sexta-feira, 1 de julho de 2011

O Opus Dei processado.

[fratres in unum]

A poderosa organização católica, fundada na Espanha em 1928 e que conta com 80 mil membros em todo o mundo (dos quais 1600 na França), será levada ao Tribunal de Paris por uma jovem francesa que acusa a Obra de “manipulação mental”.
Com 29 anos, ela pesa apenas 39 quilos. Um calvário que durou 16 anos, quando em 1985 desavisadamente ingressou no Opus Dei, unindo-se a uma Escola de Hotelaria na região francesa de Aisne. No ano de 2001, seu advogado denunciou a organização reconhecida pela Igreja Católica, acusando-a de “manipulação mental” e de “condições de trabalho degradantes”.
E em setembro acontecerá a primeira audiência em Paris: depois de 9 anos de investigação, dois membros da Associação de Culturas Universitárias e Técnicas (ACUT), associação estreitamente ligada ao Opus Dei, serão de fato processados pela acusação de “trabalho clandestino”, como informam fontes judiciárias.
É a história de Catherine T., que primeiro cai nas mãos de um “mestre, um diretor de consciência”, explica a mulher, que em 1987 a obriga a professar os votos de obediência, pobreza e castidade. Catherine se converte, desta forma, em numerária adjunta, isto é, uma responsável por trabalhos domésticos, obtendo durante 13 anos contratos de trabalho com organizações ou associações que, segundo o advogado Rudolf Bosselut, “dependem exclusivamente do Opus Dei”.
A ACUT reconhece apenas uma “ligação espiritual com o Opus Dei, mas nada além disso”. Os advogados da associação, ademais, negam as acusações realizadas pela mulher. “Não há nada de verdadeiro nelas. Ela foi paga com base nos trabalhos que realizou”, afirmou Thierry Laugier.


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