terça-feira, 25 de maio de 2021

O Papa alerta para o "perigo" dos seminaristas rígidos

O Papa advertiu os bispos italianos sobre o grande "perigo" da rigidez. “Muitas vezes vimos seminaristas que pareciam bons, mas rígidos. E a rigidez não vem do bom espírito", disse o pontífice.


 

Em um discurso sobre o qual sabemos muito pouco, poucos minutos depois que a transmissão foi interrompida pelas Notícias do Vaticano, Francisco dirigiu-se aos cerca de 200 prelados que compõem a Conferência Episcopal da Itália no início de sua Assembleia Plenária.

O Papa, como integrante do episcopado italiano, por ser bispo de Roma, falou após o cardeal Gualtiero Bassetti, presidente do CEI, que agradeceu ao Santo Padre sua presença no Hotel Ergife Palace, cinco quilômetros a oeste do Vaticano, onde a reunião está acontecendo.

Francisco, em um discurso improvisado, falou sobre três assuntos: os tribunais, os seminários e o sínodo. Em relação aos tribunais, o Papa indicou que bons passos estão sendo dados.

A segunda coisa que ele falou foram os seminários. “Neste momento existe um perigo muito grande”, disse Sua Santidade, “de cometer erros na formação e também de cometer erros no poder da missão dos seminaristas”.

“Muitas vezes vimos seminaristas que pareciam bons, mas rígidos. E a rigidez não é do bom espírito”, assegurou o Papa perante os bispos da Itália. Além disso, explicou que se vê que, por trás da rigidez, “há grandes problemas”.

«Os seminaristas recebidos sem pedir informação», vindos através de uma congregação religiosa ou de outra diocese «e depois da formação, sobre esta o cardeal presidente recebeu uma carta do prefeito do Clero sobre a preocupação da formação sacerdotal», acrescentou.

O terceiro tópico seria o sínodo. Francisco encorajou a Igreja italiana a iniciar um sínodo nacional em 30 de janeiro. Já mencionei a Conferência de Florença. Depois de cinco anos, a Igreja italiana deve retornar à Conferência de Florença e iniciar um processo de um Sínodo nacional, comunidade por comunidade, diocese por diocese: este processo também será uma catequese. "Na Conferência de Florença, o caminho a seguir neste Sínodo é sentido com precisão. Retire, agora. É o momento. E comece a andar”, disse o Papa em um encontro com a Catequese Nacional.

Hoje ele mencionou o Congresso de Florença novamente. O Santo Padre acredita que o sínodo deve ser realizado no espírito daquele encontro em Florença, onde o Papa fez um extenso discurso. Há uma atitude que acontece com todos nós, "no CIS também acontece", que é a "amnésia". “Perdemos a memória do que fizemos”, e “uma das coisas em que perdemos a memória é Florença”, disse o Papa aos bispos, referindo-se àquele encontro há quase seis anos.

O Papa, em 10 de novembro de 2015, disse ao final de seu discurso no Congresso da Igreja Italiana em Florença:

«Gosto de uma Igreja italiana inquieta, cada vez mais próxima do abandonado, do esquecido, do imperfeito. Quero uma Igreja alegre com rosto de mãe, que entende, acompanha, acaricia. Você também sonha com esta Igreja, acredite nela, inove com liberdade.»

“Ainda que não me incumba dizer como realizar este sonho hoje, deixo-me apenas uma indicação para os próximos anos: em cada comunidade, em cada paróquia e instituição, em cada diocese e circunscrição, em cada região, procurem iniciar, à forma sinodal, um aprofundamento da Evangelii gaudium, tirar dela critérios práticos e colocar em prática suas disposições».

 

Fonte - infovaticana

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