sexta-feira, 15 de junho de 2012

Está certo colocar a Ordem DeMolay e a Maçonaria “no mesmo saco”?

[beinbetter]


 
Já há um tempo que recebi algumas indagações de mais demolays e simpatizantes da Ordem. O questionamento é: afinal, está certo colocar a Ordem DeMolay e a Maçonaria “no mesmo saco”? Um comentarista pediu: “Não cite filosofia maçônica nos tópicos da Ordem DeMolay, até porque DeMolay e Maçonaria só têm uma coisa em comum de conhecimento do membros da Ordem, que é o patrocínio.” Outro fez uma contestação: “Não devemos comparar DeMolays com Maçons. Podem ter algumas características relacionadas, mas não é a mesma coisa.”
A questão é relevante. Afinal, a proscrição da Igreja à Maçonaria enquadra também as associações por ela patrocinadas – como é o caso não só da Ordem DeMolay, mas também da Ordem Internacional das Filhas de Jó – ou se restringe à participação nas reuniões da franco-maçonaria?

Comecemos por definir a relação existente entre Maçonaria e Ordem DeMolay. Uma página na Internet esclarece que “a Ordem DeMolay é uma organização ou instituição para-maçônica, ou seja, ligada a Maçonaria, porém, apesar de ter grande ligação com a Maçonaria, ser um DeMolay não garante um futuro maçônico”. No entanto, é postulado que “para que um capítulo (…) se mantenha e possa exercer seus trabalhos, é necessário obrigatoriamente o patrocínio de uma loja maçônica”. Mais: sabe-se que a Ordem juvenil foi fundada por um maçom – o grão-mestre Frank Sherman Land.
Para entrar na Ordem, é de conhecimento de todos que a pessoa deve crer em um Ser Superior – que tanto os demolays quanto os maçons chamam de Grande Arquiteto do Universo -, independente da confissão religiosa. Esta semelhança que a Ordem mantém com a Maçonaria é um dos objetos da condenação católica à maioria das associações secretas. Basta lembrar o que dizia, por exemplo, o papa Leão XIII, na Humanum Genus: “Se aqueles que são admitidos como membros não são ordenados a abjurar por quaisquer palavras as doutrinas Católicas, esta omissão, muito longe de ser adversa aos desígnios dos Maçons, é mais útil para os seus propósitos. (…) Como todos que se oferecem são recebidos qualquer que possa ser sua forma de religião, eles deste modo ensinam o grande erro desta época – que uma consideração por religião deveria ser tida como assunto indiferente, e que todas as religiões são semelhantes” (n. 16).
Conclui o mesmo Pontífice que, por isso, “é desnecessário colocar as seitas Maçônicas em julgamento”: “elas já estão julgadas; seus fins, seus meios, suas doutrinas, e sua ação, são todos conhecidos com indisputável certeza. Possuídos pelo espírito de Satanás, cujos instrumentos eles são, eles ardem como ele com um ódio mortal e implacável a Jesus Cristo e Sua obra; e eles se esforçam por todos os meios para derrubá-la e acorrentá-la” (Dall’Alto Dell’Apostolico Seggio, n. 2). Pergunta-se: O termo “seitas maçônicas” deve ser entendido como uma extensão da condenação também às associações patrocinadas pela Maçonaria?
Quando Leão XIII redigiu estas duas encíclicas, a Ordem DeMolay nem havia sido fundada, mas o termo “seitas” certamente dialoga com a expressão “associações maçônicas”, utilizada no último documento de 1983, da Congregação para a Doutrina da Fé, para se referir às organizações secretas proibidas pela Igreja. Sobre os demolays, o prof. Felipe Aquino, conhecido apresentador da TV Canção Nova, no livro “Falsas Doutrinas – seitas e religiões”, esclarece que:
“Tal iniciativa, patrocinada e orientada pela Maçonaria, é incompatível com os princípios do Catolicismo ou mesmo do Cristianismo (várias confissões cristãs não católicas condenaram a Maçonaria). Uma das razões desta incompatibilidade é o caráter relativista que a Maçonaria assume frente a Deus e à própria verdade; ademais a Maçonaria nos países latinos da Europa e da América se tornou explicitamente avessa ao Catolicismo; parece que até hoje é sociedade em que tendências antirreligiosas persistem. – Ora, tal orientação fundamental das lojas não pode deixar de influir nos quadros e nas atividades da Ordem DeMolay. Mais: para formar bons cidadãos, já existem várias escolas confessionais, inclusive católicas; a Ordem, porém, parece não reconhecer o valor destes, já que enfatiza unilateralmente o apoio às escolas públicas.”
Pelo visto, o patrocínio maçônico à iniciativa demolay não é apenas material, como também fortemente ideológico. Afinal, de onde os demolays teriam herdado a crença no G.A.D.U. ou os princípios de indiferentismo religioso e relativismo que predominam em seus discursos e argumentações?
Sim, a condenação da Igreja à Maçonaria inclui também as associações a ela filiadas. Os conceitos irreconciliáveis com a doutrina católica estão presentes tanto na filosofia dos “tios” quanto na ideologia dos demolays, das filhas de Jó et caterva.
Graça e paz.
Salve Maria Santíssima!

Um comentário:

stefan disse...

MAÇONARIA: CATÓLICO VINCULADO À "SINAGOGA DE SATANÁS"?


A maçonaria na sua diversidade e nuances pertence às sociedades secretas de origens antiquíssimas, dos tempos do Egito, Babilônia e da cabalística judaica, particularmente de judeus, de tendências também ocultista, materialista e atéia, portanto arquiinimiga da Igreja. A constituição atual data de 1723, promulgada pelo protestante J Anderson; pretendia derrubar nos tempos da Revolução Francesa a monarquia e a Igreja, instaurando um reino que possui semelhanças com a Nova Era-NWO, em que o homem se ilumina e transcende-se, possuindo condenação formal do S Padre Clemente XII já em 1738, sequencial e unanimente, inclusive pelo S Padre Bento XVI, ratificada em 17/02/81 pela CDF, impondo sobre os católicos exclusão automática da Igreja sob qualquer associação ou participação em suas assembléias e cultos - cânon n° 2335 - por haver incompatibilidades doutrinárias constrastantes.

A maçonaria insinua um exacerbado panteísmo, outrossim, um deísmo subjetivista. Trata-se de uma doutrina relativista, ultra racionalista, admitindo apenas proposições admitidas pelo empirismo científico e historiadores apresentam ainda liames com o protestantismo, socialismo-comunismo e Nova Era-NWO - paradoxo com a fé católica transcendente que crê em nova vida, ressurreição da carne, futuro novo aos que morrerem em Cristo, para a eternidade.
Inadmite a Verdade Única, Deus, mas um outro - Grande Arquiteto do Universo - G.A.D.U., de modo vago, subjetivo, e há desacertos quanto à cosmologia: a visão do mundo deles não é unitária, idem relativista e subjetiva.
Nesses casos, sua doutrina diverge com a Igreja idem por admissão de crenças secretas aproximadas à Nova Era-NWO - supermercado de religiões ocultistas à escolha do cliente - assim como se incluindo algo na diversidade espiritista, umbandista, candomblecista, mediúnica e em suas extensas ramificações esoteristas.

Há, por outro lado, correlação com uma gama de seitas e religiões orientais holísticas de meditações transcendentais como a Yoga, Seicho-no-ie etc., em que se configuram panteísmo e deísmo subjetivistas exacerbados que, por meio de práticas transcendentais apropriadas, as pessoas auto realizam-se plenamente, incompatibilizando-as idem.

Convém notar que essas práticas religiosas dessas denominações admitem que o homem se auto liberta, embora se pautem em itinerários, cultos e doutrinas com suas peculiaridades, desembocam todas ao final num mesmo local: nas extensas ramificações esotéricas em suas diversidades, constituindo-as por isso vinculadas ao satanismo.

Juntar-se a essa denominação tida pela Igreja como "Sinagoga de Satanás", apenas existir maçon que se diz católico e, por aderir sob qualquer pretexto, o católico apostasia-se, associando-se ao corpo místico de Satanás.

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