segunda-feira, 9 de novembro de 2020

A estranha aliança entre o Vaticano e Biden

Do COPE à própria Conferência Episcopal dos Estados Unidos, a opinião oficial da hierarquia católica parece especialmente satisfeita com a suposta vitória de Biden, a ponto de pular a meticulosa diplomacia eclesial para chamá-lo de presidente eleito simplesmente porque foi o que declarou a imprensa.


 

Já sabemos que os católicos não devem ser "obcecados" com o aborto, embora realmente não saibamos por quê. Se se acredita realmente que o feto é completamente humano, dotado da mesma dignidade de qualquer pessoa, sendo totalmente inocente e implicando a sua aniquilação para a própria mãe, não entendo bem como não poderia ser a questão política que mais interessasse à Igreja Católica. Desde a sua consagração como direito constitucional até hoje, já causou mais de cinquenta milhões de vítimas. Você não clama para o céu? Que causa poderia ser mais clara e, ao mesmo tempo, mais (literalmente) sangrando?

Bem, você vê: o 'católico' Biden é um defensor aberto e vociferante do aborto, a ponto de anunciar que vai promover uma lei federal garantindo esse 'direito' no caso de a Suprema Corte reverter o caso Wade vs. Roe, enquanto que Trump tem sido o presidente mais pró-vida desde os anos 1970. Por que, então, tanta alegria por parte da hierarquia católica?

Explica-se assim: Biden anunciou que voltará aos acordos de Paris contra as Mudanças Climáticas (na verdade, uma transferência de renda para a China) e que legalizará os imigrantes ilegais, que por coincidência são as obsessões políticas do Santo Padre.

Mas Sua Santidade também destacou outro valor central na política internacional em várias ocasiões, sublinhando-o recentemente depois de insistir nele em sua última encíclica, Fratelli tutti. A guerra causa mortes indiscutíveis, perda de vidas que até os abortistas mais fervorosos admitem serem humanas. 
É o que nunca se vê apontado, digamos, nas alegações do mediaticista jesuíta James Martin quando ele tenta diluir o escândalo do aborto com a pena de morte, como se isso produzisse uma espécie de vínculo entre seu homem, Biden, e o 'diabólico' Trunfo. Nunca, digo eu, nenhuma fonte hierárquica faz menção ao fato de Biden ter votado a favor de todas as guerras desnecessárias e remotas iniciadas pelos Estados Unidos desde a administração Clinton (bombardeios em Belgrado), e Obama, Prêmio Nobel da Paz, lançou mais bombas em mais países do que qualquer outro presidente desde a Segunda Guerra Mundial. 
Ao contrário, Trump não apenas iniciou nenhum dos dois, mas foi fundamental em duas paz aparentemente impossível: entre as duas Coreias e entre Israel e os países árabes. Você ouviu um único aplauso por esta conquista? O Vaticano parabenizou Trump por seu extraordinário histórico como pacificador e pacificador? 
O que se conclui, no final, com não pequena tristeza, é que mesmo nisso nossa Igreja institucional segue as elites seculares e entra na onda de um maniqueísmo que não tem sustentação em nossa doutrina moral.

 

Fonte - infovaticana

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