[domtotal]
Por Pe. Evaldo César Souza
Momento sublime de recordação de um gesto de infinito amor.
A Eucaristia abre definitivamente as portas da Terra Prometida, portas do Reino de Deus.
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Existem muitas maneiras de se falar da Eucaristia,
afinal o sacramento perfeito do amor de Deus não pode ser captado
plenamente nesta ou naquela reflexão. Muitas formas de apresentá-la são
possíveis e todas elas dirão um pouco daquilo que é o sacramento do
Corpo e Sangue de Cristo. Nesta reflexão vamos falar da Eucaristia como
Aliança, ou conforme as próprias palavras de Jesus, o sacramento da nova
e eterna Aliança.
No texto de São Lucas onde nos é narrado o episódio dos discípulos de
Emaús, fica claro que a experiência eucarística faz parte da existência
do discípulo de Jesus. Esta experiência reúne dois aspectos
fundamentais: a confiança nas promessas feitas na Antiga Aliança ao Povo
de Deus e a manifestação material do amor de Deus nas espécies do pão e
vinho consagrados e partilhados em comunidade.
A Antiga Aliança remete ao marco maior do amor entre Deus e Abraão.
Chamado para uma nova terra, para formar um novo Povo, o convite divino
liga-se ao aspecto da genealogia e do sangue. O Povo Judeu torna-se o
povo escolhido. E para marcar esta escolha este mesmo povo passa a
sacrificar a Deus animais escolhidos, cujo sangue derramado renova
simbolicamente a aliança estabelecida. A partir daí a experiência
pessoal e comunitária da presença de Deus faz parte constante da
história deste povo.
No Novo Testamento teremos a elevação da Aliança de amor entre Deus e
a Humanidade ao seu ápice: Jesus, o Cristo, não é mais o representante
de um povo específico, mas suas promessas se fundam agora na escolha da
Vida e no seguimento do Evangelho. Todos os que se colocam neste
Caminho, recebem o sinal batismal e vivem de forma coerente as palavras
de Jesus são agora o Povo da Nova e Eterna Aliança. Não temos mais uma
aliança selada com sangue de animais, mas agora a oferta do próprio
Cristo na Cruz, seu Corpo e Sangue, é a grande marca de amor de Deus
pela humanidade ferida pelo pecado.
De fato, a Eucaristia, sacramento da memória da entrega do Cristo e
sacramento da partilha do Pão e do Vinho, é o momento sublime de
recordação de um gesto de infinito amor: Jesus Cristo, Deus- Conosco,
quis permanecer com seus amados de uma forma simples e marcante,
fazendo-se Pão/Corpo e Vinho/ Sangue, e com isso renovando,
definitivamente, a Aliança entre o Divino e o Humano.
Assim, feita de modo definitivo, a Aliança Eucarística e perpetuada na Igreja com todo respeito e veneração. Nenhuma oração pode ser mais completa do que aquela que, reunindo o Povo ao redor do Altar, consagra pela Escritura e pela Partilha, a vida de cada um e da comunidade ao amor absoluto de Deus.
Assim, feita de modo definitivo, a Aliança Eucarística e perpetuada na Igreja com todo respeito e veneração. Nenhuma oração pode ser mais completa do que aquela que, reunindo o Povo ao redor do Altar, consagra pela Escritura e pela Partilha, a vida de cada um e da comunidade ao amor absoluto de Deus.
A Eucaristia abre definitivamente as portas da Terra Prometida, não
mais uma terra geográfica, mas sim as portas do Reino de Deus; a
Eucaristia forma uma única família dos amados de Deus, cujos laços de fé
superam qualquer separação que possa existir pelos laços sanguíneos e
culturais; a Eucaristia é sinal de fecundidade e esperança para uma
humanidade enfraquecida corporal e espiritualmente; a Eucaristia coloca
no centro da História nosso único e eterno sacerdote, o Cristo, cuja
plenitude envolve a humanidade e a leva ao caminho de sua glorificação.
A12 06-08-2015.
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