quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Papa Bento 16 avalia publicar decreto que antecipa conclave, diz o Vaticano



Do UOL, em São Paulo

O documento papal - ou "Motu Proprio" - permitiria aos cardeais a antecipação do conclave em que se elegerá o novo papa, após a renúncia de Bento 16. Segundo a Constituição "Universi Dominici Gregis", o conclave deve começar 15 ou 20 dias após o Trono de Pedro ficar vago pela morte ou renúncia do pontífice.
No sábado passado (16), o Vaticano anunciou que o conclave começará antes de 15 de março se houver quórum de cardeais suficiente em Roma. Nos últimos dias, vários cardeais expressaram vontade de antecipar o início do conclave, já que Bento 16 anunciou sua renúncia no dia 11 de fevereiro e essa se tornará efetiva no dia 28 do mesmo mês.

A eventual antecipação, graças à intervenção "na última hora" do papa, poderá ser estabelecida pelos cardeais reunidos em congregação geral no início da chamada "Sé Vacante", ou seja, o período que começa quando o papa renuncia e o camerlengo - o cardeal Tarcisio Bertone - assume o governo temporário da Igreja. São esperados 117 cardeais para os trabalhos do conclave na Capela Sistina até que a "fumaça branca" anuncie o "habemus papam".

Brasileiros na decisão


O conclave terá a participação de cinco cardeais brasileiros com direito a voto e que podem ser eleitos pontífices. O arcebispo emérito de São Paulo, dom Claudio Hummes, terá 78 anos quando começar o processo. Ele será acompanhado do atual presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Raymundo Damasceno, que completou 76 anos em 15 de fevereiro e também é arcebispo de Aparecida.

Os outros três brasileiros no conclave são o prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, no Vaticano, dom João Braz de Aviz, 65; o arcebispo de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer, 63; e o arcebispo de Salvador e ex-presidente da CNBB, dom Geraldo Majella Agnelo, que completará 80 anos em outubro.

O cardeal brasileiro Raymundo Damasceno Assis, 76, é presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e foi indicado pelo papa João Paulo 2º Danilo Verpa/Folhapress

Reza e renovação


Bento 16 pediu aos fiéis no domingo (17) que rezem por ele e pelo próximo papa, em declaração feita a uma multidão maior do que o normal em sua penúltima celebração do Angelus dominical, no Vaticano.

"Agradeço de coração a todos por suas orações e afeto nestes dias. Os suplico que continueis rezando por mim e pelo próximo papa, assim como pelos exercícios espirituais que começarei esta tarde junto com os membros da Cúria Romana", disse.

As pessoas na praça de São Pedro gritaram "Viva o Papa", agitaram bandeiras e irromperam em aplausos desde que o pontífice falou de sua janela. Aos 85 anos, Bento 16 deixará o papado em 28 de fevereiro.

O pontífice também fez votos para que neste tempo de Quaresma a Igreja e todos os seus membros a se "renovarem" e "se reorientarem em direção a Deus, rejeitando o orgulho e o egoísmo". (Com agências internacionais)

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