Tu és digno Senhor, nosso Deus, de receber a honra, a glória e a majestade, porque criaste todas as coisas, e por tua vontade é que existem e foram criadas. E todas as criaturas que estão no céu, na terra, debaixo da terra e no mar, e tudo que contêm, eu as ouvi clamar: Àquele que se assenta no trono e ao Cordeiro, louvor, honra, glória e poder pelos séculos dos séculos. (Ap 4, 11--5,13)
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17 Dec 2013
Julio Severo
Os
grandes meios de comunicação internacionais ficaram chocados quando
Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel, e Shimon Peres, o
presidente de Israel, disseram que não compareceriam ao funeral de
Nelson Mandela na África do Sul, citando razões de custos e saúde.
Por
que tanto estardalhaço sobre isso? O presidente russo Vladimir Putin
decidiu não comparecer, e não tem recebido as críticas generalizadas que
Netanyahu recebeu.
Para
Putin, que era um líder ativo na infame KGB, comparecer ao funeral de
Mandela era muito natural. Durante o governo branco, a África do Sul era
anticomunismo e a KGB estava operando nos bastidores apoiando o
Congresso Nacional Africano, que é hoje o partido governante. A vitória
de Mandela foi a vitória da KGB. Portanto, não existe motivo para um
agente ou ex-agente da KGB se ausentar de tal evento.
Mandela e o terrorismo palestino
Entretanto,
a Esquerda internacional não focou na ausência de Putin. Seu foco foi
Netanyahu, que tinha bons motivos para sua decisão, considerando algumas
declarações de Mandela:
1)“Mas sabemos muito bem que nossa liberdade é incompleta sem a liberdade dos palestinos.”
(Discurso do presidente Nelson Mandela no Dia Internacional de
Solidariedade ao Povo Palestino, 4 de dezembro de 1997, Pretória.)
Comentário de Julio Severo: A
Conferência Mundial contra o Racismo realizada pela ONU na África do
Sul em 2009 foi usada como uma plataforma para condenar Israel, cujo
governo a boicotou.
2) “Creio que há muitas semelhanças entre nossa luta e a da OLP.”(1990)
Comentário de Julio Severo: A
OLP, ou Organização para a Libertação da Palestina, era uma organização
terrorista responsável por muitos ataques contra cidadãos israelenses,
inclusive crianças.
3)
“Nós nos identificamos com a OLP porque, exatamente como nós, eles
estão lutando pelo direito de autodeterminação.” … “Arafat é nosso
companheiro de batalha.”
4)
“Se tivermos de nos referir a algum dos lados como Estado terrorista,
podemos nos referir assim ao governo israelense porque são eles que
estão massacrando árabes inocentes e indefesos nos territórios
ocupados.”(1990)
Nelson Mandela e Yasser Arafat |
Em
contraste, Mandela nunca havia dito que ele via a extinta União
Soviética como um estado terrorista. Por isso, muito diferente de
Netanyahu, não havia impedimento algum para Putin honrar o funeral de um
homem que recebia ajuda da KGB.
Moderna África do Sul e sua louca “segurança”
No
entanto, há alguém que sem a menor dúvida não deveria ter comparecido
ao funeral de Mandela. Ele não era um líder mundial, mas representou a
moderna África do Sul. Seu nome é Thamsanqa Jantjie e ele é
sul-africano. De acordo com a Associated Press, ele é um homem
esquizofrênico com tendências violentas. Ao simular um intérprete de
linguagem de surdos e mudos, ele conseguiu ficar muito próximo dos
líderes mundiais, inclusive a menos de um metro de Obama, no memorial de
Mandela.
Obama e Thamsanqa Jantjie (à direita) |
Jantjie tem um histórico de conduta criminal. De acordo com o DailyMail,
seu histórico envolve: acusações de estupro (1994), roubo (1995),
arrombamento de casas (1997), danificação criminosa de propriedades
(1998), assassinato, tentativa de assassinato e sequestro (2003). Muitas
das acusações apontadas contra ele foram descontinuadas, supostamente
porque ele foi considerado mentalmente incapacitado de ser julgado. Ele
esteve numa instituição psiquiátrica por mais de um ano.
O
governo da África do Sul não conseguiu, ou não quis, explicar como ele
pôde obter autorização oficial para estar perto dos líderes mundiais.
A
Associated Press disse que na África do Sul Obama ficou exposto a
“muitas confusões e riscos de segurança que tipicamente não seriam
tolerados pelo Serviço Secreto nos Estados Unidos.” Jantjie é só um
exemplo. Ele foi uma clara ameaça a Obama e outros líderes.
Obama
estava a mercê do governo da África do Sul — e a mercê de seus
esquizofrênico, paranoico e farsante intérprete de linguagem de mudos e
surdos. Pelo atual padrão sul-africano, isso foi segurança, e é muito
mais segurança do que a maioria dos sul-africanos jamais verá em sua
vida inteira.
Jantjie é uma pequena amostra de uma África do Sul que o mundo se recusa a reconhecer:a
mudança marxista que Mandela trouxe para sua nação a fez a capital
mundial do estupro, com um índice muito elevado de assassinatos e
agressões.
Thamsanqa Jantjie |
Jantjie
confessou que ter tido alucinações durante o memorial de Mandela. Só
ele? E quanto aos líderes mundiais, inclusive Obama e Bush, prestando
tributo a um homem que era amigo de Fidel Castro e Yasser Arafat, e
tinha posturas contra Israel?
Espere um pouco: alucinação ou possessão demoníaca?
Moderna África do Sul e bruxaria
Mandela inaugurou na África do Sul uma era em que a bruxaria foi reconhecida e respeitada pelo Estado.
No
ano passado, as festividades do centenário do partido do governo, o
Congresso Nacional Africano de Mandela, foram marcadas por sacrifícios
de animais e rituais realizados por feiticeiros “para se lembrarem de
seus ancestrais e se lembrarem de seus próprios deuses do jeito
tradicional.”
Esse
“jeito tradicional,” ou jeito africano, é conhecido no Brasil: o
candomblé e outras religiões afro-brasileiras. A propósito, se você
desaprovar esse jeito apontando que na Bíblia Deus condena a bruxaria, a
resposta estatal segue o mantra esquerdista: críticas à adoração
africana e seus deuses e demônios são discriminação, até mesmo racismo!
Bruxa da África do Sul |
Dois
bodes, duas galinhas e um touro foram sacrificados para se comunicarem
com supostos ancestrais mortos no centenário do Congresso Nacional
Africano. Como Jantjie, os bruxos estavam tendo alucinações durante o
ritual, comemorando a “libertação” da África do Sul. Qualquer tentativa
de classificá-los de “esquizofrênicos” seria rotulada de “racista.”
Os
rituais no funeral de Mandela foram semelhantes. Animais foram
sacrificados. A matança cerimonial de animais é um dos jeitos que os
“ancestrais” são invocados para pedir ajuda. Os convidados desses
rituais bebem o sangue dos animais mortos. A veneração ao mundo dos
espíritos ancestrais desempenha um papel importante na “cultura”
sul-africana. (Conheço esses termos muito bem. No Brasil, somos
ensinados por nosso governo esquerdista que o Cristianismo é uma
religião e a bruxaria africana é apenas “cultura”!)
Seguindo
essa tradição, o corpo de Mandela foi acompanhado por indivíduos que
mantinham comunicação com seu espírito e outros espíritos.
Não
sei se criticar tal envolvimento de feitiçaria na África do Sul
equivale a racismo. Mas esse não é o único problema. A África do Sul
está sob o feitiço da Esquerda ocidental.
Legado assassino
Mandela
e seu Congresso Nacional Africano estavam para transformar a África do
Sul num violento país marxista e comunista no modelo soviético ou cubano
“quando foram comprados por suborno pelo [socialista] Partido
Democrático dos EUA e grandes empresas multinacionais que regaram os
novos governantes negros com riquezas e poder, e, acima de tudo, com
cobertura favorável dos meios de comunicação,” de acordo com Rodney
Atkinson, irmão de Rowan, o famoso “Mr. Bean.” Eles foram subornados
pela Esquerda ocidental. O resultado? Eles se tornaram uma nação
socialista violenta no modelo ocidental.
Sob
o feitiço desse modelo, a África do Sul vem implementando a decadência
moral como nenhuma outra nação africana fez. Para o sr. Atkinson,
Mandela tem um legado assassino. Em 1996, Mandela aprovou uma das leis
mais liberais de aborto no mundo.
Aborto |
Naquele
mesmo ano, a nova constituição de Mandela tornou, conforme
LifeSiteNews, a África do Sul o primeiro país do mundo a colocar a
“orientação sexual” junto com raça e religião como bases restritas de
discriminação — algo que foi fundamental para a legalização do
“casamento” homossexual uma década depois.
Em
outras palavras, enquanto muitas outras nações africanas seguem a
tradição de proteger a família, inclusive contra o “casamento” gay e o
aborto, nesse aspecto a África do Sul sob Mandela seguiu o modelo
socialista ocidental. Apenas com relação à religião, Mandela abriu as
portas nacionais para o jeito africano tradicional e seus demônios.
Calvinismo na África do Sul
Exatamente
como outras nações africanas, a África do Sul era também estritamente
contra a sodomia e o aborto, sob os governos brancos. As autoridades dos
governos brancos eram na maior parte calvinistas, e inegavelmente a
África do Sul muito prosperou sob a inspiração calvinista. Seu desafio
maior foi prevalecer sobre barreiras raciais — um problema comum na
África, considerando as guerras tribais em que tribos se odiavam, se
escravizavam e se massacravam umas as outras por diferenças raciais e
“culturais.” Lembre-se dos tutsis e hutus.
A
dificuldade calvinista de prevalecer sobre as barreiras raciais abriu
as portas para a resistência, principalmente comunista, e um
enfraquecimento gradual de sua própria tradição religiosa.
Em
1985, enquanto estavam sob governo branco, 92% dos africânderes
(brancos sul-africanos) eram membros de igrejas reformadas
(calvinistas). Mas depois do governo pró-aborto e pró-sodomia de
Mandela, tudo mudou. Em 2012, essa estatística havia caído para 41%,
enquanto a real frequência aos cultos semanais de igrejas reformadas é
estimada em abaixo de 25%.
Gandhi, Apartheid e Racismo
O
enfraquecimento deles segue a estranha ideia social de que o Apartheid é
pior do que qualquer mal que a África do Sul esteja sofrendo desde o
fim do Apartheid.
O Apartheid tem sido elevado acima dos estupros desenfreados, inclusive de crianças e bebês, na África do Sul.
O Apartheid tem sido elevado acima da problemática vida pessoal de seu maior oponente, Mandela, descrito pelo DailyMail como um homem “mulherengo e que batia nas esposas.”
O Apartheid tem sido elevado acima do mal do socialismo, aborto e outras ameaças.
E
é de suspeitar que o marxismo, adotado por Mandela, tenha abraçado uma
suposta luta contra o racismo. De acordo com o especialista acadêmico
americano Walter Williams, que é negro, Karl Marx era um homem racista. Como então Mandela adotou o marxismo para lutar contra o Apartheid e, mais tarde, usou o marxismo para legalizar o aborto?
E
agora, os marxistas, cujo pai era racista, colocam Mandela no mesmo
nível de mito de Mahatma Gandhi — outro racista! Para Gandhi, os
africanos não eram melhores do que os “intocáveis” da Índia. Ele achava
que as pessoas negras eram sub-humanas.
Mahatma Gandhi |
A
deificação de Gandhi intencionalmente eclipsou o Gandhi real,
exatamente como a deificação de Mandela tem intencionalmente eclipsado o
Mandela real: o membro de posição elevada no Partido Comunista da
África do Sul e um defensor do aborto e homossexualidade.
Gandhi foi, de acordo com o jornal americano HuffingtonPost,
elevado a um messias do século XX por pastores e missionários
americanos e europeus. Por exemplo, John H. Holmes, um pastor unitarista
liberal de Nova Iorque, louvou Gandhi em seus escritos e sermões com
títulos como “Gandhi: O Cristo Moderno” e “Mahatma Gandhi: O Maior Homem
desde Jesus Cristo.”
Mandela será o novo messias deificado pelos pastores e missionários protestantes? Alguma dúvida?
Calvinismo e Pentecostalismo
Talvez
os calvinistas da África do Sul pudessem ter evitado o destino
catastrófico de sua nação abrindo as portas para o reavivamento
espiritual. Uns 100 anos atrás, quando o Congresso Nacional Africano
iniciou sua luta contra o Apartheid, os Estados Unidos começaram a
experimentar um derramamento do Espírito Santo, e nasceu o movimento
pentecostal. O Espírito Santo não fez distinção de raça e cor: brancos e
negros eram batizados no Espírito Santo e brancos e negros se tornaram
líderes na igreja pentecostal.
Enquanto
a propagandista esquerdista e feminista de controle da natalidade
Margaret Sanger pregava a extinção dos negros por meio do controle da
natalidade uns 100 anos atrás, brancos e negros pobres se uniam em suas
experiências pentecostais.
O
pentecostalismo, rejeitado por muitos calvinistas ricos e opulentos,
tem sido o jeito de Deus de lidar com questões raciais desde o início do
século XX.
Os
calvinistas, que abençoaram a África do Sul por mais de três séculos
com seu capitalismo e trabalho duro, precisavam de tais experiências
pentecostais para enfrentar os desafios do século XX. O fato de que não
se abriram para tais experiências acabou se tornando vitória para ídolos
marxistas e sua “libertação” com estupros epidêmicos, aborto e
homossexualidade.
Netanyahu: não ao ídolo anti-Israel
Portanto,
não estou admirado com o fato de que Barack Obama, Bill Clinton e Jimmy
Carter foram à África do Sul para prestar tributo a seu camarada
pró-aborto e pró-homossexualidade. Contudo, o que George W. Bush estava
fazendo entre eles? Onde estava sua coragem para apenas dizer “não”?
A África do Sul é hoje uma nação anti-Israel, em contraste com os governos brancos passados, que eram pró-Israel.
Benjamin
Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel, teve a coragem de dizer
“não.” Ele poderia ter feito a viagem muito dispendiosa, para ver, como
outros líderes mundiais viram, os gestos loucos de Thamsanqa Jantjie, um
homem possesso que estava tendo alucinações perto de Obama numa triste
representação da cultura de bruxaria, estupro e assassinato na África do
Sul. Ele poderia ver os líderes mundiais em seus gestos malucos
prestando tributo a um homem anti-Israel. Mas ele não fez isso.
Um leitor americano na revista Charisma
comentou: “Mandela apoiava o terrorismo palestino e criticava
veementemente Israel. O primeiro-ministro israelense participar de um
ato honrando-o seria parecido com ele indo a um ato prestando tributo ao
aiatolá. Seria um insulto a todos os que foram vítimas do terrorismo
palestino.”
Netanyahu,
não Putin, tem sido criticado por não seguir os líderes mundiais,
principalmente os líderes dos EUA, em sua participação do funeral de
Mandela. Mas Israel devia se acostumar a ser criticado e isolado. No
futuro, Israel sofrerá mais críticas e isolamento, e tudo isso já foi
profetizado na Bíblia.
Babilônia e seus ídolos
A
antiga Babilônia ordenava que os cidadãos sob seu controle se
prostrassem a seu ídolo mítico: “Em seguida, o arauto do rei proclamou
em alta voz: “Ordena-se, pois, a todos vós, ó povos, nações e gentes de
todas as línguas: ‘Assim que ouvirdes o som da corneta, da flauta, da
harpa, da cítara, do saltério, da flauta dupla, e de outros instrumentos
musicais, todos tocando juntos, vos ajoelhareis com o rosto rente à
terra, e assim, prostrados, devereis adorar a imagem de ouro que o rei
Nabucodonosor vos edificou. No entanto, qualquer pessoa que não se
prostrar com o rosto em terra, e não adorar a estátua será imediatamente
atirado numa fornalha em chamas!’ Sendo assim, logo que ouviram o som
da corneta, do pífaro, da citara, da harpa, do saltério e de todos os
demais instrumentos musicais, todo individuo, povo, nação e mesmo
pessoas estrangeiras, de outras línguas e culturas, prostraram-se em
terra e adoraram a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor fizera.”
(Daniel 3:4-7 KJA)
Daniel o judeu não se prostrou ao ídolo erguido pela Babilônia
A
Babilônia moderna, representada principalmente pelos socialistas
Estados Unidos e Europa, quer que o mundo inteiro se prostre a seus
ídolos míticos.
Netanyahu o judeu não se prostrou ao ídolo anti-Israel erguido pela Babilônia moderna.
Enquanto
os Estados Unidos seguem os caminhos das nações, e as nações seguem o
caminho da Babilônia, Israel segue seu próprio caminho e destino.
Versão em inglês deste artigo: Benjamin Netanyahu Under Fire for Not Bowing Down to Mythical Idol Nelson Mandela
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