Thomas Hilgers lidera caminho rumo à compreensão da fertilidade da mulher 
OMAHA, sexta-feira, 24 de junho de 2011 (ZENIT.org)  - Como um jovem médico residente em 1968, o Dr. Thomas Hilgers estava  preocupado com o tratamento de seus pacientes e se mantinha atualizado  em relação aos progressos da medicina. Já como obstetra e ginecologista,  bem como especialista em medicina reprodutiva e cirurgia, é o autor de "The NaProTechnology Revolution:  Unleashing the Power in a Woman's Cycle" (A Revolução de NaProTecnologia: Liberando o poder do ciclo da mulher).  O livro lembra o que o inspirou a fundar o Instituto Paulo VI para o  Estudo da Reprodução Humana e desenvolver métodos de tratamento em uma  ampla gama de questões ginecológicas, de acordo com os ensinamentos da  Igreja Católica.
Em uma entrevista concedida a ZENIT, Hilgers explicou que o Creighton Model Fertility Care System é  “um sistema único e, portanto, deve ter uma aplicação especial na saúde  reprodutiva das mulheres". "Durante estes últimos 30 ou 35 anos -  acrescentou -, investigamos continuamente isso e chegamos à Tecnologia  Natural Procriadora (NaProTechnology)."
De acordo com Hilgers, NaProTechnology é muito mais do que  uma forma avançada de planejamento familiar natural, trabalhando em  cooperação com o ciclo das mulheres. "Na verdade, tornou-se uma nova  ciência da saúde das mulheres", disse ele. A ciência da NaProTechnology tem três aspectos, disse: a forma médica, a forma pré-natal e a forma cirúrgica.
Em vez de simplesmente lidar com os problemas de fertilização, a NaProTechnology  trabalha para resolver muitos dos problemas ginecológicos que as  mulheres enfrentam. "É um giro de 180 graus na direção oposta de  tecnologias de reprodução artificial", que, como explicado por Hilgers,  são de supressão ou de destruição do potencial da vida humana, e não  cooperativos com ele.
Ele diz que a NaProTechnology beneficia as mulheres que  sofrem de uma variedade de problemas, incluindo - mas não limitado a -  depressão pós-parto, cistos ovarianos, endometriose e ciclos  irregulares; também pode ajudar a prevenir nascimentos prematuros,  resultantes dos métodos reprodutivos artificiais.
"Há todo um departamento cirúrgico, com quase nenhuma cicatriz, que  desenvolvemos - disse ele. Podemos operar e reconstruir os tecidos  reprodutivos das mulheres como nunca foi feito antes." Ele acrescentou  que muitas mulheres têm medo de cirurgia para cicatrizes graves, que  causam mais problemas do que soluções. "Nós agora podemos operar de uma  forma que não causa cicatrizes."
Hilgers disse que o tratamento pode variar de uma injeção de  progesterona para aliviar a depressão pós-parto, a observação e  tratamento de alterações do ciclo menstrual, com o fim de controlar a  fertilidade, à cirurgia, tanto por via laparoscópica (fora do paciente)  como tradicional.
Abusando da fertilidade
Hilgers debate, em seu livro, as consequências do surgimento da  pílula, o número crescente de problemas médicos e sociológicos  relacionados a isso, tais como: abortos, nascimentos fora do casamento,  doenças sexualmente transmissíveis, várias formas de câncer, casos de  abuso físico, aumento de divórcios, suicídios em adolescentes, bebês de  baixo peso, mortes neonatais e o aumento do consumo de drogas, mais  evidente nos últimos 40-50 anos.
"Vivemos fundamentalmente em uma cultura de abuso de fertilidade -  disse Hilgers. As pessoas dão por descontada a sua fertilidade.  Eliminam-na (com a pílula) ou a destroem (com) as diferentes formas de  contracepção. E durante os anos da chamada ‘revolução sexual’, uma das  coisas que alegaram é que não há vítimas. Mas eu acho que houve muito  silêncio associado com a destruição da maioria das relações familiares e  da epidemia de doenças sexualmente transmissíveis, que têm surgido como  resultado disso."
"Os médicos falam dos benefícios para a saúde, mas não falam sobre os riscos para a saúde, exceto o que foi declarado pela Food and Drug Administration  e que as pessoas não ouvem", disse ele. Explica que o uso da pílula  contribui para a embolia pulmonar, coágulos de sangue, ataques cardíacos  e infartos do miocárdio. Mulheres correm mais risco de câncer de mama  devido ao uso da pílula, que também aumenta o risco de câncer do colo do  útero, muitas vezes causado pela transmissão do vírus do papiloma  humano (HPV).
O rápido crescimento
Quando Hilgers e sua equipe começaram a formar outros médicos em seus  métodos, no começo dos anos 80, ele recorda que a resposta do âmbito  médico não foi a que ele esperava inicialmente.
Em 1991, publicou um livro de medicina intitulado “A aplicação médica da planificação familiar natural: uma guia médica da NaProTechnology”,  e a notícia se difundiu. “De repente, tínhamos 4 ou 5 médicos na aula,  depois 10, depois 30”. No último mês de abril, o Instituto Paulo VI  realizou um seminário de uma semana para 90 participantes, a metade  deles médicos, a outra metade instrutores de NaProTechnology e especialistas em cuidados reprodutivos.
Hilgers tem a esperança de que a sociedade comece a valorizar a vida  humana e veja o caráter sagrado dos dons que Deus nos dá. “Nos próximos  dez anos, veremos uma mudança, acho. Se prestarmos atenção, veremos que  já houve uma mudança agora. Não é evidente, não é grande, mas acho que o  potencial está aí - disse Hilgers, com esperança. É interessante pensar  nisso.”
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Na internet:
"The NaProTechnology Revolution": www.amazon.com/NaPro-Technology-Revolution-Unleashing-Womans/dp/0825306264
(Traci Osuna)
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