DE WASHINGTON
Na semana passada, o radialista Rush Limbaugh, ícone do movimento Tea Party, chamou-o de marxista.
"Ele tritura o capitalismo e a América, e o Obama tem orgasmos só de
ouvi-lo", afirmou. O presidente havia citado o papa no dia anterior,
dizendo que concordava com sua crítica contra a "distribuição de renda
mais desigual".
Adam Shaw, editor da conservadora rede Fox News, disse que o papa é "o
Obama do catolicismo". "Assim como a América se decepcionou com Obama,
esse papa será um desastre para a igreja".
Sarah Palin, candidata republicana a vice-presidente em 2008, disse que o
papa "parece marxista". Ela acaba de lançar um livro sobre "a guerra
contra o Natal" provocada por "uma sociedade cada vez mais
antirreligiosa".
USANDO A BíBLIA
O editor-chefe do blog The Dish, Andrew Sullivan, disse à Folha
que "os evangélicos estiveram usando a Bíblia contra gays e contra o
aborto. Agora, estão sofrendo do mesmo remédio, afinal a Bíblia do papa é
a mesma, e ela prega a justiça social".
"Só quem não acompanha a igreja se surpreende com a fala do papa. João Paulo 2º já falava de ganância no capitalismo", diz.
A popularidade do papa ainda é alta no país: 78% dos católicos e 58% da
população em geral têm visão positiva de Francisco, segundo pesquisa do
instituto Pew. O comparecimento às missas, porém, continua o mesmo desde
que ele se tornou papa, em março --39% dos católicos americanos vão
semanalmente à missa.
A Igreja Católica americana brigou com o presidente Barack Obama por
conta do plano universal de saúde aprovado por ele. Funcionárias de
hospitais e colégios católicos terão direito à cobertura de tratamentos
anticoncepcionais, como prevê o plano --a igreja pedia isenção dessa
obrigação.
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