sábado, 11 de junho de 2011

A opinião do Padre Aulagnier.

fratres in unum

Comentários do Padre Paul Aulagnier, ex-membro da FSSPX (um dos primeiros padres ordenados por Dom Lefebvre e por 18 anos superior do Distrito da França, o mais importante da FSSPX) e atualmente no Instituto do Bom Pastor, à recente entrevista de Monsenhor Guido Pozzo, Secretário da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei:
Devo dizer que as respostas de Mons. Pozzo, secretário da Comissão “Ecclesia Dei”, me preocupam quanto ao desenlace das conversações com a FSSPX no que se refere à questão litúrgica e à questão do Concílio Vaticano II. No que diz respeito à liturgia, todo católico ligado à tradição litúrgica da Igreja tem sempre em mente, hoje como ontem, a carta que o Cardeal Ottaviani e o Cardeal Bacci apresentaram ao Papa Paulo VI após a promulgação da reforma litúrgica de 3 de abril de 1969. Eles concluíam, na seqüência da análise do “Breve Exame Crítico”, obra de um grupo de teólogos, liturgistas e pastores, que esta reforma litúrgica se afastava, no conjunto como no detalhe, da doutrina católica definida pela Igreja e para sempre no Concílio de Trento, em sua sessão XXII.
[...]
Assim, não é porque o novo Ordo é celebrado piedosamente em Roma e noutro lugar pelo Papa que as críticas dos Cardeais Ottaviani e Bacci desaparecem como num passe de mágica.  De fato, é melhor que o novo Ordo seja devotamente celebrado, mas isso não retira desta reforma o seu aspecto “equívoco” em muitos pontos essenciais à doutrina católica sobre a missa. Como os padres do FSSPX poderiam aceitar as propostas de Mons. Pozzo? Não o vejo.
[...]
Quanto à doutrina de Vaticano II: todo católico unido à Tradição guarda em sua memória a famosa declaração de Dom Lefebvre sobre o Concílio e as reformas dele procedentes, a sua declaração de 21 de novembro de 1974. Sabe-se que ele nunca retirou uma única vírgula nem um único ponto.
[...]
Os padres da FSSPX permanecem unidos, com toda razão, a esta declaração. Como poderão aceitar as propostas do mesmo prelado? Não vejo como. A meu ver, e levando tudo isso em conta, os acordos entre Roma e o FSSPX não são para amanhã.

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