terça-feira, 8 de setembro de 2020

Interpretação do Apocalipse de Nossa Senhora ao Pe Gobbi - Parte I

 

Padre Gobbi e o Papa João Paulo II

Naquele tempo haverá uma grande tribulação, tal como não houve desde o princípio do mundo até agora, nem tornará a haver jamais (Mt 24, 21-22)

1 - A SEGUNDA VINDA DE JESUS

A Segunda Vinda de Jesus (também chamada de Parusia ou Segundo Advento de Jesus) é uma das mais impressionantes revelações das Sagradas Escrituras e está exaustivamente testemunhada ao longo de toda a Bíblia, do Antigo ao Novo Testamento, dos Salmos ao Apocalipse. A primeira mensagem de Nossa Senhora ao MSM sobre este tema foi feita na noite de Natal de 1978:

24/12/78 - A sua Segunda Vinda será semelhante a esta, filhos prediletos. Assim como nasceu nesta noite, voltará Jesus na glória, antes de sua vinda para o Juízo Final...

Evidencia-se, então, que o fim dos tempos não constitui o fim do mundo, mas a Segunda Vinda de Jesus é para fazer novas todas as coisas (Ap 21,5) e criar um novo céu e uma nova terra (Is 65,17, Ap 21,1). Nesta Segunda Vinda, em contraponto à condição de humildade, pobreza e obscuridade do seu nascimento, Jesus se manifestará com todo o poder no Céu e na terra (Dn7, 13-14), de forma gloriosa e universal. Estes elementos estão fortemente presentes nas mensagens de Nossa Senhora ao MSM:

08/12/90 - Esta Segunda Vinda se realizará na luz de sua Divindade, porque Jesus voltará a vós, sobre as nuvens do céu, no esplendor de Sua realeza e sujeitará a Si os povos e as nações da Terra e todos os seus inimigos serão esmagados sob o trono de seu domínio universal...  O triunfo do Meu Coração Imaculado coincidirá com a Segunda Vinda de Jesus na glória, para fazer novas todas as coisas.

13/10/92 - Do céu virá para vós o Cristo,  no esplendor de sua glória, montando o cavalo branco do seu divino poder... sobre nuvens luminosas virá o Meu Filho Jesus... para instaurar entre vós o seu Reino de amor, de santidade, de justiça e de paz.

22/11/92 - Nesta criação... Jesus Cristo instaurará o seu Reino de glória para que a obra de sua divina Redenção possa ter o seu perfeito cumprimento. O Espírito Santo abrirá os corações e as mentes, a fim de que todos possam cumprir o querer do Pai e do Filho e, assim como no céu, também seja perfeitamente realizada a Divina Vontade.

Estes são os sinais apocalípticos da Segunda Vinda de Cristo; Jesus, à frente dos exércitos celestes, manifesta-se em toda a sua glória e poder, para julgar as nações e condenar os ímpios à morte eterna. É o triunfo da Nova Era, do reino de mil anos (Ap 20,2-3), pautado num mundo de paz, santidade e harmonia entre o Criador e as criaturas (Reino Messiânico Universal ou Reino de Maria). Satanás, vencido e aprisionado com as suas legiões malignas, não poderá causar mais dano algum às almas, livres então do pecado e retemperadas no Amor Divino pela ação do Espírito Santo (Segundo Pentecostes):

Ap 21,1-7: Vi então um céu novo e uma nova terra - pois o primeiro céu e a primeira terra se foram, e o mar já não existe. Vi também descer do céu, de junto de Deus, a Cidade Santa, uma Jerusalém nova... Eis a tenda de Deus com os homens. Ele habitará com eles; eles serão o seu povo, e ele, Deus-com-eles, será o seu Deus... O vencedor receberá esta herança, e Eu serei seu Deus e ele será meu filho

2 - A GRANDE TRIBULAÇÃO

A Segunda Vinda de Jesus será precedida por um grande número de eventos amplamente descritos nos livros bíblicos (particularmente no Apocalipse), inseridos no contexto da chamada 'grande tribulação', período de tempo marcado por uma apostasia de cunho universal, uma profunda crise da Igreja e um afastamento quase que generalizado da humanidade em relação a Deus:

Dn 12, 1: "Será uma época de tal desolação como jamais houve igual, desde que as nações existem até aquele momento"

Mt 24, 21-22; Mc 13,20: "Naquele tempo haverá uma grande tribulação, tal como não houve desde o princípio do mundo até agora, nem tornará a haver jamais".

Nas mensagens ao MSM, as revelações são cristalinas de que os tempos da grande tribulação são os tempos atuais:

01/01/92 - Entrais nos tempos decisivos... o novo ano levará ao cumprimento o que eu vos tenho revelado em alguns dos meus segredos... Assim, aumentarão em toda parte o mal e o pecado, a violência e o ódio, a perversão e a incredulidade... as guerras se difundirão, envolvendo outros povos e nações...

Em fevereiro de 1992, a aprovação da independência da Bósnia-Herzegovina em plebiscito nacional pelas etnias croata e muçulmana e com o boicote da população sérvia, deu origem a um dos mais cruentos conflitos étnicos da história contemporânea. Com o intuito de criar a "Grande Sérvia", com a anexação dos territórios da Bósnia com maioria desta etnia, a Sérvia invadiu e ocupou cerca de 70% da Bósnia. Mas, como as etnias croata, muçulmana e sérvia não se distribuíam de forma regular pelo país, a invasão propiciou um massacre civil sem precedentes baseado numa famigerada "purificação étnica", que resultou em mais de 10000 mortos, milhares de feridos e aleijados e mais de 1,5 milhões de refugiados.

A partir de 1992, inúmeros outros conflitos ratificaram e continuam ratificando a barbárie do homem moderno, somando múltiplas ações de violência, ódio e perversão em todos os povos e nações, consubstanciando uma era ímpar de apostasia mundial e o domínio cada vez maior e mais profundo de satanás sobre toda a humanidade. Os massacres recentes e atuais em Timor Leste, Ruanda, Kosovo e Chechênia são tristes exemplos desta carnificina crescente.

01/01/93 - A grande prova chegou para toda a humanidade... Quantos deverão sofrer o flagelo da fome, da carestia, da discórdia, das lutas fratricidas que espalharão tanto sangue pelos vossos caminhos.

15/03/93 - A humanidade conhecerá a hora sangrenta do seu castigo: será golpeada pelo flagelo das epidemias, da fome e do fogo; muito sangue será derramado nas vossas estradas; a guerra se estenderá por toda parte, levando ao mundo uma incomensurável devastação.

13/05/93 - (as potências do mal) conseguiram levar toda a humanidade a viver sem Deus; difundiram por toda a parte o erro do ateísmo teórico e prático; construíram novos ídolos, diante dos quais a humanidade se prosta em adoração: o prazer, o dinheiro, o orgulho, a impureza, o predomínio e a impiedade.

Na Segunda Carta de São Paulo aos Tessalonicenses, está claramente anunciada esta apostasia universal (2Ts 2,3), que deveria preceder ao retorno glorioso de Cristo. Nossa Senhora, em mensagem de 13/03/90, estabelece que são três as principais causas desta apostasia (perda de fé): difusão de erros teológicos, mau exemplo de sacerdotes e as rebeliões contra a Igreja e o Papa. E faz referências diretas destes fatos com a parte do Segredo de Fátima ainda não revelado:

13/05/90 (mensagem dada em Fátima/Portugal) - O meu terceiro segredo, que aqui dei a conhecer às três crianças a quem apareci, e que até agora ainda não vos foi revelado, tornar-se-á manifesto a todos pelo próprio desenrolar dos acontecimentos. A Igreja conhecerá a hora de sua maior apostasia, o homem iníquo introduzir-se-á no seu interior e sentar-se-á no próprio templo de Deus, enquanto o pequeno resto, que permanecerá fiel, será submetido às maiores provações e perseguições.

13/05/93 - Viveis os anos sanguinolentos da batalha... Está se realizando o que está contido na terceira parte da minha mensagem , que ainda não vos foi revelada, mas que agora se tornou manifesto pelos próprios acontecimentos que estais vivendo.

As mensagens de Nossa Senhora em Fátima não foram reveladas e, assim, não propiciaram a reação adequada ao espantoso alerta dos nossos tempos: a humanidade, corrompida pelas potências do mal, será objeto de uma apostasia de cunho universal propiciando as condições para o surgimento do anticristo, ratificando, assim, as palavras de São Paulo na segunda carta aos tessalonicenses. 

3 - TEMPOS FORTES DA GRANDE TRIBULAÇÃO

Nossa Senhora manifesta-se várias vezes em relação aos chamados 'tempos fortes' da grande tribulação. A caracterização de tempos fortes (decisivos, finais) do período da tribulação faz pressupor um período de tempo dentro de outro período de tempo maior, ou seja, o processo terá transcorrido ao longo de um dado tempo, mas a convergência e aceleração dos acontecimentos deverão ocorrer num menor espaço de tempo ("tempos fortes") na fase final deste prazo maior, após um amplo processo de purificação da Igreja e da humanidade. Nas mensagens ao MSM, Nossa Senhora estabelece, de forma inequívoca, a realização destes tempos fortes da grande tribulação no transcorrer da última década do século XX:

01/01/90 - No último decênio do vosso século serão cumpridos os acontecimentos que eu vos predisse.

08/02/90 - Agora que entrais no último decênio deste século, no qual se cumprirão os acontecimentos decisivos que vos levarão ao triunfo do meu Imaculado Coração...

31/12/90 - Entrastes nos tempos fortes da purificação e os sofrimentos deverão aumentar para todos... também a minha Igreja tem necessidade de ser purificada... Assim... vos tornai as gotas das minhas lágrimas... enquanto entrais nos tempos fortes da purificação e da grande tribulação.

01/01/91 - Nestes tempos, a Igreja é chamada a viver as horas da agonia e do Getsêmani; as horas da paixão redentora; as horas de sua cruenta imolação no Calvário. No início deste novo ano, no caminho do Calvário, Eu encontro todos os meus filhos...

19/05/91 - O Espírito Santo vos fará compreender os sinais do vosso tempo . São os tempos preditos pela Sagrada Escritura como os tempos da grande apostasia e da vinda do anticristo... que vos levarão a viver os últimos acontecimentos em preparação à segunda vinda de Jesus na glória. Por isto hoje derrama os seus carismas, de maneira ainda mais forte e extraordinária do que no tempo do início da Igreja. Porque já entrastes nos últimos tempos, que vos conduzirão à nova era.

12/09/91 - ... agora que entrais nos momentos mais fortes da luta e na parte mais dolorosa da grande tribulação.

01/01/92 - Entrais nos tempos decisivos... o novo ano levará ao cumprimento o que Eu vos tenho revelado em alguns dos meus segredos...

Partindo da idéia de um tempo final (tempo forte) dentro de um tempo maior (que engloba toda a fase de tribulação), a utilização de termos como "entrastes" e "enquanto entrais" faz entender que este segundo período começou em 1991/92. Este período deve se estender no máximo até o ano 2000. Note-se, entretanto, que, a partir de 1993, Nossa Senhora passa a se referir com ênfase cada vez maior ao início efetivo do 'tempo da grande prova':

01/01/93 - Entrastes assim no tempo da grande prova. A grande prova chegou para todos  vós... a grande prova chegou para a Igreja... a grande prova chegou para toda a humanidade...

09/04/93 - Esta sua dolorosa paixão se renova nestes últimos tempos, em que a grande prova chegou para todos.

13/05/93 - Viveis os anos sanguinolentos da batalha, porque a grande prova já chegou para todos... convido-vos, a viver sem medo, com grande confiança e esperança, estes anos sanguinolentos da batalha. Do cálice dos sofrimentos jamais provados até agora, sairá o sol divino de uma nova era...

15/08/93 - Agora que a grande prova chegou, sentir-me-eis de maneira extraordinária junto a todos vós, para ser o grande sinal de consolação e de segura esperança, nestes últimos tempos de purificação e da grande tribulação.

O 'tempo da grande prova' pode ser correlacionado diretamente às inúmeras referências bíblicas do Apocalipse e do Livro de Daniel ao período crítico da grande tribulação (este período crítico e final é genericamente designado como sendo o próprio tempo da grande tribulação, desconsiderando "os tempos antes desse tempo" no contexto global da tribulação), como correspondendo a uma semana de anos, dividida em dois períodos iguais de 3,5 anos (um primeiro, em que as tribulações serão de menor magnitude e de caráter predominantemente secreto e um segundo, profundamente mais grave e de domínio público universal; a fronteira entre estes períodos é claramente delimitada nos textos bíblicos como sendo 'a abominação da tribulação'). Esta interpretação é obtida diretamente das seguintes passagens do Livro de Daniel:

Dn 12, 6 -7: "Até quando o tempo das coisas inauditas?"... "Será por um tempo, mais (dois) tempos e metade de um tempo*. E quando se completar o esmagamento da força do povo santo, essas coisas todas hão de consumar-se!"

* 3,5 anos (um tempo = 1 ano)

Dn 12, 11: A contar do momento em que tiver sido abolido o sacrifício perpétuo e for instalada a abominação da tribulação, haverá mil duzentos e noventa dias**. Bem-aventurado aquele que perseverar, chegando a mil trezentos e trinta e cinco dias.

** 3,5 anos pode ser 42 meses x 30 = 1260 dias ou, mais precisamente, 365 x 3,5 = 1277,5 dias, aproximadamente a média entre os dois períodos citados de 1260 e 1290 dias, ou seja, deve-se subtender dois períodos iguais de 3,5 anos, independentemente da citação formal de 1260 ou 1290 dias.

Dn 9,27: Ele (o príncipe que virá) confirmará uma aliança com muitos durante uma semana; e pelo tempo de meia semana fará cessar o sacrifício e a oblação.

As duas últimas leituras de Daniel conduzem a uma relação de equivalência entre meia semana de Daniel e 1290 dias (3,5 anos); este é, portanto, o tempo de atuação do falso cristo, a besta negra da maçonaria (ver Parte II). Ou seja, o tempo das coisas inauditas corresponde a um período de 3,5 anos (meia semana, 1290 dias, 42 meses ou um tempo, mais (dois) tempos e metade de um tempo, segundo as diferentes passagens dos textos bíblicos), iniciado a partir da instalação do anticristo no trono papal ("abominação da tribulação") e caracterizado pela blasfêmia maior a Deus: a supressão do Santo Sacrifício da Missa). O tempo das coisas inauditas refere-se a perseguições terríveis contra a cristandade: Ap 13,7: Deram-lhe permissão para guerrear contra os santos e vencê-los ou Ap 13,10:... se alguém deve morrer pela espada, é preciso que morra pela espada.

Estes tempos fortes corresponderiam, portanto, a um período de 7 anos, inserido na última década do século XX, provavelmente a partir de 1993 (meados/1993 a meados/2000?). Também em 1993, foi assinado o histórico tratado de paz entre judeus e palestinos (em 13/09) e o reconhecimento pelo Vaticano do Estado de Israel.

Esta semana de anos seria correspondente à última semana das setentas semanas (70 x 7 = 490 anos) da profecias de Daniel:

Dn 9, 24 -25: "Setenta semanas foram fixadas para o teu povo e a tua cidade santa, para fazer cessar a transgressão e lacrar os pecados, para expiar a iniquidade e instaurar uma justiça eterna, para sigilar visão e profecia e para ungir o santo dos santos."

Portanto, o período da tribulação perpassa os séculos até a sua plena eclosão nos derradeiros dias da última década do século atual. 

4 - ABREVIAÇÃO DOS TEMPOS DA GRANDE TRIBULAÇÃO

Mt 24, 22; Mc 13,20: "Se o Senhor não abreviasse aqueles dias, não se salvaria um só homem mas, por causa dos eleitos de Deus, aqueles dias serão abreviados".

As mensagens de Nossa Senhora evidenciam estas revelações de Jesus, de que estes tempos podem e, na verdade, foram drasticamente abreviados por uma especial concessão divina às orações e penitências dos Filhos de Deus.

21/11/91 - Ofertai ao Senhor toda a vossa vida... Assim vos tornais as vítimas escolhidas, preciosas e agradáveis a Deus, que eu posso oferecer-Lhe, para que os tempos da grande prova sejam abreviados... Os tempos fortes da purificação, da grande tribulação e da apostasia chegaram...

29/09/95 - Os tempos serão abreviados... pela resposta que em toda parte recebo destas minhas pequenas crianças, eu intervenho para abreviar os tempos da grande prova tão dolorosa para vós... os tempos serão abreviados... quantas vezes já intervim, para afastar sempre mais no tempo, o início da grande prova, para a purificação desta pobre humanidade...

Assim, os tempos críticos e finais da grande tribulação (a abominação da desolação e o segundo período do tempo da grande prova) foram e estão sendo sistematicamente abreviados, pela intervenção direta de Nossa Senhora e pelas orações e sacrifícios das almas plenamente consagradas aos imaculados Corações de Jesus e de Maria.

Neste contexto de uma indiscutível abreviação dos tempos finais, é razoável uma reavaliação deste período crítico da história humana em termos de sua duração. E, neste sentido, embora seja sabido que o prazo de 70 semanas de Daniel não constitui um tempo ininterrupto (ver a síntese da interpretação das setenta semanas de Daniel no livro do Pe. Léo Persch), podemos admitir, num conceito de 'um tempo dentro de outro tempo', uma similaridade destas setenta semanas neste período singular da humanidade.

Considerando, então, que uma semana de Daniel = 7 meses (e não mais 7 anos), ter-se-ia 70 x 7 = 490 meses ou aproximadamente 40 anos; o número 40 simboliza biblicamente um período de provações, purificação e tribulações (exemplos abaixo):

Gn 7, 17 :Durante quarenta dias houve o dilúvio sobre a terra... 8, 6: no fim de quarenta dias, Noé abriu a janela...

Ex 24, 18: E Moisés permaneceu na montanha quarenta dias e quarenta noites... 34, 28: Moisés esteve ali, com Iahweh, quarenta dias e quarenta noites...

1 Rs 19, 8: (Elias) Levantou-se, comeu e bebeu e, depois, sustentado por aquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até a montanha de Deus, o Horeb.

Dt 2, 7: ...Eis que durante quarenta anos Iahweh teu Deus esteve contigo e coisa alguma te faltou! (o povo judeu errante no deserto)

Jn 3,4: Jonas entrou na cidade e a percorreu durante um dia. Pregou, então, dizendo: "Ainda quarenta dias e Nínive será destruída".

Mt 4,2: (Jesus) por quarenta dias e quarenta noites esteve jejuando. Depois teve fome.

Extrapolando este sentido à grande tribulação, podemos admitir, portanto, um período de cerca de quarenta anos para os tempos da grande tribulação, aproximadamente entre 1960 e 2000, ou seja, décadas de 60, 70, 80 e 90 (evidentemente, não se deve ficar encerrado ao rigor matemático dos 40 anos!). Por que 1960? Nossa Senhora estabeleceu esta data como limite para a revelação pública do Terceiro Segredo de Fátima. Uma razão plausível é considerar esta data como sendo a da deflagração dos tempos finais da humanidade atual, caso não se implementassem os seus insistentes pedidos de conversão dos povos e nações, o que efetivamente não se concretizou.

Neste contexto, a última semana de Daniel corresponderia, portanto, aos sete meses finais do tempo da tribulação e, a partir da abominação da desolação, 3,5 meses finais do tempo da grande prova (potencialmente um período de 7 meses no transcorrer do ano 2000?).

Uma outra abordagem é admitir que é o segundo período da grande tribulação (e, portanto, da ação pública do anticristo) que está sendo drasticamente abreviado e postergado para os derradeiros dias do período profetizado de 7 anos.

Em qualquer destas hipóteses, estamos vivendo o clímax dos tempos fortes da grande tribulação e Nossa Senhora o confirmou claramente em mensagem ao Pe. Gobbi:

13/05/93 - ...hoje recordais o aniversário da minha primeira aparição em Fátima... estais ainda dentro do tempo desta minha aparição. Estais sobretudo no coração desta minha mensagem... viveis os anos sanguinolentos da batalha, porque a grande prova já chegou para todos.

05/12/94 - Confirmo-te que para o grande jubileu do ano 2000, haverá o triunfo do meu Coração Imaculado, que eu vos predisse em Fátima e ele se realizará com o retorno de Jesus na glória, para restaurar o seu Reino no mundo.

De qualquer forma, é importantíssimo ratificar mais uma vez: ninguém sabe o dia e nem a hora, a não ser o Pai (Mt 24, 36) e não existem revelações neste sentido. Portanto, muito mais importante que a abordagem da duração exata destes tempos (a discussão acima é mera elucubração do autor e, portanto, constitui uma hipótese entre dezenas possíveis) é a de que estes tempos estão inseridos nas mensagens proféticas de Fátima e se aplicam para os tempos atuais (lembrando que a vidente Lúcia ainda é viva, com quase 93 anos, e teve a promessa de Nossa Senhora de que iria testemunhar os acontecimentos do fim dos tempos e que, na encíclica "Dominum et Vivificantem", João Paulo II ratifica que a plenitude dos tempos ocorrerá no ano 2000) e, mais que isso, por mais que sejam abreviados os tempos da tribulação, os tempos da grande prova são irreversíveis e já estão prontos para serem contados!

5 - SOBRE JOÃO PAULO II

13/05/91 - Hoje vos confirmo que este (João Paulo II) é o Papa do meu segredo; o Papa de quem falei às crianças durante as aparições; o Papa do meu amor e da minha dor... Quando este Papa tiver cumprido a missão que Jesus lhe confiou e eu descer do céu para acolher o seu sacrifício, todos sereis envoltos por uma densa treva de apostasia, que terá se tornado então generalizada.

13/05/95 - Rezai pelo Papa. Este Papa é o maior dom que o meu Coração Imaculado vos deu, para o tempo da purificação e da grande tribulação. Parte importante do meu Segredo, que aqui revelei às três crianças, para quem apareci, refere-se exatamente à pessoa e à missão do Papa João Paulo II.

Nossa Senhora revela ser João Paulo II o papa mencionado por ela nas aparições de Fátima e sugere que a sua missão está próxima do fim, inserindo definitivamente os tempos da grande tribulação nos nossos dias:"... venho pedir a consagração da Rússia ao Meu Imaculado Coração... Se atenderem os meus pedidos, a Rússia se converterá... Se não, espalhará seus erros pelo mundo... Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito o que sofrer, várias nações serão aniquiladas" (aparição de 13/07/1917).

Visão de Jacinta: Eu vi o Santo Padre numa casa muito grande, de joelhos diante de uma mesa, com as mãos no rosto, a chorar. Fora de casa estava muita gente, e uns atiravam-lhe pedras, outros rogavam-lhe pragas...

O papel extraordinário de João Paulo II nesta fase crucial da história da humanidade é expresso na seguinte passagem bíblica:

2 Ts 2,7: "O mistério da iniquidade já está em ação, esperando apenas o afastamento daquele que ainda o detém".

Nossa Senhora, nas mensagens ao MSM, atribui exaustivamente a João Paulo II a condição de esteio e fortaleza do povo cristão, como o papa escolhido particularmente por ela para os nossos tempos. A morte de João Paulo II (cuja proximidade e relevância como evento decisivo do período da grande tribulação são ressaltados de forma particular na mensagem de 13/05/91), em futuro próximo, seria a tradução terrível da profecia da segunda carta aos tessalonicenses. A consumação destes tempos, então, tornar-se-á irreversível, com uma seqüência impressionante de um grande número de acontecimentos escatológicos (ver Parte III).

Assim, é preciso orar insistentemente pelo Santo Padre e pela unidade da Igreja com ele; cada dia com João Paulo II é uma benção divina que assegura uma postergação adicional à abominação da desolação e uma redução adicional das horas sanguinolentas dos tempos da grande prova que já chegou para toda a humanidade.

 

Fonte - sinaisdostempos

 

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