domingo, 27 de janeiro de 2019

Jovem com grave deficiência participa da JMJ: "A comunhão diária me mantém vivo"



27 Jan. 19
Por Diego López Marina


PANAMÁ, (ACI).- Embora os médicos tenham desenganado Juan Pablo Barón Rivera, um menino de 17 anos de idade prostrado em uma cadeira de rodas e cego, ele foi para Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Panamá 2019 com o sonho de conhecer o Papa Francisco e clamar ao mundo que a comunhão diária é a única coisa que o mantém vivo.
"Minha única missão no mundo é mostrar que estou vivo graças à comunhão diária. Vou todos os dias à Missa e este é meu ensinamento para todos os jovens, e meu grande sonho sempre será falar com o Papa Francisco, para isso vim ao Panamá", assegurou o jovem em entrevista ao Grupo ACI em 24 de janeiro, durante a cerimônia de acolhida e abertura da JMJ no Campo Santa Maria La Antigua.
Juan Pablo participa da Paróquia Cristo Ressuscitado no departamento de Cundinamarca, a 30 minutos de Bogotá, capital da Colômbia. Ele chegou à JMJ há alguns dias com seu melhor amigo e sua mãe María del Carmen Rivera Torres para viver a experiência da Jornada Mundial da Juventude.
O jovem sofre de mucopolissacaridose, uma doença rara que produz várias anomalias físicas e deformações.
"Aos 10 meses eu fiquei paralítico, aos 5 e 6 ano,s fiquei cego dos dois olhos. Quando eu tinha 11 anos, os médicos me desenganaram e disseram que viveria apenas até os 14 anos. A partir desse momento, não voltei mais ao médico, não tenho nada contra eles, mas faz 7 anos que não volto. Hoje tenho 17 anos e eu só acredito em Deus plenamente, vou à Missa diária, recebo a Eucaristia e hoje me sinto completamente normal, consegui me mexer e estou vivo. Isso ninguém explica, somente Deus”, narrou o jovem.
Juan Pablo lamentou que, apesar de ter estado perto do Papa durante a sua visita pastoral à Colômbia em 2017, não conseguiu conhecê-lo.
Ele disse que quase desmaiou e teve que ser levado para frente, onde o veículo do Pontífice passaria. "Eu estava perto e consegui tocar o carro, mas ele não percebeu que eu estava lá", relatou.
Agora o jovem afirma que "estar na JMJ significa uma grande alegria para mim", e se tivesse a oportunidade de falar com o Papa Francisco, pediria a ele para que sempre fale "da importância da comunhão diária".
Além disso, diria ao Papa que aqueles sacerdotes que cometeram erros são dignos de misericórdia, e que através da oração eles podem ser ajudados a permanecerem "puros novamente".
Por sua parte, María del Carmen explicou que seu filho Juan Pablo sempre "teve a ideia de vir" e "conseguiram com grande esforço".
"Meu filho sempre carrega uma mensagem de mudança para as pessoas, cheio do amor de Deus. Nós o instruímos muito na fé desde pequeno, mas em vez de nós ensinarmos a ele, é ele quem nos ensina todos os dias com o seu testemunho: que não existem fronteira, que se pode tudo e que de mãos dadas com o Senhor podemos chegar longe”, concluiu.

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