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| Catedral de Frankfurt |
POR WALTER SÁNCHEZ SILVA
Vários protestantes receberam a Comunhão Eucarística em Frankfurt (Alemanha) no sábado, 16 de maio, no âmbito do terceiro encontro ecumênico, fato que, somado à pregação de homilias de 12 mulheres em diferentes partes do país, aumenta a polêmica causada pelo bênção recente de casais homossexuais por padres católicos ou agentes pastorais.
De acordo com a KNA, a agência católica do Episcopado Alemão, o terceiro encontro ecumênico foi concluído no sábado com quatro serviços litúrgicos nos quais "foi deixado para a decisão consciente dos visitantes individuais se eles queriam participar do jantar de outra denominação."
Na missa celebrada na Catedral de Frankfurt, entre outros, Bettina Limperg, presidente protestante do encontro ecumênico; enquanto o presidente católico, Thomas Stemberg, compareceu ao serviço religioso protestante.
No Twitter do encontro ecumênico, Limperg foi questionada sobre “como era a Eucaristia”, ao que ela respondeu que se sentia “muito bem-vinda e naquele momento não senti nenhuma diferença”.
O KNA também informou que o reitor da Catedral Católica de Frankfurt, Pe. Johannes zu Eltz, pediu desculpas aos protestantes presentes porque muitas vezes tiveram que lutar contra “a arrogância e a delimitação do lado católico”. "Peço desculpas por isso e agradeço sua grande paciência", acrescentou.
Em sua homilia, o sacerdote disse que se as igrejas e os cristãos "confiarem umas nas outras e em Deus, o mundo poderá experimentar um cristianismo mais convincente".
Além da intercomunhão neste fim de semana, outro fato que atingiu a Igreja na Alemanha é a pregação de homilias de 12 mulheres.
O evento, que tem como principal dia este 17 de maio, começou no sábado 15 e continuou no domingo em diferentes pontos do país europeu como parte do “Dia do Pregador”.
A Comunidade Feminina Católica Alemã observa em seu site que essa pregação incentiva “uma Igreja com igualdade de gênero” e que “as mulheres são chamadas a pregar. Ninguém tem o direito de negar-lhes este apelo só porque são mulheres."
Na Igreja Católica, a homilia ou sermão na missa é reservado para o homem que foi ordenado diácono, sacerdote ou bispo.
A comunhão de protestantes e a pregação de homilias femininas, além da bênção de casais homossexuais na segunda-feira, 10 de maio - apesar da proibição explícita do Vaticano - geraram críticas entre os católicos na Alemanha e em todo o mundo.
“Os três incidentes podem contribuir para a gentrificação da Igreja e são incompatíveis com o ensino católico”, disse Clara Steinbrecher, porta-voz da iniciativa Maria 1.0, que também recebeu centenas de e-mails de católicos preocupados com a situação na Alemanha.
"Os mensageiros criticam em particular que há bispos alemães que não só toleram essas violações do ensino católico, mas também as aprovam", acrescentou.
“Jesus Cristo foi um sinal de contradição e as mulheres de Maria 1.0 pedem aos bispos alemães que não tenham medo da contradição vivida pela fé católica na sociedade ocidental”, enfatiza Steinbrecher.
Comunhão para Protestantes
Entre os dias 13 e 16 de maio, as igrejas cristãs na Alemanha realizaram o terceiro encontro ecumênico, evento que ocorreu principalmente de forma virtual e cujo dia central foi o sábado, 15.
Neste contexto, o presidente do Episcopado e bispo de Limburg, Dom Georg Bätzing, disse que o evento deve ser "ecumenicamente sensível" quando se trata de dar o sacramento da Eucaristia aos protestantes.
Segundo a CNA Deutsch, agência de língua alemã do Grupo ACI, o Bispo disse que a celebração do sábado “não é uma intercomunhão no sentido de um convite recíproco geral para participar na Eucaristia e na Ceia do Senhor, mas sim como tratamos a consciência pessoal de cada cristão católico ou protestante”.
No entanto, em uma entrevista publicada por KNA, a agência episcopal alemã, Dom Bätzing disse que “Eu daria a comunhão se alguém que acredita no que nós católicos acreditamos e deseja receber o corpo do Senhor na fé na presença real de Jesus Cristo”.
O bispo de Limburg também instruiu os padres de sua diocese a dar a comunhão aos protestantes que a solicitassem, como aconteceu no sábado.
Isso contradiz o que é estabelecido pelo Código de Direito Canônico, a lei que regulamenta a Igreja Católica, que no Cânon 844 afirma que “os ministros católicos administram legalmente os sacramentos apenas aos fiéis católicos, que, por sua vez, só eles legalmente recebem dos católicos ministros”.
Uma exceção a essa regra com os protestantes é se houver "perigo de morte" e "quando eles (os protestantes) não puderem ir a um ministro de sua própria comunidade".
Esta condição não foi mencionada por Dom Bätzing como um requisito para a recepção da Eucaristia pelos protestantes, nem foi mencionada nos eventos do sábado, dia 15.
Fonte - aciprensa
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