Li
um comentário num folheto da missa de domingo (04/12/2011), segundo do
Advento, quando a liturgia da Palavra coloca a preparação de João
Batista para a chegada do Salvador. O Precursor vem pedir a conversão do
coração; deixar o pecado.
Neste comentário o autor falou apenas do
pecado do CONSUMISMO. É certo que é um grave pecado, mas está longe,
muito longe, de ser o único que João veio denunciar e combater. Ele
denunciou os pecados das prostitutas, dos soldados, dos fariseus e
doutores da lei… Os Apóstolos do Senhor, e o próprio Jesus, colocaram
imensas listas de pecados; penso que seja importante recordar algumas
delas:
“Porque é do coração que provêm os maus
pensamentos, os homicídios, os adultérios, as impurezas, os furtos, os
falsos testemunhos, as calúnias” (Mt 15,19).
“Acaso não sabeis que os injustos não hão
de possuir o Reino de Deus? Não vos enganeis: nem os impuros, nem os
idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os devassos, nem os
ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os difamadores, nem os
assaltantes hão de possuir o Reino de Deus”. (1 Cor 6,9-10).
“Ora, as obras da carne são estas:
fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, superstição, inimizades,
brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos, invejas,
bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes. Dessas coisas vos
previno, como já vos preveni: os que as praticarem não herdarão o Reino
de Deus!” (Gl 5,21).
“Não contristeis o Espírito Santo de
Deus, com o qual estais selados para o dia da Redenção. Toda amargura,
ira, indignação, gritaria e calúnia sejam desterradas do meio de vós,
bem como toda malícia”. (Ef 4,30-31).
“Nos
últimos dias haverá um período difícil. Os homens se tornarão egoístas,
avarentos, fanfarrões, soberbos, rebeldes aos pais, ingratos, malvados,
desalmados, desleais, caluniadores, devassos, cruéis, inimigos dos
bons, traidores, insolentes, cegos de orgulho, amigos dos prazeres e não
de Deus, ostentarão a aparência de piedade, mas desdenharão a
realidade. Dessa gente, afasta-te!” (2Tm 3, 1-5).
“Mortificai, pois, os vossos membros no
que têm de terreno: a devassidão, a impureza, as paixões, os maus
desejos, a cobiça, que é uma idolatria. Dessas coisas provém a ira de
Deus sobre os descrentes”. (Cl 3,5-6).
“Baste-vos que no tempo passado tenhais
vivido segundo os caprichos dos pagãos, em luxúrias, concupiscências,
embriaguez, orgias, bebedeiras e criminosas idolatrias”. (1Pe 4,3)
“São repletos de toda espécie de malícia,
perversidade, cobiça, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda,
engano, malignidade. São difamadores, caluniadores, inimigos de Deus,
insolentes, soberbos, altivos, inventores de maldades, rebeldes contra
os pais. São insensatos, desleais, sem coração, sem misericórdia.” (Rm
1, 29-31)
“Porque também nós outrora éramos
insensatos, rebeldes, transviados, escravos de paixões de toda espécie,
vivendo na malícia e na inveja, detestáveis, odiando-nos uns aos
outros”. (Tt 3,3).
“Os tíbios, os infiéis, os depravados, os
homicidas, os impuros, os maléficos, os idólatras e todos os mentirosos
terão como quinhão o tanque ardente de fogo e enxofre, a segunda
morte”. (Ap 21,8).
Será que não há mais esses pecados no meio do povo?
Por que no Natal escutamos apenas a mesma
cantilena do consumismo? Será que esta “evangelização” não está
esvaziada daquilo que Jesus e os Apóstolos pregavam? Será que a
sociologia e a ideologia não estão esvaziando o Evangelho? Será que
assim o povo não vai continuar buscando as seitas e as comunidades
protestantes para se saciar de Deus?
Prof. Felipe Aquino
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