sábado, 9 de julho de 2011

Brics: um bloco sino-dependente?

[pesadelochines]

China no centro.
Foto: Roberto Stuckert Filho-PR
Pequim visa cumprir a velha meta fixada por Mão Tsé Tung: transformar a China marxista em potência hegemônica do mundo.

Porém, a via escolhida não é a esperada por politólogos pouco flexíveis do Ocidente. Em vez de tanques e terroristas, a China usa como instrumentos de dominação o comércio e manobras financeiras.

Pequim fez do grupo Brics ‒ de grandes economias emergentes: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul ‒ um fórum dominado por ela, visando marginalizar a predominância atual dos EUA.

Na última reunião anual dos líderes do Brics, em Sanya (China), ficou claro que os donos marxistas de Pequim assumiram subrepticiamente a liderança do grupo.

A “Declaração de Sanya” parafraseia, segundo o jornal Valor, os slogans que Pequim manipula para sustentar a ditadura no país asiático.

“O século XXI deve ser de paz, harmonia, cooperação e desenvolvimento científico”, disse o porta-voz chinês na conferência de imprensa.
China dita o rumo aos Brics.
Foto: Roberto Stuckert Filho-PR.
Os chineses conhecem bem o que isso significa na prática. “Harmonia” e “desenvolvimento científico” são slogans políticos básicos do Partido Comunista da China.

No grupo dos Brics, nenhum membro tem qualquer coisa em comum exceto que é comercialmente dependente da China.

“Esse não é um bloco econômico em rápida integração, unificado”, disse Jonathan Anderson, economista-chefe para a região Ásia-Pacífico do banco suíço UBS.

Não é economia, é ideologia que visa a hegemonia marxista.

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