segunda-feira, 8 de abril de 2019

Previna-se contra o movimento Seicho-No-Iê

[maedasalvacao]

O Enkan, símbolo da Seicho-No-Iê, representa: a unidade do Universo; e as três religiões, Xintoísmo, Budismo e Cristianismo.

Desmascarando a Seicho-No-Iê: O que os líderes desta seita não informam aos membros?

I – HISTÓRICO

O movimento Seicho-no-iê foi iniciado por Taniguchi Masaharu, nascido a 22 de novembro de 1893, na Vila de Karasuhara, município de Kobe, no Japão. Devido à pobreza de seu lar, foi educado por seu tio, de maneira severa. Seu temperamento era retraído e entregava-se à leitura com avidez.
Começou a sentir desgosto pela vida e a maldizer a sociedade. Já adulto, teve vários casos de amor, a tal ponto que sua consciência dolorida não o deixava dormir. Contraíra doenças venéreas e pensava tê-las transmitido a uma menina, sobrinha de um chefe seu. Somente sua auto-sugestão de que não existia doença o tranqüilizou, curando-o da insânia e aliviando sua consciência por um período de tempo.
Depois de terminar a escola secundária, apesar da oposição de seus pais adotivos, inscreveu-se na Faculdade de Literatura Inglesa da Universidade Waseda, em Tóquio. Alimentava então idéias pessimistas sobre a vida, e procurava uma explicação lógica do mundo e do homem.
Taniguchi entregou-se ao estudo teórico e prático das ciências psíquicas que exerciam atração sobre ele e nas quais depositava a confiança de que poderiam salvar espiritualmente o homem e a sociedade.

Quando a Primeira Guerra Mundial estava no auge, imperava no Japão uma literatura moralizante, espiritualista e nacionalista.

Taniguchi dedicou-se novamente à leitura e descobriu uma sutra budista (daizokio), tirando dela o ensinamento fundamental: “Não existe matéria, como não existem doenças: quem criou tudo isso foi o coração… Segue-se disso que a doença pode ser curada com o coração…” Este conceito tornou-se fundamental no Seicho-no-iê.
Em dezembro de 1922 Taniguchi partiu para Tóquio. Escreveu uma dissertação sobre a natureza religiosa do homem, intitulada: Para a Santidade. Estabeleceu os fundamentos da filosofia de Taniguchi: a “Teologia do movimento Seicho-no-iê”. Em 1923 escreveu o livro Crítica a Deus, tendo Judas, o traidor, como herói. Leu Tanisho, livro escrito por um discípulo de Shinram que desenvolveu a idéia do Tariki (salvação pela fé). Para Taniguchi as pessoas não precisavam de uma religião que lhes incutisse o medo, mas que trouxesse uma salvação amigável.
Deixou influenciar-se pelas teorias de Bergson, pela lei da ação criadora do coração do livro de Holmes Zenwicke (americano), pela vontade de poder de Adler. Assim leu psicologia, espiritismo e estudou a ciência cristã. Recebeu a revelação divina (shinsa): “Não existe matéria, mas existe a realidade” (jissô) – ensino básico do Seicho-no-iê. “Você é realidade, você é Buda, você é Cristo, você é infinito e inesgotável.“
Taniguchi misturou introspecção psicológica e fenômenos psíquicos curando os doentes através da auto-sugestão. Tornou-se um verdadeiro feiticeiro do século XX. Em 1922, Taniguchi lançou uma revista, denominada Seicho-no-iê. A fama dela aumentou; em junho de 1930, Taniguchi inaugurou uma secretaria de imprensa. Em 1934 estabeleceu a direção do movimento em Tóquio; divulgava a fonte do fluido psíquico que garantia saúde aos amigos. Prometeu que a assinatura da revista garantiria afastar o medo de qualquer mal. Em 1935 começou a imprimir grandes anúncios nos jornais, semanalmente. Logo os assinantes chegaram a trinta mil. Em 1936 registrou o Seicho-no-iê como associação Cultural. Em 1941 transformou-o em seita religiosa centralizada no “Komio”, espécie de deus pessoal ao qual se dirigem orações. Durante a Segunda Guerra, a seita colaborou com os nacionalistas, influenciando os operários das indústrias bélicas e os colonizadores da Manchúria. Depois da guerra, Taniguchi foi expulso pelo general MacArthur; a filha Emiko assumiu a chefia do Seicho-no-iê.

Taniguchi escreveu uma obra de 40 volumes: Simei no Jissô (Verdade da Vida) – livro básico do movimento

Tendo início em 1930, como simples movimento filosófico, psicológico e cultural para propagar certas verdades, o Seicho-no-iê foi adquirindo aos poucos a conotação de religião. Na década de 1940 o movimento foi registrado como religião pelo governo japonês. É a mais eclética de todas as novas religiões. É uma miscelânea das grandes religiões tradicionais, como o cristianismo, o xintoísmo e o budismo, com psicologia, filosofia, medicina e literatura moderna. Os adeptos são até aconselhados a praticá-lo, continuando em suas religiões de origem. O “Kanro no hou” é utilizado como oração e como amuleto.

O emblema central do grupo Seicho-no-iê é formado pelo sol, dentro do qual se vê a lua, a cruz suástica, demonstrando a síntese que realizou das grandes religiões:

Seicho-no-ie (2)

Seicho-no-iê significa abrigo, casa, lar do crescimento, da plenitude da vida, amor, sabedoria, abundância e todos os demais bens em grau infinito.

Em 1949, o professor Hardmann foi aos Estados Unidos e pediu que Taniguchi Masaharu pudesse desenvolver livremente a sua atividade. A petição estava assinada por americanos de origem japonesa. Taniguchi continua sendo a alma do movimento. Em 1963 empreendeu sua primeira viagem de conferências pelo mundo, visitando o Canadá, Estados Unidos, México, Peru, Brasil, Inglaterra, Alemanha, Suécia, Suíça, França e Itália. Nos Estados Unidos recebeu o título de Doutor em Filosofia do Religious Science Institute.

Chegou ao Brasil em 1930, com os imigrantes japoneses

Somente depois de 1951 começou a tomar maior impulso, porque suas obras começaram a ser publicadas em português. A sede está na capital paulista desde 1955; há uma Academia em Ibiúna, onde os fiéis se reúnem para o exercício de desenvolvimento espiritual. No dia l0 de agosto de 1952, autorizada pela Sede Internacional da Seicho-no-iê, no Japão, foi instituída a Sociedade Religiosa Seicho-no-iê no Brasil, hoje Igreja Seicho-no-iê. Está espalhada principalmente pelos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Goiás, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia e Pernambuco.
As primeiras obras da Seicho-no-iê editadas em português começaram a circular em Goiás por volta de 1970, sendo a principal difusão do movimento a realização de seminários, palestras e conferências por professores de filosofia da Seicho-no-ié. Brasilia já possui sua sede própria em edifício típico do Japão.
Em Goiás, o primeiro templo construído foi o de Inhumas, e é dirigido pela comunidade local, sediando assim um importante núcleo. Em setembro de 1981 foi realizado um importante seminário no Ginásio Emmanuel, Goiânia. Os lucros das refeições vendidas foram revertidos para a construção do templo na capital goiana. Em Pernambuco, desde junho de 1975 começou a funcionar em Recife o Núcleo Central, com representações em Garanhuns, Caruaru, Olinda e Paulista. O Núcleo Central de Recife ainda é responsável pelos núcleos de Natal (RN) e João Pessoa (PB). Circula entre nós a revista Acendedor, órgão do novo movimento, cuja distribuição é gratuita e sistemática, bem como a de uma espécie de calendário com mensagens estimuladoras e positivas.

II  DOUTRINAS E  A REFUTAÇÃO 

1) O Mal – A Seicho-no-iê é uma das cento e trinta novas religiões do Japão, e sua doutrina resume-se em três principais proposições: matéria não tem existência real, só existe a realidade espiritual; o mal não existe, é pura ilusão da mente humana; o pecado também não existe, é mera ilusão.
“Os males não têm existência real; nada mais são que simples sombra de imaginação.” “O mal, a infelicidade, a doença, a depressão econômica, apagam-se quando são firmemente negados, porque eles nada mais são do que ilusões falsamente criadas pela morte.” “Os sofrimentos nada mais são do que projeções da nossa mente em ilusão” (Convite à Prosperidade, p. 16, 27 e 71).
A saída para evitar o mal é meditar sobre a verdadeira realidade, que é perfeita; o espírito pode dominar o material e mudá-lo. Não só Taniguchi mas qualquer pessoa é potencialmente Buda e Jesus.

REFUTAÇÃO:

Se o mal é realmente uma ilusão, como explicar os terríveis acontecimentos à nossa volta? Deus é bom. Será ele responsável pelo mal que acontece no mundo? Além de a realidade demonstrar que existe o mal, a doutrina da Seicho-no-iê é antibíblica. Desde o princípio da criação o bem e o mal estão presentes (Gên. 2, 9). Jesus ensinou esse princípio quando contou a parábola dos lavradores maus; ela nos mostra que o mal está dentro do coração do homem. O mal é uma oposição deliberada contra Deus: é seguir nosso próprio caminho sem tomar conhecimento de que somos filhos de Deus.
Paulo nos ensina que a nossa luta neste mundo é contra o mal, que quer dominar nossa vida (Rom. 7, 15-25; Ef. 6,12; 1Cor. 15,50). Malaquias profetizou que há um julgamento para os que praticam o mal (Mal. 3). Os outros profetas também falaram contra o mal. João Batista pregou que o machado está posto sobre os que praticam o mal (Mat. 3 , l0).
“Dizer que o mal é uma ilusão é contradizer não somente a Bíblia, que é a Palavra de Deus, mas também ignorar a experiência diária da vivência dos homens em sociedade.”
2) O Pecado: Na revista Acendedor, nº 75, p. 36, há o artigo “O Pecado Não Existe”, da autoria de Taniguchi.
Seicho-no-ie (3)

REFUTAÇÃO:

Tal afirmação não tem fundamentos, pois é anticientífica, anti-social, sem lógica. Qualquer pessoa racional, de bom senso, observa através da história que alguma coisa está errada com o homem. Não somente os religiosos, mas também os psicólogos e sociólogos admitem o erro que existe no homem e que perturba o seu ajustamento consigo mesmo e com os outros. A Bíblia chama esse erro, esse desvio, de pecado, corrupção, iniqüidade, em contraste com Deus, santo, puro, verdadeiro. “Por um homem entrou o pecado no mundo” (Rom. 5,12). Trouxe morte física e espiritual (Gên. 2,15-17; Rom. 5,12, 23; Ef. 2,1-3). O pecado domina o homem (Rom. 7,19,20). Cristo morreu pelos nossos pecados e salva o homem dos pecados e da condenação (II Cor. 5,21; 1 Ped. 2,24; Rom. 5,1-11). A Seicho-no-iê não admite o pecado mas fala em culpa, crime, perdão, purificação, mácula, aprimoramento, preguiça, maldade, desgraça, calúnia. Diz que não existe doença, mas prega a cura!
3) Doenças: As doenças não existem; a dor não é real, porque a matéria não tem existência real. As formas físicas, materiais, não passam de sombras da luz celeste a refletir-se sobre a terra. Tudo o que acontece no mundo material é reflexo da mente. “O como carnal não sente dores porque não é matéria” (Acendedor, n.° l10, p. 7). “Como Deus não criou a doença, a doença não existe.” “De agora em diante não existirá mais nenhum sofrimento, nenhuma tristeza, nenhuma decepção e nenhum desapontamento” (Convite à Prosperidade, p. l6).

REFUTAÇÃO:

A Seicho-no-iê ensina que os seguidores precisam controlar suas mentes. O homem deve procurar sua própria felicidade, mentalizando-a. A própria ciência já fez descobertas extraordinárias: Não somente o homem e os animais sentem dor, mas também as plantas. A Seicho-no-iê prega que “se por acaso a vida apresenta um estado de imperfeição, está doente, significa que você não está contemplando mentalmente a vida de Deus que habita em seu íntimo” (Convite à Prosperidade, p. 53). Nos capítulos 11 e 12 de II Coríntios, Paulo descreve o seu sofrimento por amor a Cristo: açoitado pelos judeus; apedrejado; naufragou; em perigo; sentiu dores. Pediu ao Senhor que o livrasse do espinho na carne (sofrimento), mas Deus lhe respondeu: “A minha graça te basta” (II Cor. 12,9). A experiência de Paulo, de Jó e de outros servos de Deus mostra claramente que as doenças não são uma ilusão da mente da pessoa e sim uma realidade. O próprio Jesus Cristo sentiu a dor e o sofrimento em sua carne e pediu que Deus passasse dele esse cálice. A própria experiência humana, fora dos limites da Seicho-no-iê, atesta a realidade da doença, da dor e do sofrimento; em sã consciência, ninguém pode negá-los. Os cristãos, entretanto, sabem enfrentar a dor, o sofrimento, a morte, a doença, com dignidade, sabendo que “todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus” (Rom. 8,28).
Se não existisse a doença, como a Seicho-no-iê prega curas milagrosas através de seus livros e revistas?
4) O Homem na doutrina da Seicho-no-iê
Para a Seicho-no-iê todos os homens são filhos de Deus: os ladrões, os assassinos, os terroristas. O homem é bom. Sem o homem Deus não pode manifestar-se. O homem é puro e perfeito. Como filho de Deus o homem também é Deus. O homem se eleva à condição de Deus pela libertação da consciência do pecado. Não existe matéria, nem carne, nem corpo.

REFUTAÇÃO:

Cristo chamou os fariseus de sua época de filhos do Diabo (João 8,44). Paulo falou em filhos de Deus e filhos do Diabo (At. 13,10). Somente é filho de Deus aquele que recebe a Cristo pela fé (João 1,11-12). O homem é tão bom que está se destruindo, um ao outro; está destruindo o mundo que o rodeia; está destruindo os animais. Os sociólogos estão desiludidos e não sabem encontrar a resposta para tantos problemas existentes entre os homens. Vemos que o homem sem Deus é uma tragédia total! A Seicho-no-iê diz que o homem é imortal. Não admite a realidade da velhice. Entretanto, o envelhecimento do próprio Taniguchi, com mais de 90 anos de idade, e de todos os seus seguidores, prova a falácia dos seus ensinamentos, sua inconsistência, a incoerência de suas teorias, a ilusão (isso sim) de suas verdades.
5) Deus na Seicho-no-iê
A Seicho-no-iê tem a ousadia de criticar o Pai-Nosso. Diz que os cristãos têm por anos e mais anos repetido o “Pai Nosso que estais no Céu, seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu…” mas, tal não se realiza porque o céu não está acima das nuvens nem no mundo das três dimensões; o céu está no íntimo transcendental, aqui e agora (Convite à Prosperidade, p 17); o que se deve é mentalizar o céu para que o mesmo seja encontrado pelas pessoas.

REFUTAÇÃO

Na literatura da Seicho-no-iê não se tem uma noção clara sobre Deus. Ele é apresentado como um deus impessoal e panteísta, uma vez que se encontra em cada pessoa, em cada coisa deste mundo. A Bíblia porém, apresenta um Deus pessoal. Ele criou o homem à sua imagem e semelhança; uma das semelhanças é ser pessoal, e se relaciona com ele. A Bíblia ensina que Deus é transcendente, está além do mundo material (Is. 57,15). Não foi o Espírito de Deus que habitou no interior de Hitler, Stalin, Mussolini e outros homens perversos. Deus habita no interior dos contritos, humildes, ou seja, daqueles que livremente dão lugar a seu Espírito.
6) A Bíblia Sagrada dos Cristãos para a Seicho-no-iê
A Seicho-no-iê não dá qualquer relevância à Bíblia. Cita-a de maneira vaga e parcial, sem identificação e completamente fora de contexto, sem qualquer exegese, interpretação ou explicação; utiliza alguns textos para simplesmente favorecer a seita. A regra de fé e prática da Seicho-no-iê são os escritos de Taniguchi. Para a Seicho-no-iê, a Bíblia é o mais humano dos livros. Para nós, cristãos, a Bíblia é a palavra de Deus revelada plenamente. Sua formação foi encerrada há dois mil anos. Há muitas provas de sua inspiração divina: uma delas é o tempo de sua duração; a transformação que tem causado na vida de milhares de pessoas; sua indestrutibilidade, e o cumprimento de suas profecias em Cristo e na humanidade. Deus disse tudo o que queria num único livro. A Seicho-no-iê já tem 300 obras escritas mas ainda não disse tudo. Não há comparação entre a Bíblia e a literatura dessa seita.
7) A pessoa de Jesus Cristo na doutrina da Seicho-no-iê
Taniguchi já afirmou que sua religião é superior ao Cristianismo porque opera maiores e mais milagres do que Cristo. Portanto, sente-se na autoridade para interpretar as palavras de Cristo segundo suas próprias convicções. Taniguchi é mais crido, mais reverenciado, mais citado do que Jesus Cristo. Cristo disse: “Eu sou o caminho”, isto é, o único caminho para Deus, para a salvação (João 14,6). A Seicho-no-iê interpreta essas palavras como se cada homem fosse o caminho, a porta da saída de Deus; não tendo Deus outra alternativa para manifestar sua força a não ser pelo homem. A Bíblia nos ensina que Deus tem usado o homem mas não está preso a ele, não depende dele porque é onipotente. Cristo disse que, se os discípulos se calassem, até as próprias pedras clamariam. Se não existissem mal, não existiria pecado, e o sacrifício vicário de Cristo não teria razão de ser. Cristo veio para salvar os pecadores, como nos ensina a Bíblia (Luc. 19,10; João 3,14, 15; II Cor. 5,21; 1 Ped. 2,24; 1 Cor. 15,3). Cristo, filho unigênito de Deus veio ao mundo para salvá-lo. Morreu, ressuscitou e foi para os céus, para salvar o homem e interceder por ele.
8) Os supostos milagres na seita Seicho-no-iê
O fato de no Seicho-no-ieísmo haver supostos muitos milagres, não indica que é a verdade. Os feiticeiros no Egito fizeram milagres diante de Moisés. Cristo disse que muitas pessoas vão comparecer diante dele e dizer que profetizaram, expulsaram demônios e fizeram muitos milagres, mas Cristo vai dizer que nunca as conheceu (Mateus 7,21-23). A Bíblia diz que no fim do sistema atual, haveria muitos cristos aparecendo como salvadores da humanidade. E exatamente para isso que o seicho-no-ieísmo diz que existe, mas só apareceu no mundo em 1929. Diz uma reportagem sobre esta seita:

“Seu objetivo é construir um paraíso terrestre onde não haja uma só pessoa que padeça de sofrimentos ou enfermidades….”

Por que o deus do Seicho-no-ieísmo deixou a humanidade mergulhada no sofrimento e na maldade por milhares de anos, para aparecer somente em 1929? O Deus da Bíblia nunca desamparou a humanidade. Sempre esteve empenhado na sua salvação por meio de Cristo, desde o jardim do Éden, quando o próprio Deus sacrificou um cordeiro para tipificar o Cristo que havia de vir para salvar a humanidade, e que já veio e que salva realmente, não pelos nossos méritos, mas por sua morte vicária. A Seicho-no-iê é uma seita oriental que não entra em conformidade com nossa maneira de pensar e com a nossa maneira de crer. É simplesmente humanista, pensando no aqui e agora; muda os ensinamentos de Jesus a seu bel prazer; enfatiza o poder de cada pessoa em dominar sua mente, sua vida, sua felicidade. Conhecemos o poder da fé na saúde física e espiritual do homem; entretanto, é impossível realizar todos os bens anunciados pela Seicho-no-iê. Cristo quer que sejamos sal da terra e que anunciemos a verdade nua e crua, incluindo a dimensão do sofrimento. Cristo não mencionou apenas palavras agradáveis e positivas; trouxe também a repreensão, das perseguições e incompreensões no seu seguimento, bem como falou da condição em segui-lo, em que cada um deve renunciar a si mesmo e levar a sua cruz (Mateus 16,24), ou seja, Cristo nunca enganou a ninguém prometendo aqui nesta vida somente sombra e água fresca:
“Eu vos preveni sobre esses acontecimentos para que em mim tenhais paz. Neste mundo sofrereis tribulações; mas tende fé e coragem, pois Eu já venci o mundo.” (João 16,33)
Repare no quadro abaixo a diferença entre as afirmações de Taniguchi e a Palavra de Deus sobre esses dois temas:

BÍBLIA SEICHO-NO-IE
DEUS E uma pessoa com atributos de amor, graça, misericórdia, mas também de justiça e de ira, que retém todo o poder em suas mãos. Uma energia impessoal, mas ao mesmo tempo indistinto da natureza humana. Um poder in­visível que reside dentro de cada ser humano.
JESUS CRISTO Deus, Salvador, Redentor, Pastor e Senhor. Um bom exemplo a ser seguido, e nada mais que isso.
PECADO Transgressão do homem contra Deus e ma­nifestação de sua rebeldia e incredulidade na pessoa de Cristo Jesus. Não existe pecado. Somos auto-suficientes, mas nem todos temos consciência disso.

CONCLUSÃO

A Seicho-no-ie é uma agência de engano muito perspicaz, uma vez que apresenta apenas aquilo que as pessoas mais gostam de ouvir, e não aquilo que é preciso, ou seja, a verdade que liberta. Santo Agostinho dizia que:
“O homem se faz réu do pecado no mesmo momento em que se decide a cometê-lo”. Sintetizava tudo afirmando que “pecar é destruir o próprio ser e caminhar para o nada”. E revela, em muitas coisas, algo sobre si mesmo nas “Confissões”: “Eu pecava, porque em vez de procurar em Deus os prazeres, as grandezas e as verdades, procurava-os nas suas criaturas: em mim e nos outros. Por isso precipitava-me na dor, na confusão e no erro”.
A primeira coisa que Jesus fez, no dia da sua Ressurreição, foi enviar os Apóstolos para perdoar os pecados que tantos males nos causam. Ninguém sai de uma confissão triste, mas em paz, leve e saboreando a alegria do perdão através de seus ministros ordenados:

“Como o Pai me enviou, eu vos envio a vós… Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos” (Jo 20, 22-23).

Isto mostra que a grande missão de Jesus era, de fato, “tirar o pecado do mundo”, e Ele não teve dúvida de chegar até a morte trágica para isso. Agora, vivo e ressuscitado, vencedor do pecado e da morte, por meio do ministério da Igreja, dá o perdão a todos os homens. Logo, a Seicho-no-iê não se coaduna de forma alguma com a fé cristã e a nega naquilo que é mais essencial: a Redenção do mundo pela Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, não pode ser seguida por nenhum católico, mesmo que aparentemente tenha muitas coisas boas e bonitas. Muitos católicos que infelizmente não conhecem bem a doutrina católica, e a palavra de Deus, às vezes são iludidos com a Seicho-No-Iê por conta de suas frases e pensamentos bonitos, quando, na verdade, esta doutrina nega radicalmente a doutrina Cristã naquilo que é mais essencial, pregando a reencarnação no lugar da ressurreição.

Principais Ensinamentos da Seicho-no-iê:

1) A Verdade essencial da Seicho-no-iê é: “O Homem é Filho de Deus” e, sendo assim, é herdeiro de todas as dádivas dele. Basta apenas que se conscientize disso para manifestar no mundo fenomênico (mundo material) a sua perfeição.
2) Seu conjunto doutrinário incorpora elementos do Cristianismo, do budismo e do xintoísmo – três grandes religiões presentes no Japão, representadas no seu símbolo oficial respectivamente pela estrela verde no centro, pela cruz gamada branca intermediária (Lua) e pelo círculo vermelho externo com suas 32 flechas (Sol). Predomina, a exemplo da outras novas religiões japonesas, elementos da religiosidade nipônica, que valoriza todas as formas de vida, preza pelo respeito ao próximo, gratidão aos pais e cultua os ancestrais.
3) A Doutrina da Seicho-no-iê é alicerçada nas escrituras de Masaharu Taniguchi, sendo as mais importantes entre os adeptos, a “Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade” (Seikyo Kanro-no-Hou, em japonês) e a Coleção “A Verdade da Vida” (Seimei no Jissô, em japonês), composta por 40 volumes, que sintetiza as pregações de Taniguchi. Estas obras são publicadas noJapão pela Nippon Kyobunsha Co. Ltd. e, no Brasil, pela Seicho-no-iê do Brasil.
4) Verdade Vertical: Só Deus e o que Ele cria existem verdadeiramente, ou seja, não tem início nem fim, é eterno, infinito. Ele é o Bem, o Criador, a Verdade, Jissô (Imagem Verdadeira), etc. Como o homem (na sua essência espiritual) também é criação de Deus, ele possui a mesma natureza infinita de Deus. Daí vem a principal convicção do adepto da Seicho-no-iê: “O Homem é Filho de Deus”.
5) Verdade Horizontal: O mundo fenomênico é projeção da mente humana; o mal(pecado) não existe, ou seja, tem início e fim, é efêmero, não é eterno, é finito (ele é apenas criação da mente humana). Da mesma forma, a doença, a morte, o envelhecimento e os pecados também não existem porque são derivações desse mesmo mal (ilusões da mente humana). Todas as coisas perceptíveis aos cinco sentidos e também ao sexto sentido não são existências reais porque não têm a mesma natureza perfeita de Deus. Elas são, portanto, projeções da mente humana (ilusão) que constitui a causa dos sofrimentos humanos.
6) Jissô: A realidade absoluta, transcendental, o ser verdadeiro, absoluto, eterno e perfeito, constituído de Idéia de Deus; a Essência do ser.
7) Sua origem cerimonial está ligada, principalmente, ao Xintoísmo, sendo também seus rituais o batismo, casamento e culto aos antepassados, do qual é talvez o melhor representante fora do Japão. Vale ressaltar que na Seicho-no-iê há muita liberdade de adaptação de cerimônias ligadas à cultura local.
8) Diferentemente de muitas religiões tradicionais, onde a conduta dos adeptos é condicionada pelo medo, Nakajima  explica que a Seicho-no-iê rejeita o “tem de ser assim”, isto é, considera que nada deve ser forçado e ensina a viver naturalmente a vida como ela é. Ensinamentos como “O ser humano é filho de Deus”, “O mundo fenomênico é projeção da mente” e “Grande harmonia” são interpretados de várias maneiras, em conformidade com pessoa, tempo e lugar.

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