fratres in unum
“Ouve, meu filho, a instrução de teu pai: não desprezes o ensinamento de tua mãe.” (Provérbios 1,8)
Por Padre Renato Leite
Hoje, 13 de maio de 2011, é o 94º aniversário da primeira aparição da Santíssima Virgem Maria, na Cova da Iria, Fátima, Portugal. Naquela ocasião, a Mãe de Deus trazia, em primeiro lugar à Igreja e depois ao mundo, com suas seis visitas ao local das aparições, uma série de mensagens que, simples na sua expressão, eram na realidade gravíssimas na sua extensão. Se considerarmos que, ao encerrar o ciclo das aparições na Cova da Iria, a 13 de outubro de 1917, a Virgem Maria autenticou as mensagens e advertências que comunicara da parte de Deus e de Seu filho Jesus Cristo com o “Milagre do Sol”, o mais espantoso milagre público operado pelo Céu, desde que Nosso senhor fundou sua única e verdadeira Igreja Católica.
Segundo as testemunhas, o Milagre durou cerca de 8 minutos e depois do “Sol ter voltado para o seu lugar no Céu”, o chão, que antes do Milagre estava completamente encharcado devido às chuvas torrenciais que caíram durante toda a noite, ficou seco. Do mesmo modo, as roupas de todos aqueles que, à chuva, ali tinham esperado toda manhã, estavam completamente secas.
Durante o Milagre do Sol podia-se olhar diretamente para ele sem que ele cegasse ou ferisse os olhos.
Nossa Senhora operou para nós, no século passado, um dos mais espantosos milagres de todos os tempos: um milagre público anunciado três meses antes e testemunhado por 70 mil pessoas – milagre esse que chegou a ser notícia num jornal liberal, anticlerical e maçônico da época, O Século. A notícia, publicada a 15 de outubro de 1917, dizia:
“… Vê-se toda a imensa multidão voltar-se para o Sol que se mostra livre de nuvens, no zênite. O astro lembra uma placa de prata fosca e é possível fitar-lhe o disco sem o mínimo esforço. Não queima, não cega. Dir-se-ia estar se realizando um eclipse. Mas eis que um alarido colossal se levanta, e aos espectadores que se encontram mais perto se ouve gritar: – Milagre, milagre! Maravilha, maravilha! Aos olhos deslumbrados daquele povo, cuja atitude nos transporta aos tempos bíblicos e que, pálido de assombro, com a cabeça descoberta, encara o azul, o sol tremeu, o sol teve nunca vistos movimentos bruscos, fora de todas as leis cósmicas, – o sol bailou, segundo a típica expressão dos camponeses.”
Pensamos então que a grandeza desse milagre corresponde à grandeza e a importância da Mensagem que Nossa Senhora nos deu em Fátima. E, tal como esse milagre – em especial com o Sol dançando no Céu e, de repente, a precipitar-se sobre a terra — que, de tão espetacular, tornava impossível os olhos dele se desviassem, a Mensagem de Fátima tem em si própria uma tal magnitude e uma tão grande importância e centralidade que por meio deste milagre, Nossa Senhora nos disse que jamais devemos afastar nosso olhar de Fátima, ou seja, da Mensagem que Ela, Mãe de Deus, transmitiu ao mundo por meio de seus “pequenos embaixadores”, os humildes pastorinhos Lúcia, Jacinta e Francisco.
Desde que o mundo mergulhou de vez no neo-paganismo, pois, tendo ouvido falar de Cristo “pedra angular” (At 4,11), os construtores da “novus ordo mundi” o rejeitaram e à Sua Igreja, e que por isso desmorona, agora mais do que nunca, a Mensagem de Fátima nos fornece uma visão completa do atual estado da Igreja e do próprio mundo, e do porque dessa situação, de forma que, quanto mais se confirma a gravidade dos males denunciados por Nossa Senhora, mais cresce a autoridade e atualidade dessa mesma mensagem, que a livra de significar algo diferente daquilo que, desde o primeiro momento, significou; não podendo ser mudada na sua realidade, nem alterada ou eclipsada pela superstição de um pretenso “aggiornamento”.
Sendo a Mensagem de Fátima uma confirmação urgente dos ensinamentos da Tradição da Igreja e uma reafirmação urgente da necessidade de reparação ao Imaculado Coração, ela nos livra de cair na rede dos “slogans” vazios como aquele de acreditar que a ONU é a “última esperança de paz para a humanidade”, ou de que “estamos no limiar de uma nova civilização do amor na qual católicos e membros das falsas religiões podem superar suas diferenças doutrinais (sic), para trabalharem na construção de um mundo mais fraterno”.
Ao contrário do que comumente se acredita dentro e fora da Igreja, a solução real para os problemas do mundo moderno não se dará pela implantação de nenhuma das traiçoeiras políticas escondidas nos “slogans” citados, mas pelo caminho que nos foi apontado pela Virgem Maria quando disse: “Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração e, a quem a abraçar, prometo a Salvação”(2ª aparição, 13 de junho de 1917). Eis, portanto, qual é o nosso centro de gravidade!
Entraremos, dessa forma, em acordo com o Céu se:
- Rezarmos pelo menos um terço todos os dias;
- Usarmos o escapulário;
- Oferecermos a Deus nossos deveres diários como um sacrifício;
- Fizermos os cinco primeiros sábados, em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria;
- Rogarmos pelo Santo Padre o Papa, para que em união com todos os bispos do mundo, faça a Consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria para que se converta e seja concedido ao mundo algum tempo de Paz.
Aguardando a vitória do Imaculado Coração de Maria realizemos o que ela nos pediu e nos mostremos dignos da confiança que em nós foi depositada.
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