07 Jan 14
VATICANO, (ACI/EWTN Noticias).-
O Pe. Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé,
assinalou que em algumas das publicações de imprensa os comentários do
Papa Francisco sobre uma menina criada por um casal homossexual, nos
quais expressou sua preocupação sobre a evangelização em novos ambientes
culturais, foram forçadas e manipuladas.
No dia 3 de janeiro, a revista jesuíta La Civiltà Cattolica publicou uma reportagem de 15 páginas sobre a conversa do Papa Francisco com um grupo de superiores gerais de ordens religiosas, ocorrida no dia 29 de novembro de 2013.
No dia 3 de janeiro, a revista jesuíta La Civiltà Cattolica publicou uma reportagem de 15 páginas sobre a conversa do Papa Francisco com um grupo de superiores gerais de ordens religiosas, ocorrida no dia 29 de novembro de 2013.
Ao
conversar sobre a marginalização, a cultura e a educação como as
fronteiras da missão, o Santo Padre recordou que na Argentina conheceu
"uma menina muito triste que mais tarde contou à professora o motivo de
seu estado de ânimo: ‘a namorada da minha mamãe não gosta de mim”. A
porcentagem dos crianças
que estudam nas escolas e têm pais separados é elevadíssimo. As
situações que vivem hoje expõem, portanto, novos desafios que para nós,
às vezes são inclusive difíceis de compreender".
"Como anunciar
Cristo a estes meninos e meninas? Como anunciar a Cristo a uma geração
que muda? É preciso estar atentos para não subministrar-lhes uma vacina
contra a fé", disse o Santo Padre.
Alguns meios de imprensa
italianos, assim como a agência francesa de notícias AFP, transmitiram a
informação como se o Papa Francisco tivesse indicado alguma abertura
para os mal-chamados "matrimônios" gay ou uniões civis entre pessoas de
mesmo sexo.
O Pe. Federico Lombardi precisou ontem em conferência
de imprensa que aquilo que foi dito pelo Papa sobre "as
responsabilidades educativas da Igreja,
o que em certo sentido é bastante óbvio, traduziu-se em 29 de novembro
em termos completamente gerais, (mas) foi publicado por vários meios de
comunicação italianos, no contexto da questão exposta nos últimos dias
de reconhecimento das uniões civis de casais homossexuais".
"É
totalmente evidente por si mesmo", disse o Pe. Lombardi, que o tema foi
"forçado… tanto que em alguns casos nota-se que o comentário do Papa
está sendo manipulado. Falar de uma ‘abertura aos casais gay’ é
paradoxal, porque o comentário do Papa é de caráter completamente amplo e
porque inclusive o pequeno exemplo concreto feito pelo Papa (sobre uma
menina que estava triste porque a namorada de sua mãe não gostava dela)
alude ao sofrimento das crianças".
O porta-voz vaticano
sublinhou que o Papa Francisco se estava referindo ao fato de que "a
situação em que a educação das crianças se realiza atualmente é muito
diferente que no passado, porque (estes meninos e meninas) vivem em
muitas situações familiares difíceis, tais como pais que estão
separados, novas uniões anômalas, inclusive, às vezes, uniões
homossexuais".
"A educação e a proclamação da fé, obviamente não
pode ignorar esta realidade e deve estar atenta ao bem-estar das
gerações futuras, acompanhando-as afetivamente em seu contexto atual,
para não provocar reações negativas contrárias à abertura à fé".
Um
partido político italiano anunciou seu apoio às uniões civis desde que o
Papa Francisco falou com os superiores gerais, e por esta razão o P.
Lombardi acrescentou que o Santo Padre "não se expressou em absoluto
sobre o debate reaberto na Itália um mês depois".
"Aqueles que
recordam as posições que expressou antes na Argentina, durante debates
similares, sabem que foram completamente diferentes das que algumas
pessoas estão agora tentando atribuir clandestinamente ao Papa",
assinalou o porta-voz.
Em uma carta às monjas carmelitas de
Buenos Aires, em julho de 2010, o então Cardeal Jorge Mario Bergoglio
pediu que estas religiosas rezassem para derrotar o projeto de lei do
mal chamado "matrimônio" gay e o criticou duramente.
"Não
sejamos ingênuos: Não se trata de uma simples luta política; é a
pretensão destrutiva ao plano de Deus. Não se trata de um mero projeto
legislativo mas de um movimento do ´Pai da Mentira´ que pretende
confundir e enganar aos filhos de Deus", escreveu o então cardeal
Bergoglio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário