27 de novembro de 2013
Thaddeus
Baklinski
LONDRES, Inglaterra, 25 de novembro
de 2013 (LifeSiteNews.com)
— O Diretor Nacional de Saúde e Bem-Estar do Reino-Unido adverte que existe uma
epidemia de HIV crescente e potencialmente catastrófica entre homens
homossexuais em todo o mundo.
Falando na Conferência de Outono da
Associação Britânica de HIV no início deste mês, o professor Kevin Fenton disse
que a despeito de um crescente número de instrumentos para combater as
infecções com HIV, a incidência e predomínio da doença nos MSM (homens
que praticam sexo com homens — em inglês Men who have Sex with Men) está
aumentando ao invés de diminuir globalmente.
Em sua apresentação, entitulada
"O Ressurgimento Global da Epidemia de HIV entre os MSM," o Dr.
Fenton disse que ao mesmo tempo que homens homossexuais em toda parte têm as
mais altas taxas de HIV quando comparadas com as da população em geral,
contrário à opinião popular, os MSM em países mais ricos têm uma taxa de
infecção amplamente mais alta do que a de residentes mesmo de países mais
pobres.
"Estima-se que a taxa de HIV
nos MSM é oito vezes mais alta do que a taxa da população geral em países
de baixa renda, e 23 vezes mais alta do que a da população geral em países de
alta renda," disse o Dr. Fenton.
"Os números mais confiáveis de
predomínio sugerem que, regionalmente, América Latina e Caribe têm taxas
especialmente altas, mas em nenhum lugar do mundo a taxa de predomínio de HIV é
mais baixa nos MSM do que a da população como um todo. Mesmo na África do Sul,
o país com mais pessoas vivendo com HIV no mundo, ele é duas vezes mais comum
nos MSM do que em outras pessoas."
O Dr. Fenton notou com alguma
perplexidade que as estatísticas mostram que, no mundo desenvolvido, os EUA têm
as mais altas taxas de novas infecções, o Reino Unido tem os mais altos números
globais de homens infectados, e muitos países da Europa central têm as mais
altas taxas de crescimento nos número de homens infectados.
O Dr. Fenton apontou a
causa para a epidemia de HIV nos MSM inequivocadamente nas duas
mais obvias particularidades do sexo homossexual: relação anal e
promiscuidade.
"O HIV foi especialmente alto
particularmente por razões biológicas," explicou Fenton. "Estima-se
agora que o sexo anal é 18 vezes mais fácil de transmitir o HIV do que o sexo
vaginal. A probabilidade de contrair HIV pelo ânus no sexo anal uma vez
com um parceiro com uma carga viral de HIV detectável é cerca de 1,4% ou uma em
71 encontros; mas devido ao fato de as pessoas praticarem sexo juntas mais de
uma vez, a probabilidade por parceiro de contrair HIV de um parceiro
sero-diferente é, em homens gays, cerca de 40%."
"Outro fator de mais alto
predomínio de HIV entre homens gays," disse Fenton, "é que porque
homens gays têm mais parceiros e mais altas taxas de trocas, suas redes sexuais
são mais intimamente conectadas: 25% dos homens gays diagnosticados com HIV
eram membros de um grupo que tinha vírus HIV que era geneticamente idêntico,
sugerindo rápida transmissão dentro de uma rede, comparado com 5% da população heterossexual."
O Dr. Fenton também identificou
elementos de dependência psicosocial e de substância nas taxas explosivas de
HIV nos MSM.
"As taxas de fumo (de 27 a
66%, dependendo da área), uso de drogas recreativas, depressão ao longo da vida
(cerca de 40%) e ansiedade intensa ao longo da vida (em 20%) são todas
aproximadamente o dobro em homens gays quando comparadas com o publico em geral,"
acrescentando que os MSM também têm mais altas taxas de experiências
traumáticas tais como abuso sexual de crianças (CSA, child sexual abuse em
inglês) e violência do parceiro íntimo (IPV, intimate partner violence) do
que as da população geral.
"Em muitos estudos que
observaram as altas taxas de depressão, uso de drogas, CSA e IPV em homens
gays, e as relacionaram com o predomínio de HIV e sexo de alto risco, homens
gays com três ou quatro dessas condições foram duas vezes mais
prováveis de possuir HIV e três vezes mais provável de ter tido sexo
recente de alto risco do que homens com nenhuma delas," disse o Dr Fenton.
A despeito da ampla aceitação da
homossexualidade em países de alta-renda, e as estatísticas incompatíveis que
no mundo desenvolvido os EUA têm as mais altas taxas de novas infecções de HIV,
o Dr. Fenton concluiu que "os MSM continuam a ser excluídos, muitas vezes
sistematicamente, das pesquisas, serviços e prevenções contra o HIV por causa
do estigma, discriminação, e criminalização."
A apresentação do Dr. Fenton na
Conferência em 14-15 de novembro de 2013 em Londres está disponível em
inglês aqui.
Fonte:
LifeSiteNews
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