A capa de hoje da Página Web do New York Times (nytimes.com)
NOVA IORQUE, 11 Abr. 12 / 03:11 pm (ACI)
Um escritor doNew York Times, Frank Bruni, foi acusado em distintos meios de comunicação americanos por ter exagerado ou inclusive inventado uma nota sobre um suposto companheiro de universidade que teria passado de católico praticante a um médico abortista.
Um escritor doNew York Times, Frank Bruni, foi acusado em distintos meios de comunicação americanos por ter exagerado ou inclusive inventado uma nota sobre um suposto companheiro de universidade que teria passado de católico praticante a um médico abortista.
Entre os meios que criticaram Bruni está também Gawker, uma
página web conhecida por não simpatizar com princípios religiosos que
normalmente qualificam como"conservadores" e foi o meio que fez as
críticas mais duras ao jornalista.
John Cook,colaborador da
Gawker, citou em uma notícia até oito histórias parecidas de abortos
supostamente relacionados com os ativistas pró-vida.
Cook qualificou a história narrada por Bruni como "nada original, que
aparece na Internet com uma freqüência tal que até suspeitaria que Bruni
estava contando um mito urbano visivelmente falso".
A coluna do
dia 24 de março de Frank Bruni, titulada "Repensando sua religião",
narra a história de um companheiro de universidade anônimo, que
"freqüentava a Missa católica todos os domingos, de terno e gravata".
O
colunista, abertamente gay, disse que manteve sua distância com o
sujeito em questão já que havia "chegado à universidade determinado a
ser honesto sobre a minha orientação sexual, e manter-me afastado das
pessoas que poderiam me fazer sentir incômodo ou pior. Pensei que ele
poderia ser um deles".
"Há quase dois anos, por acaso, ele me
encontrou. Ele queria que eu soubesse que sua vida tinha tomado caminhos
interessantes. Como médico, ele tinha passado parte de seu tempo
realizando abortos", escreveu Bruni.
Segundo Bruni, osuposto companheiro universitário mudou sua perspectiva de vida enquanto estava na universidade.
O colunista do New York Times termina seu escrito afirmando que seu amigo praticou um aborto
a uma mulher que ele tinha visto protestando fora de sua clínica
abortiva. Uma semana depois, segundo a fonte anônima de Bruni, a mulher
estava novament eprotestando nas ruas.
O colunista do National Catholic Register, Matthew Archbold afirmou ao grupo ACI
que a fonte que Bruni cita,diz "exatamente o que o jornalista
necessitava que dissesse como um ‘broche de ouro’ de poeta. E que, além
disso, desejava permanecer anônima".
O jornalista Rod Dreher
afirmou que "o amigo anônimo de Bruni soa completamente falso. Ele é uma
ilustração muito perfeita do que a um liberal secular gay gostaria de
ver em uma ‘conversão’ de um católico conservador".
O grupo ACI
procurou a ajuda de Bruni para entrar em contato com o homem retratado
na sua coluna, mas o escritor explicou que isso não era possível, "por
razões de segurança e proteção, dado que ele foi abortista e sofreu
protestos, ele não quer ser publicamente identificado, e falou só comigo
porque confiou em que eu não mencionaria de nenhuma forma seu nome,
localização, etc".
A vice-presidentede comunicações corporativas
do New York Times, Eileen Murphy, disse ao grupo ACI que "a coluna
questionads foi escrita por Frank Bruni, um jornalista de primeira
classe, muito respeitado, e foi escrita guardando os altos padrões
editoriais do New York Times".
Segundo Murphy, a coluna é
"inteiramente autêntica". Entretanto, Murphy e o escritório de
integridade jornalística do jornal americano não ofereceram uma resposta
direta à pergunta se o texto foi revisado ou verificado.
Enquanto
Bruni insiste que não pode identificar a sua fonte por razões de
privacidade, uma companheira de sala da universidade e que organizou a
reunião pelos 25 anos de aniversário de formatura, afirma que não se
lembra de nenhuma pessoa como aquela retratada na coluna de Bruni.
Dawn
Peters, membro da turma de 1986 de Frank Bruni na Universidade da
Carolina do Norte, disse ao grupo ACI que leu a coluna de seu velho
companheiro de sala no NewYork Times, mas que não conseguia lembrar-se
de ninguém que se encaixasse com a descrição.
"Não tenho idéia de quem seja essa pessoa. Eu também me perguntei o mesmo"disse Peters ao grupo ACI.
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