sexta-feira, 15 de abril de 2011

Silêncios e palavras que iluminam a vida de Maria

Apresentado em Roma novo livro do cardeal Lajolo
ROMA, quinta-feira, 14 de abril de 2011 (ZENIT.org) - Um livro com mais de 200 páginas para contar as poucas palavras de Maria, ou melhor, como indica o título, suas palavras e seus silêncios: esta foi a explicação dada ontem pelo cardeal Giovanni Lajolo, presidente do Governo do Estado da Cidade do Vaticano, na apresentação em Roma de seu livro: "Maria. Silêncios e palavras".

O cardeal, com muita simplicidade, comentou como teve a ideia de escrever este livro, afirmando que não é uma vida de Maria, nem uma exegese, nem um tratado de mariologia, tampouco um livro de ascética. "Mariologia sim - indicou o purpurado -, mas não no sentido de uma teologia elaborada sobre o mistério dessa mulher."
"Eu tentei simplesmente - acrescentou - apresentar estas palavras e silêncios que manifestam a relação de Maria com as pessoas com quem ela fala ou se comunica."
Porque, "em última análise, a relação interpessoal é a coisa mais importante. É verdade que prevalece o ser, mas a felicidade não é o que sabemos que somos, mas aquilo que nós somos, e isso aparece nas relações com as outras pessoas. Se observarmos, os nossos silêncios estão repletos de relações pessoais, com os acontecimentos, com o que temos de fazer, ou evitar o que nos espera. Então, quais são essas relações? E assim eu me aventurei nesta análise."
O livro aborda três tipos de silêncio: o primeiro, impenetrável. Quando Maria está grávida e a situação criada com São José. Se Maria dizia que era obra do Espírito Santo, São José teria pedido alguma prova. E o deixou na maior angústia, porque "só Deus poderia encontrar a solução para a dificuldade em que ela se encontrava".
Depois, o silêncio transparente, óbvio. Maria era uma mulher normal, como nós, exceto no pecado. Por exemplo, com São José no matrimônio virginal que, no entanto, era um matrimônio em si.
E em terceiro lugar, o silêncio penetrante, como quando ela tentava entender: depois das palavras de Simeão. Ou depois de encontrar Jesus no templo. Ou que mistério tinha com Jesus em suas mãos?
O autor conclui: "Muitos silêncios, porque o mistério de Maria é envolto em grande silêncio. Porque é o Senhor, no meio da noite, quem quis descer até o seu povo. E palavras, porque Maria é a Mãe do Verbo".

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