23/10/2013
Kai Pfaffenbach/Reuters
Casal que caminha em direção à catedral de Limburgo passa ao lado da casa do bispo Tebartz-van Elst
O papa Francisco ordenou que o bispo alemão Franz-Peter Tebartz-van Elst, conhecido como "bispo do luxo" por gastar cerca de 31 milhões de euros (cerca de R$ 92,6 milhões) em uma residência, deixe a diocese em que trabalha por um período indeterminado, informou o Vaticano nesta quarta-feira (23).
A decisão, que representa quase uma demissão, foi tomada contra o bispo
de Limburgo dois dias após um encontro dele com o papa para discutir o
escândalo na Igreja da Alemanha, num momento em que o pontífice busca
ressaltar a importância da humildade e de servir aos pobres.
Tebartz-van Elst, 53, realizou a construção de uma onerosa sede
episcopal, com museu, sala de conferências, capela e apartamentos
privados.
O projeto, decidido por seu antecessor, custava inicialmente 5,5
milhões de euros, mas os gastos da obra aumentaram notavelmente,
alcançando 31 milhões de euros.
Segundo os meios de comunicação alemães, o religioso gastou uma fortuna
em uma banheira pessoal, sem falar de uma sala de jantar de 63 metros
quadrados de quase 3 milhões de euros (cerca de R$ 8,9 milhões).
O caso do "servidor mais caro de Deus", como foi apelidado, gera muito
interesse na Alemanha, país onde as igrejas se beneficiam de um imposto,
razão pela qual gozam de fundos consideráveis.
A Igreja Católica alemã, entre as mais ricas do mundo, costuma
financiar muitas associações, escolas, missões e projetos de
desenvolvimento.
O papa Francisco já havia aceitado a renúncia de um bispo esloveno
considerado também um esbanjador e se comprometeu a reformar as
controversas finanças internas da Santa Sé. (Com Reuters e AFP)
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