CAPÍTULO XXXV
Prece
Senhor Deus, tu que nos deste tudo, concede-nos a paz do repouso, a paz do sábado, a paz do ocaso. De fato, esta formosíssima ordem de coisas muito boas, passará quando atingir o termo de seu destino, e terá sua tarde como teve seu amanhecer.
Prece
Senhor Deus, tu que nos deste tudo, concede-nos a paz do repouso, a paz do sábado, a paz do ocaso. De fato, esta formosíssima ordem de coisas muito boas, passará quando atingir o termo de seu destino, e terá sua tarde como teve seu amanhecer.
CAPÍTULO XXXVI
O repouso de Deus
O sétimo dia, porém, não tem crepúsculo; não entardece porque o santificaste para que se prolongue eternamente. E o repouso de teu sétimo dia, depois de ter criado tantas e tão boas obras, embora sem te causar fadiga, a palavra de tua Escritura nos anuncia que também nós, depois de nossos trabalhos, que são bons porque assim nos o concedeste, encontraremos o repouso em ti, no sábado da vida eterna.
CAPÍTULO XXXVII
O repouso da alma
Então também repousarás em nós, como hoje opera em nós; e o repouso de que gozaremos será teu, como as obras que fazemos são tuas. Mas tu, Senhor, sempre estás ativo e sempre estás em repouso. Tu não vês o tempo, não ages no tempo nem repousas no tempo; todavia, concede-nos que vejamos no tempo,fazes o próprio tempo e o repouso além do tempo.
CAPÍTULO XXXVIII
O descanso de Deus
Vemos, portanto, as tuas criaturas porque elas existem. Mas elas existem porque tu as vês. Olhando à nossa volta, vemos que elas existem; em nosso íntimo, vemos que são boas. Mas tu já as viste feitas quando e onde viste que deviam ser feitas. Agora somos inclinados a praticar o bem, depois que nosso coração concebeu essa idéia em teu Espírito. Outrora estávamos inclinados ao mal, desertando de ti. Tu, porém, ó Deus, único bem, nunca cessaste de nos fazer o bem. Por tua graça, algumas de nossas obras são boas, mas não são eternas. Esperamos, depois de realizá-las, repousar em tua grande santificação. Mas tu, que não precisas de nenhum outro bem, estás sempre em repouso, porque és teu próprio repouso.
Que homem poderá dar ao homem a compreensão desta verdade? Que anjo a outro anjo? Que anjo ao homem? É a ti que devemos pedir, e em ti é que a devemos buscar, é à tua porta que devemos bater. E somente assim receberemos, somente assim encontraremos, somente assim se nos abrirá tua porta.
(Continua...)
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