12/04/2012
IHU - O líder religioso afirma: “Os cristãos estão muito perto do
espírito budista. Penso, por exemplo, na vida monástica, na atenção e no
tempo que dedicam à meditação”. Recorda a atitude do “papa bom”, João XXIII. Mas é o Dalai Lama
quem fala, a 14ª encarnação de Buda: “As principais tradições
religiosas, embora difiram nas interpretações teológicas, têm em comum a
prática do amor, da compaixão, da tolerância, do perdão”. Tenzin Gyatzo
não se limita a responder às perguntas, pelo contrário: aventura-se em
afirmações contundentes. Mas sempre com seu proverbial sorriso nos
lábios.
A reportagem é de Davide Demichelis e está publicada no sítio Vatican Insider, 11-04-2012. A tradução é do Cepat.
A reportagem é de Davide Demichelis e está publicada no sítio Vatican Insider, 11-04-2012. A tradução é do Cepat.
Não
é fácil conseguir uma audiência privada com ele. E não apenas devido
aos muitos encontros, audiências e eventos oficiais nos quais deve
participar, mas também porque dedica seis horas do dia à meditação e, às
18h, seu dia termina: alguma leitura, uma refeição frugal e vai dormir,
para levantar-se às 3h da manhã.
Desta vez, no entanto, os dois
escrupulosos secretários o convenceram a aceitar a reunião para enviar
uma saudação ao Ravenna Festival, onde neste verão,
entre músicas e danças, a arte encontra o monaquismo. Aquele próximo, do
ermitão beneditino de Camaldoli (fundado há mil anos pelos monges de Romualdo, sob o lema ora et labora).
E também aquele longínquo, o monaquismo budista: uma dezena de monges
tibetanos contribuiu para animar o festival com música, danças e
mandalas (figuras geométricas realizadas com areia), também para as
crianças.
E, em vista dos “Sete dias no Tibet”, de 5 a 11 de julho em Ravenna, o Dalai Lama
reflete sobre o valor das tradições religiosas: “É muito importante que
recordeis vossa tradição milenar ao mundo de hoje. Muitas vezes, as
pessoas consideram a religião como algo antigo, superado pelos séculos.
Talvez seja velha alguma roupa ou certas tradições, mas a essência do
ensino religioso é o amor, a compaixão, os valores humanos, importantes
também para os não crentes”.
O Oceano de Sabedoria (é este o significado de seu apelido, Dalai Lama),
em 10 de março de 2011, abandonou o poder temporal. Durante três
séculos e meio, o Tibet esteve sob um regime teocrático. Também ele
governou o seu povo durante mais de 50 anos. Mas agora chega, quis dar
um espaço à democracia. Além do Parlamento, também o governo é eleito
pelo povo. E ele dorme melhor, destaca sorrindo. Mas não esquece as
necessidades de seu povo: “Nossos irmãos e irmãs cristãos deram a maior
contribuição à educação e à saúde em todo o mundo. Outras tradições
religiosas, como a minha, estiveram menos ativas neste campo. Devemos
nos aplicar mais”.
Desde 1959, o Dalai Lama
não vê sua terra natal. Teve que fugir, por causa das perseguições dos
chineses, que ocuparam o teto do mundo. “A minha existência não foi
fácil – confessa, sorrindo –, mas mesmo nas dificuldades compreendi que
os ensinamentos das tradições religiosas são de grande ajuda. Eu, com
meus 76 anos, aprendi que viver na paz, na confiança em si mesmo, é
muito importante. É de grande ajuda para ter uma mente livre. E também
para manter-se com boa saúde”.
Olhar para dentro, mas não para
fechar-se em si mesmo, pelo contrário: “A paz do mundo pode provir
apenas da paz interior. Não da força, tampouco das armas, mas apenas da
paz interior”. A 14ª reencarnação de Buda sorri, olha fixo nos olhos e
depois olha para fora, para o alto, onde tremulam milhares de bandeiras
de oração. E, enquanto isso, ressoa no ar o canto de paz dos monges:
Om...
xxx
jbpsverdade: Continuo com a minha opinião quanto a esse assunto. Não adianta querer mudar algo quando já se tem uma opinião formada sobre o assunto (budismo, islamismo, induismo e etc...), a Palavra de Deus é bem clara:
Não vos prendais ao mesmo jugo com os infiéis. Que união pode haver entre a
justiça e a iniqüidade? Ou que comunidade entre a luz e as trevas?
Que compatibilidade pode haver entre Cristo e Belial? Ou que acordo entre o fiel e o infiel?
Como conciliar o templo de Deus e os ídolos? Porque somos o templo de Deus vivo, como o próprio Deus disse: Eu habitarei e andarei entre eles, e serei o seu Deus e eles serão o meu povo (Lv 26,11s).
Portanto, saí do meio deles e separai-vos, diz o Senhor. Não toqueis no que é impuro, e vos receberei.
Serei para vós um Pai e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso (Is 52,11; Jr 31,9). (2 Cor 6, 14-18)
Veja a mensagem que foi enviada pelo Pontifício Conselho para o Diálogo Interreligioso em ocasião da Festa do Vesakh/Hanamatsuri 2012 A.D/ 2555 B.E.
Que compatibilidade pode haver entre Cristo e Belial? Ou que acordo entre o fiel e o infiel?
Como conciliar o templo de Deus e os ídolos? Porque somos o templo de Deus vivo, como o próprio Deus disse: Eu habitarei e andarei entre eles, e serei o seu Deus e eles serão o meu povo (Lv 26,11s).
Portanto, saí do meio deles e separai-vos, diz o Senhor. Não toqueis no que é impuro, e vos receberei.
Serei para vós um Pai e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso (Is 52,11; Jr 31,9). (2 Cor 6, 14-18)
Veja a mensagem que foi enviada pelo Pontifício Conselho para o Diálogo Interreligioso em ocasião da Festa do Vesakh/Hanamatsuri 2012 A.D/ 2555 B.E.
Cristãos e Budistas: partilhar a responsabilidade de educar as jovens gerações
Mensagem do Pontifício Conselho para o Diálogo Interreligioso pela Festa do Vesakh/Hanamatsuri
CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 03 de abril de 2012(ZENIT.org) – Apresentamos a mensagem enviada pelo Pontifício Conselho para o Diálogo Interreligioso em ocasião da Festa do Vesakh/Hanamatsuri 2012 A.D/ 2555 B.E., o acontecimento mais importante no calendário religioso budista. O texto é assinado pelo cardeal Jean-Louis Tauran e pelo arcebispo Píer Luigi Celata, respectivamente presidente e secretário do dicastério.
Cristãos e Budistas: partilhar a responsabilidade de educar as jovens gerações
para a justiça e a paz através do diálogo interreligioso
Caros amigos budistas
1. Em nome do Conselho Pontifício para o Diálogo Interreligioso, tenho a alegria de vos apresentar uma vez mais este ano, os bons votos muito cordiais por ocasião do Vesakh/Hanamatsuri. É meu desejo que esta festa anual traga serenidade e alegria ao coração de cada um de vós em todas as partes do mundo.
2. Hoje, cada vez mais, nas aulas do mundo inteiro, estudantes pertencentes a várias religiões e crenças sentam-se lado a lado, aprendendo uns com os outros e uns dos outros. Esta diversidade lança desafios e suscita uma reflexão mais profunda sobre a necessidade de educar os jovens ao respeito e á compreensão das crenças e das praticas religiosas dos outros, a aumentar o conhecimento acerca da própria, a avançar juntos como seres humanos responsáveis e a estar prontos para se unir àqueles que pertencem a outras religiões para resolver os conflitos e promover amizade, justiça, paz e um desenvolvimento humano autentico.
3. Com Sua Santidade o Papa Bento XVI, reconhecemos que a verdadeira educação pode favorecer uma abertura ao transcendente e àqueles que nos circundam. Lá onde a educação é uma realidade, existe umaoportunidade de diálogo, de interrelação e de escuta receptiva dos outros.Neste clima, os jovens sentem-se apreciados por aquilo que são e por aquilo que pode ser o seu contributo; aprendem a crescer na estima pelos seus irmãos e irmãs cujas crenças e pratica religiosa diferem da própria. Quando isto se verifica, daí deriva a alegria de ser pessoas solidárias e cheias de compaixão, chamadas a construir uma sociedade justa e fraterna dando assim esperança ao futuro(cfr. Mensagem para o Dia Mundial da Paz, 1 de Janeiro de 2012).
4. Como budistas, vós transmitis aos jovens a necessária sabedoria de abster-se de prejudicar os outros e de viver uma vida de generosidade e compaixão, uma prática que deve ser apreciada e reconhecida como um dom precioso para a sociedade. Esta é uma maneira concreta com a qual a religião contribui para educar as jovens gerações a partilhar a responsabilidade e cooperar com os outros.
5. É um dado de fato que os jovens são um recurso para cada sociedade. Com a sua autenticidade, encorajam-nos a encontrar uma respostas ás perguntas fundamentais sobre a vida e a morte, a justiça e a paz, o sentido do sofrimento e as razões da esperança. Desta maneira ajudam-nos a progredir na nossa peregrinação para a Verdade. Com o seu dinamismo, enquanto artífices do futuro,eles impulsionam-nos a destruir todos os muros que infelizmente ainda nos separam. Com as suas perguntas alimentam o diálogo entre religiões e culturas.
6. Caros amigos, unimos os nossos corações aos vossos e rezamos para que juntos possamos guiar os jovens, com o nosso exemplo e ensinamento a tornarem-se instrumentos de justiça e paz. Partilhamos a responsabilidade comum que temos em relação á gerações futuras, educando-as a crescer como seres pacíficos e obreiros de paz.
Felice Vesakh/Hanamatsuri.
Jean-Louis Cardinal Tauran
Presidente
Arcivescovo Pier Luigi Celata
Secreário
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