12 Dec 2011
WASHINGTON, D.C., EUA, 8 de dezembro de 2011 (Notícias Pró-Família)
— Num discurso designado para convencer o mundo de que os “direitos
gays são direitos humanos, e de que direitos humanos são direitos gays”,
a secretária de Estado Hillary Clinton disse que as objeções religiosas
à homossexualidade não devem servir de obstáculo para as ações
enérgicas da ONU para promover a agenda homossexual.
Ela
comentou que talvez a “questão mais desafiante surge quando as pessoas
citam valores religiosos ou culturais como motivo para violar ou não
proteger os direitos humanos de cidadãos LGBT”. Essas objeções, disse
ela, “não são diferentes da justificativa oferecida para práticas
violentas para com mulheres como assassinatos de honra, queimar viúvas
ou mutilação genital feminina”.
Ela
declarou que as “opiniões mundiais estão ainda em fase de evolução”
acerca da homossexualidade assim como ocorreu com a questão da
escravidão, e “o que outrora era justificado como sancionado por Deus é
agora corretamente vilipendiado como violação irracional dos direitos
humanos”.
“Em
cada um desses casos, acabamos aprendendo que nenhuma prática ou
tradição [religiosa] é mais importante do que os direitos humanos que
pertencem a todos nós”, disse ela.
Ela
insistiu em que a ONU tem a obrigação de se opor a todas as formas de
violações de direitos humanos contra os homossexuais e transgêneros,
desde a execução e desterro até a criminalização da “condição ou
conduta” LGBT, negando-lhes livre acesso aos “espaços públicos”, ou o
“bullying e exclusão” que ocorre nos Estados Unidos. “Falo desse assunto
sabendo que o histórico do meu próprio país na questão de direitos
humanos para os gays está longe da perfeição”, disse Clinton.
Clinton
disse que as noções de que “os gays são pedófilos, de que a
homossexualidade é uma doença que se pode apanhar ou curar, ou de que os
gays recrutam outros para se tornarem gays” são “simplesmente
mentiras”.
A
secretária de Estado acrescentou que todos os países precisam aprovar
leis de direitos civis para os indivíduos LGBT, mesmo quando essas leis
ofendem a maioria dos cidadãos de um país. “Liderança, por definição,
significa assumir posturas diante de seu povo quando necessário”, disse
Clinton. “Cada um de nós é livre para crer no que escolher… Mas o
progresso só vem quando as leis são mudadas”.
O
discurso apresentou cinco argumentos de que os direitos LGBT não são
diferentes dos direitos humanos, de que a homossexualidade não é
exclusivamente ocidental, de que a religião não é uma defesa válida, de
que não existe nenhum argumento sério contra a conduta sexual pública e
de que todos os seres humanos têm de fazer sua parte para avançar
direitos para os indivíduos LGBT.
O discurso
de Clinton, dado em Genebra na terça-feira para celebrar o Dia
Internacional dos Direitos Humanos, ressaltou o fato de que o governo de
Obama fez da aceitação mundial do homossexualismo o aspecto central de
sua política externa na ONU e no mundo inteiro. O discurso dela ocorreu
no mesmo dia em que o presidente Obama anunciou
um plano para remodelar a política externa dos EUA para promover a
aceitação mundial da homossexualidade. O plano instrui todos os
funcionários das embaixadas e órgãos externos dos EUA a “combater a
discriminação, a homofobia e a intolerância na base da condição ou
conduta LGBT” e estabelece um “Fundo de Igualdade Global” de 3 milhões
de dólares para financiar ativistas homossexuais do mundo inteiro.
A
nova iniciativa é apenas a mais recente de uma série de medidas que o
governo de Obama vem adotando para promover, com pressões, os direitos
homossexuais em outros países. No relatório (o primeiro desse tipo na
história americana) sobre direitos humanos dos EUA para o Conselho de
Direitos Humanos da ONU no ano passado, o governo de Obama comentou: “O debate prossegue por causa dos direitos iguais de casamento para americanos LGBT nos níveis federais e estaduais”.
Os representantes dos EUA na ONU avançaram uma medida se opondo
à criminalização da homossexualidade no Conselho de Direitos Humanos da
ONU em março que ganhou o apoio de 85 nações. Em julho de 2010, o
governo de Obama ajudou a Comissão Internacional de Direitos Humanos
Gays e Lésbicos (CIDHGL) a ganhar a condição de ONG na ONU sem a aprovação
do Comitê de ONG da ONU e passando por cima de uma votação apoiada pela
maioria dos membros da ONU, inclusive Rússia, China e Egito.
Buster
Wilson, apresentador do programa “AFA Today”, da Rede de Rádio da
Família Americana, disse: “Hillary Clinton está agora… levando para as
linhas de frente a luta em favor dos indivíduos LGBT em prol do governo
de Obama”. Ele disse que a noção dela de que “as convicções religiosas
profundas são um obstáculo para os direitos humanos dos indivíduos LGBT”
é simplesmente “inacreditável”.
Wilson
citou comentários dela como um de vários exemplos que convenceu alguns
observadores de que o governo de Obama está travando uma “guerra contra a
religião”.
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/news/hillary-clinton-religious-objections-to-homosexuality-like-supporting-honor
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