quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Leão XIV proclama “o diálogo como modo de vida” diante de representantes de todas as religiões do mundo

Vaticano marca 60o aniversário da Declaração “Nostra Aetate” sobre as relações da Igreja com as religiões não-cristãs do Vaticano II

Leão XIV proclama “o diálogo como um modo de vida” diante de representantes de todas as religiões 

 

No Salão Paulo VI do Vaticano, líderes e representantes do judaísmo, islamismo, hinduísmo, jainismo, sikhismo, budismo, zoroastrismo, confucionismo, taoísmo, xintoísmo e religiões tradicionais africanas se reuniram que foram capazes de cumprimentar o Papa Leão XIV, que fez um discurso ao qual ele seguiu uma oração silenciosa pela paz. Para o pontífice, “há 60 anos foi plantada uma semente de esperança para o diálogo inter-religioso”.

Diálogo como forma de vida

“Hoje, sua presença atesta que esta semente cresceu para se tornar uma árvore poderosa, cujos ramos se estendem por toda parte, oferecendo abrigo e trazendo os ricos frutos da compreensão, amizade, cooperação e paz”, proclamou o pontífice precisamente diante de uma árvore localizada para a ocasião no palco da sala de audiência. Este texto, para o Papa, “abriu os olhos para um princípio simples, mas profundo: o diálogo não é uma tática ou uma ferramenta, mas um modo de vida, um caminho do coração que transforma todos os envolvidos, o ouvinte e o orador”.

E, continuou, o diálogo autêntico “não começa em compromisso, mas na convicção, nas raízes profundas de nossa própria crença que nos dá a força para alcançar os outros no amor”. A este respeito, ele lembrou aqueles que trabalharam nessa chave e até têm sido “mártires para o diálogo, que se opuseram à violência e ao ódio”. Mas ele ressaltou que esta mensagem permanece “muito tópica”, uma vez que as religiões continuam a tentar responder à “inquietação do coração humano”; e, portanto, a Igreja Católica “não rejeita nada que seja verdadeiro e santo nessas religiões”.

Para Leão XIV “não podemos invocar verdadeiramente Deus, Pai de todos, se nos recusarmos a tratar fraternalmente qualquer homem ou mulher criado à imagem de Deus”. Assim, expressou seu desejo de abrir “uma nova relação entre a Igreja e o judaísmo”, uma vez que todos os líderes religiosos “compartilham uma responsabilidade sagrada: ajudar nossos povos a se libertarem das cadeias de preconceito, raiva e ódio; ajudá-los a se elevar acima do egoísmo e do egocentrismo; ajudá-los a superar a ganância que destrói tanto o espírito humano quanto a terra”. Para tanto, convidou a desenvolver a profecia “vozes que denunciam a violência e a injustiça, curam a divisão e proclamam a paz para todos os nossos irmãos e irmãs”, trazendo “esperança a uma humanidade que é muitas vezes tentada pelo desespero”.

Comemoração Da Declaração Conciliar Nostra Aetate Budistas 

 

Fonte - vidanuevadigital

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