[ipco]
5 janeiro 2013
O rock and roll
já exerceu mais atração para a juventude do que hoje em dia, superado
que foi por outros sons superlativamente cacofônicos e aberrantes.
Entretanto, é fora de dúvida que ele continua a servir de iniciação no
capítulo da ilogicidade, do desvario e mesmo do satanismo para uma
parcela não desprezível de jovens. Jovens!? Bem, digamos. As bandas de rock vão envelhecendo e não encontram reposição em número suficiente.
Sobretudo os “ídolos” rockeiros
já passaram de todas as idades para o exercício de sua profissão, à
qual indevidamente chamam “arte”, mas não encontram substitutos à
altura. Caso característico é o de Mick Jagger, vocalista dos Rolling Stones,
que já foi preso juntamente com uma de suas namoradas por porte de
drogas, e andou pelo Brasil envolvendo-se com atrizes ou modelos, pois
moralidade não rima bem com rock.
Já “os primeiros álbuns dos Stones trazem referências explícitas ao diabo, presente nas capas dos discos e nas letras das músicas”.
Agora, com 70 anos, Jagger é ainda o que a propaganda tem de melhor a
oferecer nessa matéria. O mais grave, porém, na carreira desse “astro” –
como do rock em geral – consistiu na divulgação prática do satanismo em matéria de música e arte.
Uma biografia recente de Mick Jagger, escrita pelo jornalista Philip
Norman, trata longamente de seus desvarios em matéria de sexo e drogas.
Baseamo-nos na recensão publicada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”
(20-10-12).
* * *
Trata-se de “um superstar arrogante, sovina, narcisista e
predador, enfim um Casanova pouco preocupado com suas presas sexuais, aí
incluídos mulheres e homens”. O biógrafo fala da “atração sexual do primeiro empresário dos Stones, Andrew Oldham, por Jagger”. Oldham “trabalhou com Mary Quant, a inventora da minissaia”.
Uma das namoradas do vocalista, Marianne Faithfull, “teria muito a dizer, especialmente sobre a adesão de Jagger ao satanismo”. O demônio teve grande papel na vida de Jagger, pois seu biógrafo não só “culpa Satã por todo o mal que perseguiu os amigos de Jagger e os coadjuvantes de seus filmes”, como “reprisa a velha história do cantor de blues Robert Johnson, que teria feito um pacto com o demônio para obter sucesso”.
Influenciado pela obra Mestre e Margarida do russo Mikhail Bulgákov, Jagger compôs a música Sympathy for de Devil (Simpatia pelo diabo). “Em
síntese, Bulgákov fala que o grande triunfo de Satã foi o de colocar
Pôncio Pilatos no caminho de Jesus, recusando salvá-lo da Cruz. Jagger
atualiza o baile organizado pelo diabo, no livro do russo, e fala de
algumas celebridades históricas que herdaram o bastão de Pilatos: Hitler
é o protagonista da canção de Jagger, mas há lugar para os bolcheviques
que mataram a família real [...] Jagger queria transpor o Mestre e Margarida para as telas. Ele, naturalmente, faria o papel de Satã”.
O vocalista “passou a se interessar muito por satanismo e magia
negra, especialmente pela obra do bruxo Aleister Crowley [...]. Uma das
namoradas de Jagger, a atriz alemã Anita Pallenberg, era bruxa [...].
Ele aceitou atuar num filme maldito de Kenneth Anger, Lúcifer Rising (A ascensão de Lúcifer)” [...].
Tais são os modelos que certa mídia apresenta para a juventude!
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