[blogdafamiliacatolica]
A propósito do post (Aos maconheiros de plantão: O “argumento-fumaça”, dos defensores da maconha, é uma droga! ) recebi  uma objeção indignada (abaixo), assinada por Morpheus. Ignoro se nome  ou pseudônimo. Em todo caso, é o nome do deus do sono e dos sonhos...  Apesar desse nosso amigo sonhar com a maconha liberada e apresentar um  argumento "viciado",  segui seu conselho: “pesquise um pouco mais”. Comecei,  mas logo de início interrompi, pois me deparei com uma pesquisa já  feita. Assim, além de ganhar tempo, posso transcrever um texto, não  desse modesto rabiscador-blogueiro, mas de especialistas no assunto  drogas. Eles deixam claro que a maconha é considerada uma droga leve só  em tese, pois, na prática, ela abre portas para o pior do submundo.  (segue mais abaixo, matéria publicada na revista “VEJA”). 
 Morpheus deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Aos maconheiros de plantão: O “argumento-fumaça”,...": 
“A passeata em si vai contra o tráfico! Pois regularizando o consumo, não haveria o por que de alguém querer comprar uma erva toda modificada quimicamente de um traficante!
Imagine o dinheiro que os policiais corruptos iriam deixar de ganhar dos traficantes? Por que a policia não fecha as bocas que vendem drogas?
É pura burrice pensar que o "sonho de qualquer traficante é a maconha liberada"......
Pesquise um pouco mais.. Pois é ignorância ser contra algo que nem mesmo conhece. O alcool é uma droga muito mais forte e viciante e mesmo assim é vista como algo comum.. isso é certo? Só porque está dentro da "lei"?
Cigarro é muito mais viciante que a erva.. Falo isso por experiência própria. E está dentro da "lei"..
Antigamente era BONITO fumar, concorda? Mas, hoje em dia.. a MIDIA impoem o contrario.. Agora não é mais bonito fumar.. pois é PROVADO que mata.. e mesmo assim está na lei.. é permitido!
“A passeata em si vai contra o tráfico! Pois regularizando o consumo, não haveria o por que de alguém querer comprar uma erva toda modificada quimicamente de um traficante!
Imagine o dinheiro que os policiais corruptos iriam deixar de ganhar dos traficantes? Por que a policia não fecha as bocas que vendem drogas?
É pura burrice pensar que o "sonho de qualquer traficante é a maconha liberada"......
Pesquise um pouco mais.. Pois é ignorância ser contra algo que nem mesmo conhece. O alcool é uma droga muito mais forte e viciante e mesmo assim é vista como algo comum.. isso é certo? Só porque está dentro da "lei"?
Cigarro é muito mais viciante que a erva.. Falo isso por experiência própria. E está dentro da "lei"..
Antigamente era BONITO fumar, concorda? Mas, hoje em dia.. a MIDIA impoem o contrario.. Agora não é mais bonito fumar.. pois é PROVADO que mata.. e mesmo assim está na lei.. é permitido!
 Morpheus
Antes de transcrever trechos da matéria publicada na revista “VEJA” (06/06/2011), intitulada “A utopia de desfazer o nó”, de Otávio Cabral, transcrevo algumas cartas que a revista recebeu ("VEJA" 15/06/2011), comentando tal matéria:
 "Nunca prendemos tanta gente. A razão é simples: o número de  criminosos está aumentando porque a demanda por droga também cresceu. É a  lei da oferta e da procura".
Delegado Reinaldo Corrêa
Departamento de narcóticos da polícia paulista.
Departamento de narcóticos da polícia paulista.
 “Muito interessante a forma como foi feita a reportagem,  abrindo espaço para reflexões. É visível que o problema não se resolve  com o trabalho de combate. A solução real é a educação de qualidade para  as nossas crianças e adolescentes como instrumento de prevenção.  Trabalho há quase trinta anos com usuários de drogas e dependentes  químicos e posso confirmar os sérios riscos que a pessoa corre ao fumar  maconha. Entre outros perigos, quando o indivíduo é geneticamente  predisposto para a psicose (o que é previamente desconhecido por ele), o  uso pode desencadear um surto e até um quadro psicótico permanente”.
Roberto Lúcio Viera de Souza
Médico psiquiatra
Belo Horizonte, MG
Médico psiquiatra
Belo Horizonte, MG
 “Fernando Henrique Cardoso sai “explicando” o THC (maconha) e diz  que errou quando agiu antes. Quem garante que ele está certo agora?”
José Francisco Veloso
Doutor em dependência química
Vila Velha, ES
Doutor em dependência química
Vila Velha, ES
 “O Brasil de hoje insiste em privilegiar as minorias, com métodos  subliminares, ineficientes e ofensivos à maioria. A regulamentação do  uso da maconha atende somente aos apelos da hipocrisia e da indolência. O  cidadão de bem não está interessado nesse debate, não obstante seja  vitimado caos social provocado pela sua demanda. A liberação não  reduzirá a violência nem o poder do narcotráfico, muito menos o consumo.  A violência persistiria, porque existem outras drogas mais baratas e  devastadoras. O poder do narcotráfico restaria intocável, mediante o  fomento do mercado paralelo. E o adepto do baseado prosseguiria puxando o  seu, sem ser importunado. Antes das experiências alienígenas o Brasil  precisa provar um daqueles planos de segurança sucessivamente  engavetados pelos governantes, precisa da verticalização dos bons  exemplos e da atenção aos seus filhos decentes e trabalhadores. A  perdição da humanidade jaz nessa relatividade dos conceitos, responsável  pela insegurança jurídica, pela descrença nas instituições, pelo  desmantelamento dos lares, pelos desvarios da sociedade”.
Lucia Castralli
Delegada de Polícia Federal
Salvador, BA
Delegada de Polícia Federal
Salvador, BA
“É ilusão acreditar que a descriminalização de drogas vai  acabar com o tráfico. O tráfico é igual ao contrabandista, sempre  oferecerá um preço mais baixo porque não paga impostos”.
Ronaldo Pianowski de Moraes
Curitiba, PR
Curitiba, PR
A utopia de desfazer o nó
Veja - 06/06/2011 [trechos]
Otávio Cabral
Otávio Cabral
 O  Brasil é o único país que faz fronteira com os três maiores produtores  de coca do mundo: Peru, Colômbia e Bolívia. Dos três, apenas a Colômbia  tem uma política agressiva de combate às drogas. A Bolívia é governada  por um ex-cocalero, e o Peru será apontado na próxima semana pela ONU  como o maior produtor mundial da droga. O plantio da coca, antes  concentrado nos vales andinos, já chegou à Amazônia peruana, ao lado do  Brasil. No total, as fronteiras brasileiras somam mais de 24000  quilômetros. Mesmo que o país contasse com o mais eficiente sistema de  segurança do mundo, seria impossível barrar a entrada de drogas por tal  vastidão – que dirá, então, com os míseros 27 postos da Polícia Federal  instalados para vigiá-la. Sofremos, ainda, com corrupção generalizada e  verticalizada, que atinge todos os escalões de todas as instituições. A  alta taxa de informalidade da economia é outra grande amiga dos  criminosos: permite ao tráfico fincar estacas em rodas as regiões do  país, cooptando jovens sem instrução, de famílias pobres e  desestruturadas. Da geografia às mazelas crônicas do país, portanto,  tudo conspira para que no Brasil o tráfico floresça e produza sua horda  de viciados. Que, nem adianta enganar-se, não ganhariam nenhum  amparo real de um sistema de saúde tão falido que, em certas regiões,  não consegue atender a queixas básicas.
 Países que já solucionaram essas questões provavelmente teriam a ganhar  em ao menos examinar argumentos como os expostos em Quebrando o Tabu  antes de descartá-las. Mas, mesmo nesses, a descriminalização deixaria a  descoberto uma questão essencial. Veja-se o caso da Holanda,  onde a venda varejista de maconha e haxixe em coffee shops é aceita e  regulada e a venda no atacado, por assim dizer, é crime. Como a droga  segue abastecendo o comércio, é óbvio que há uma medida de conivência do  estado com o tráfico. Que, sim, é um problema do qual os holandeses têm  de se defender ferozmente. Por isso países como a Suécia reverteram suas políticas liberalizantes. No início da década de 60, os suecos estiveram entre os primeiros a aceitar o uso de entorpecentes. Mas o afrouxamento fez explodir o número de usuários e congestionou o sistema de saúde.  Na década seguinte, então, o país endureceu a legislação e voltou a  proibir ouso e a impor penas tanto a traficantes como a usuários. Hoje, a  Suécia tem um terço da média europeia de usuários de drogas. Na Suíça, na década de 80, foram criados os "parques da seringa", onde se podia consumir qualquer tipo de droga sem ser incomodado. A ex-presidente Ruth Dreifuss (1999) admite o fracasso: "Perdemos o controle dos parques: os criminosos os aproveitavam para trazer drogas para os viciados".  Por dez anos seguidos, nos Estados Unidos, a política da tolerância  zero fez cair o consumo de maconha entre os estudantes. Há três anos,  ele voltou a subir: segundo especialistas, efeito direto da liberação da  maconha para fins medicinais na Califórnia e em outra dezena de estados  – a qual favoreceu o surgimento de uma rede de "médicos-traficantes" que prescrevem a erva a qualquer um que pague entre 100 e 500 dólares por uma receita.
 No Brasil, qualquer discussão que vise a mitigar o problema das drogas tem de reconhecer a tragédia pandêmica e assassina do crack. Essa forma de consumir cocaína, antes restrita às grandes cidades, hoje está espalhada pelo país. Mais destrutivo ainda, o óxi chegou aos centros urbanos a 2 reais a pedra. "Não há dúvida de que a maconha é uma porta de entrada. Ninguém começa direto no crack. Primeiro é o cigarro, depois uma cervejinha, um baseado...", diz o psiquiatra André Malbergier, da Universidade de São Paulo. Segundo essa visão, qualquer tolerância ao uso da maconha provocaria, de imediato, um aumento do consumo, alargando a porta de entrada a que se refere o psiquiatra Malbergier. 
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 O tráfico tem a maconha como seu produto mais vendido, embora menos lucrativo que a cocaína e o crack. Tráfico que sitia partes de cidades, arregimenta jovens para o crime, decreta toque de recolher, substitui o estado e abre portas para outros tipos de delito, como tráfico de armas, sequestro, homicídio e roubo de carros. Em suma, quem fuma maconha está ajudando a movimentar a roda do crime.  Ela é também um problema de saúde pública. Pelo menos 6% dos usuários  se tornam viciados. É menos que o álcool (15%) e a cocaína (40%), mas o  índice não pode ser desprezado. No período de uso intenso, há alteração  da memória e da capacidade de concentração. Se for muito utilizada na  adolescência, pode antecipar transtornos psíquicos. "Em  meu consultório, atendo garotos que perderam o controle. Como acham que  a maconha não traz problemas, eles usam de manhã, de tarde e à noite.  Saem do eixo, deixam a escola", alerta Arthur Guerra.
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