Francisco lamentou ataques depois da oração do Angelus, no Vaticano.
Pontífice pediu ainda aos fiéis que rezassem juntos pelas vítimas.
Papa, durante encontro com fiéis neste domingo,
na Praça São Pedro (Foto: Reuters)
na Praça São Pedro (Foto: Reuters)
O papa Francisco pediu neste domingo (10) uma solução política eficiente para a crise no Iraque, se declarando incrédulo e consternado com as violências registradas no país árabe.
"As notícias que chegam do Iraque nos deixam incrédulos e consternados:
milhares de pessoas, entre as quais há tantos cristãos, expulsas de
suas casas brutalmente, crianças mortas de sede e de fome durante a
fuga, mulheres sequestradas, violências de todos os tipos", lamentou o
Sumo Pontífice depois da oração do Angelus.
Para o Papa, "esta violência e a destruição de casas, patrimônios
históricos, culturas e religiosos ofendem gravemente a Deus e a
humanidade".
Por isso, Francisco pediu aos fiéis reunidos sob o sol da Praça de São
Pedro que fizessem silêncio e rezassem juntos pensando na situação de
todas as pessoas no Iraque.
Francisco anunciou esta semana o envio do cardeal Fernando Filoni ao
Iraque, antigo núncio nesse país, para dar o apoio do Vaticano à
população, em parte cristã, e que foge ante o avanço dos jihadistas do
Estado Islâmico (EI).
Veja também:
Militantes do Estado Islâmico dizem a famílias que se convertam ou morram
Foram ameaçadas mais de 300 famílias da minoria étnica yazidi.
Iraque vive onda de violência que ameaça se transformar em guerra civil.
Um oficial da polícia iraquiana fica de guarda
durante uma manifestação em apoio a
primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki,
em Bagdá (Foto: Reuters)
durante uma manifestação em apoio a
primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki,
em Bagdá (Foto: Reuters)
Militantes do Estado Islâmico ameaçaram matar mais de 300 famílias da
minoria étnica yazidi, no Iraque, a não ser que se convertam ao Islã,
disseram testemunhas e um parlamentar yazidi neste sábado (9).
As famílias dos vilarejos de Koja, Hatimiya e Qaboshi estão cercadas
pelos militantes sunitas que articulam uma ofensiva pelo norte do
Iraque, provocando a fuga de milhares de yazidis e cristãos e indignação
internacional.
O Iraque vive no último mês uma nova onda de violência que ameaça se
transformar em uma guerra civil. O grupo muçulmano sunita Estado
Islâmico (EI) tomou importantes cidades do norte e anunciou que levará a
batalha até a capital, Bagdá, e cidades do sul. Eles anunciaram a
criação de um califado entre o Iraque e a Síria que segue a lei
islâmica, a Sharia.
O Ocidente se organiza, o Conselho de Segurança da ONU já pediu ajuda
internacional e os Estados Unidos enviaram um porta-aviões ao Golfo.
O avanço do grupo fez o presidente americano, Barack Obama, autorizar
bombardeios áreos sobre as áreas dominadas pelos islamitas. O primeiro
foi realizado no dia 8 de outubro. Os EUA também começaram a lançar
ajuda humanitária para os deslocados.
Washington ainda cogita uma ação conjunta com o Irã para impedir o
avanço do grupo, considerado mais radical que a rede Al-Qaeda.
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