O bispo de Ohio, Earl Fernandes, compartilhou por que ele apoia a missa tradicional em latim, ao mesmo tempo em que incentiva os fiéis a rezar o terço e estudar a Bíblia.
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| Bispo Earl K. Fernandes |
Por Matt Lamb
A Missa Tradicional em Latim (TLM) é uma “bela parte da tradição da Igreja”, de acordo com o bispo de Columbus, Earl Fernandes.
Sua Excelência fez os comentários recentemente em uma entrevista ao Catholic World Report. Nomeado pelo Papa Francisco em 2022, Fernandes já havia expressado seu apoio à TLM, tendo-a oferecido regularmente como pároco.
Na entrevista, Fernandes compartilhou como a década de 1970, o período subsequente às reformas litúrgicas que se seguiram ao Concílio Vaticano II, “foi uma época estranha para o crescimento na Igreja Católica… liturgicamente e catequicamente”.
“Meu pai nos ensinou religião no Catecismo de Baltimore”, compartilhou o prelado.
Fernandes disse anteriormente que seus pais acharam as Missas Novus Ordo revisadas na América muito diferentes do que vivenciaram em seu país natal, a Índia.
Ele disse anterirmente ao National Catholic Register:
Para meus pais – imigrantes da Índia, cuja terra natal era Goa (daí nosso sobrenome português) – a experiência da vida paroquial católica em Ohio foi um choque cultural: violões, tambores, danças litúrgicas e muito mais. As pessoas eram maravilhosas e a vida comunitária era real, mas às vezes meu pai ainda ansiava por uma experiência mais tradicional. Naqueles dias, ele nos levava à igreja de São José, em Toledo, onde a missa em latim era celebrada.
Fernandes fez comentários semelhantes em sua última entrevista ao Catholic World Report.
“Quando eu era criança, nos anos 70, as paróquias tinham missas com violão e dança litúrgica. Meu pai tinha uma predileção pela missa em latim”, disse o prelado. “Quando eu estava na faculdade de medicina, havia uma missa de indulto em latim perto de casa. Eu gostava do canto gregoriano, assim como da paz e do silêncio. Eu também ia à missa em inglês, dependendo da minha agenda.”
Ele disse que o Arcebispo de Cincinnati, Daniel Pilarczyk, "me pediu para estudar a Missa em Latim para que eu pudesse ajudar na celebração. Não havia nada de ideológico nisso; queríamos oferecer a Missa para atender à necessidade pastoral do povo. É uma bela parte da tradição da Igreja."
O prelado também deu ênfase às vocações, observando que não houve nenhuma ordenação em 2022, quando ele começou a liderar a diocese.
“Tínhamos 17 seminaristas há três anos. Hoje, somos 43. Ordenei nove padres desde que cheguei e incardinei mais cinco”, compartilhou. “Conseguimos nomear excelentes diretores vocacionais e empregar padres mais jovens e dinâmicos em áreas-chave da nossa diocese.”
Ele disse que as mulheres têm demonstrado mais interesse em ingressar em ordens religiosas.
Fernandes também compartilhou que uma decisão difícil que ele tomou há alguns anos está dando resultados.
Conforme relatado anteriormente pelo The College Fix, Fernandes começou a remover os Padres Paulistas, mais liberais, da supervisão do ministério universitário na Ohio State University, uma grande universidade pública em Columbus.
“Sofri algumas críticas em 2022, quando padres diocesanos assumiram o Centro Newman na Universidade Estadual de Ohio [que era administrado pelos Padres Paulistas]. Mas está dando frutos”, disse ele. “Estamos vendo jovens interessados em se tornar padres diocesanos.”
“Com mais de 60.000 estudantes frequentando a Ohio State University, a diocese tem uma oportunidade incrível tanto para a proclamação do Evangelho de Jesus Cristo quanto para o potencial de futuros padres e religiosos”, declarou a diocese na época.
Na entrevista, Fernandes também encorajou os fiéis a rezar o Rosário, estudar a Bíblia e “[construir] um pequeno santuário em sua casa para o Sagrado Coração de Jesus e o Imaculado Coração de Maria”.
O prelado também trabalhou anteriormente para o arcebispo Carlo Maria Viganò quando ele serviu como núncio papal nos Estados Unidos.
Ele falou sobre o tempo em que trabalhou para ele:
Ele me recebeu. Eu o vi rezar por meia hora antes da missa, celebrar a missa devotamente e rezar depois. Não vi nenhuma das palavras estridentes contra o Papa Francisco que viriam a surgir mais tarde. Quando o conheci, ele era um homem que havia prestado grandes serviços à Igreja. Era manso e gentil, nada feroz como demonstraria mais tarde. Na minha presença, ele nunca falou mal do papa. Rezava e cumpria seu dever. O que aconteceu depois foi surpreendente.
Declaração do bispo sobre tradição reflete tendência crescente
Os comentários do bispo sobre a beleza da missa em latim refletem um interesse crescente entre os católicos da geração Y e da geração Z pela tradição e pelas belas liturgias.
Enquanto alguns prelados têm procurado suprimir tanto a TLM quanto práticas reverentes como as missas ad orientem Novus Ordo e ajoelhar-se para receber a Sagrada Eucaristia na língua, muitos jovens estão abraçando a fé católica por causa da tradição.
“Nos últimos anos, tenho notado uma ênfase e atração maiores pela liturgia”, escreveu o Padre Patrick Hyde no X em maio. Ele é padre universitário na Universidade de Indiana, em Bloomington. “Temos até alunos que dirigem mais de uma hora para cada lado para a missa dominical da TLM.”
“Esses jovens passaram a vida inteira bombardeados com barulho e imagens”, observeu. “Eles querem uma pausa que os permita descansar e os leve a Deus.”
O arcebispo de São Francisco, Salvatore Cordileone, comentou de forma semelhante em abril: "Para mim, é animador ver quantos jovens são atraídos por práticas católicas clássicas que expressam realidades transcendentes de forma tão eficaz". A catedral de São Francisco começou a celebrar a missa ad orientem e adicionou genuflexórios para atender ao crescente interesse em receber a comunhão na língua.
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