jbpsverdade: Devemos lembrar que o Vaticano é um país, sendo assim, não está isento de sofrer um atentado terrorista, é preciso muita cautela e prudência com tudo o que venha a acontecer, pois estamos vivendo um período difícil.
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[unisinos]
“É importante eliminar o seu chefe. Existe muito dinheiro sobre
o seu papa (ou baba), estamos fazendo uma grande jihad contra eles”.
O ano era 2010 quando do Paquistão um membro do talibã pediu notícias ao líder islâmico Hafiz Zulkifal,
sobre o projeto de um atentado. Ontem, o líder islâmico de Bergamo e
Bréscia, na Itália, foi preso, junto a outros nove islâmicos (doze ainda
estão sendo procurados, três na Itália), com a acusação de serem elos
de uma organização terrorista afiliada a Al Qaeda, que
além de recolher fundos para a jihad e traficar armas e imigrantes,
preparava atentados na Itália e tinha um kamikaze pronto a agir. Com um
provável objetivo. O Papa, que na época era Ratzinger.
A reportagem é de Virginia Piccolillo, publicada pelo jornal Corriere della Sera, 25-04-2015. A tradução é de Ivan Pedro Lazzarotto.
“Não existem provas, existe uma grande suspeita”, especificou o procurador de Cagliari, Mauro Mura.
“Não temos elementos suficientemente unívocos para chegarmos a uma
conclusão” que faça alusão ao Pontífice, escrevem os investigadores. O
plano teria sido abortado pelas buscas policiais, após terem sido
interceptadas conversas, uma a poucos metros da Basílica de São Pedro. E
o kamikaze, já desembarcado no aeroporto de Roma, foi parado.
O Padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano,
minimizou: “A hipótese de atentado vem desde 2010 e não obteve nenhum
resultado”. E acrescentou: “Não é um fato particularmente preocupante”.
“O nível de alerta é máximo porque, obviamente como deve ser, a Itália, como todos os países ocidentais, deve estar sempre atenta e as prisões de hoje são um fato positivo”, falou o premiê Matteo Renzi.
Também ficou satisfeito com a “extraordinária operação”, o Ministro das Relações Interiores, Angelino Alfano. Foram os cães anti-bomba que iniciar essa ação em 2005, farejando os explosivos em um caminhão que partia do porto de Olbia para Civitavecchia. Segundo a busca em Cagliari, ali era a base de operações, que viu também os autores da tragédia no mercado de Peshawar
de 28 de outubro de 2009 onde morreram mais de 100 pessoas. Para os
investigadores, dois membros da organização fizeram parte da rede de
apoiadores que no Paquistão protegiam Osama Bin Laden.
O líder de Bergamo, Zulkifal, era o pressuposto líder da organização de paquistaneses e afegãos, do movimento extremista Tabligh Eddawa
(Sociedade da Propaganda). Era ele quem angariava fundos junto a
comunidade paquistanesa e afegã na Itália. O dinheiro era levado para o
exterior em vôos da ponte aérea Fiumicino-Islamabad ou
transferido pelo sistema “hawala”. A remessa era retirada por meio de um
código secreto de identificação do “hawaladar” da sede de destino.
Segundo os investigadores, o dinheiro foi usado para financiar atentados
no Paquistão.
Os crimes alegados, de várias formas, vão desde os atentados até o
favorecimento da imigração clandestina que vinha sendo usada como fonte
de financiamento. Dentre os presos, alguns haviam entrado ilegalmente e
tinham obtido o status de refugiado sustentando o discurso de serem
perseguidos pelo talibã, ao qual, do contrário, eram membros.
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