Cardeal Barbarin participa de uma peregrinação islâmico-cristã
VIEUX-MARCHÉ, segunda-feira, 24 de julho de 2011 (ZENIT.org) – A misericórdia, que é o nome de Deus, constitui uma palavra chave para o diálogo entre muçulmanos, judeus e cristãos, considera o cardeal Philippe Barbarin, arcebispo de Lyon.
O arcebispo presidiu nesse domingo a Missa na capela dos Sete Santos de Éfeso, na pequena localidade de Vieux-Marché, no contexto da peregrinação islâmico-cristã que se celebra há quase 60 anos nesse lugar.
“Por que a palavra misericórdia desertou dos lábios dos católicos?”, perguntou, na homilia, o purpurado.
“Por que a utilizamos tão pouco? Por que temos medo de utilizá-la? Surpreende-me, pois aparece em toda parte da Bíblia, e seria um conceito maravilhoso para o diálogo inter-religioso”.Ele recordou que a misericórdia é também o grande legado deixado em seu pontificado por João Paulo II.
Evocando o pensamento de Karol Wojtyla, afirmou: “Misericordioso não é só um adjetivo que podemos atribuir a Deus. A Misericórdia não é só uma das qualidades de Deus, que é também criador, poderoso... A Misericórdia – disse o papa – é verdadeiramente seu nome”.
“Essa frase poderia ser de grande utilidade no diálogo profundo, seguindo o registro do amor de Deus, com nossos irmãos crentes de outras religiões”, sugeriu.
Estavam presentes na Missa representantes da comunidade muçulmana e milhares de católicos, que acompanharam a celebração dos arredores da capela.
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