coração de Jesus para o nosso coração. Aquelas dulcíssimas expressões, que achamos nas escrituras, provam que o caráter d’este coração divino é próprio para esta comunicação; e a experiência prova que é do seu agrado isto que tanto é para nosso proveito. Prove quem duvidar, e ficará convencido que o Senhor é suave, como se diz no Salmo: Gustate et videte, quoniam suavis est Dominus. (S 32, 9).


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