quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Ai de nós! A desgraça do aborto avança no mundo

 

O triunfo do demônio [o Gênio da destruição) (1878), de Mihály Zichy

 

 

UM DOS ASSUNTOS mais comentados em redes sociais nesta terça-feira (11/8/2020) foi a notícia de uma grande, imensa desgraça que se abate sobre o mundo outrora civilizado. 

A França vem preparando há meses (desde 2018) a nova versão da sua "Lei de Bioética". Na madrugada do último dia 1º de agosto, sua Assembleia Nacional aprovou, em segunda votação, a última proposta para tal lei. A votação foi polêmica, tanto pelo que foi aprovado quanto pela representatividade do Parlamento: dos 577 deputados franceses, apenas 101 votaram, dos quais 60 votos foram favoráveis à proposta, 37 contrários e 4 se abstiveram.

Segundo a nova lei, qualquer mulher francesa que queira matar seu filho ainda não nascido poderá fazê-lo simplesmente alegando "sofrimento psicossocial" – ATÉ OS NOVE MESES DE GESTAÇÃO, ISTO É, MESMO QUE FALTEM POUCOS DIAS PARA QUE NASÇA – e bastando para isso que procure um médico e manifeste tal desejo. Seres humanos saudáveis, completamente íntegros, perfeitamente prontos para nascer, ​​poderão ser legalmente assassinados fora do útero. Este é o ponto de barbárie a que chegou a civilização que uma vez foi regida a partir de princípios e valores cristãos.

Estamos diante da mais perversa e monstruosa derivação da nova legalidade dita "bioética", depois que 60 deputados da Assembleia Nacional francesa deram nova aparência ao projeto. Repetimos: apenas 37 se opuseram. A discussão sobre a nova lei mal ocupou um dia da vida dos nobres deputados.

Com a nova lei, a França também passa a favorecer a inseminação artificial de mulheres lésbicas e solteiras. Mais: a partir de agora, a criação de embriões transgênicos é legalmente possível, ou seja, a modificação genética de embriões humanos por motivos "terapêuticos".

Os bispos franceses condenaram a lei antes de ser aprovada. Após a aprovação, Dom Bernard Ginoux, o zeloso bispo de Montauban, declarou que "Esta é a forma como morrem as civilizações e se aniquila o gênio dos povos"[1].

Essas decisões, porém, não são ainda definitivas, ainda que tudo faça crer que serão inevitáveis. Agora, o projeto de lei volta para uma nova votação no Senado. Como as eleições para Senador no país ocorrem em setembro, a apreciação da matéria deve ocorrer no fim deste ano ou no começo de 2021. Uma vez aprovada, a lei deve ser sancionada pelo presidente Emmanuel Macron, que é um grande entusiasta de todas essas propostas e é publicamente favorável à sua aprovação. 

Repleto de eufemismos, os pontos mais impactantes do texto são os seguintes:

• Aprovação do aborto até nove meses, mediante diagnóstico de equipe médica que ateste “sofrimento psicossocial da gestante”;

• A possibilidade de reprodução assistida para mulheres solteiras ou "casais" de lésbicas;

• A flexibilização da doação de gametas e a autorização de sua autopreservação;

• Novas regras para pesquisas com células-tronco embrionárias (fabricação e uso);

• A retirada do anonimato de doadores de gametas para bebês nascidos em vitro;

• a flexibilização (sic) do uso de dados genéticos dos franceses.

A liberação incondicional do aborto, até os 9 meses de gestação(!), em caso de 'sofrimento psicossocial'!

 

Hoje, a lei francesa permite o aborto voluntário até a 12ª semana. O eufemismo denominado “interrupção médica da gravidez” (IMG) em vigor atualmente já não penaliza o aborto até o nono mês de gravidez em dois casos: quando o nascituro tem alguma doença incurável ou quando há risco para a saúde da mulher. 

Sobre a proposta da Lei de Bioética, de incluir o “sofrimento psicossocial” nas possibilidades de IMG, os abortistas afirmam que, como a interrupção da gravidez já é permitida em casos de risco físico, a mudança é "apenas" no sentido de deixar claro na lei a inclusão dos "riscos para a saúde mental".

Na prática, porém, caso a lei seja definitivamente aprovada como está, o aborto até os nove meses será inevitavelmente facilitado, uma vez que qualquer caso pode ser classificado como “sofrimento psicossocial”, ao depender simplesmente de como a gestante se sente – ou como alegar se sentir. Isso também significará um grande aumento da pressão (que hoje já é grande) sobre os médicos contrários ao aborto.

“O critério de sofrimento psicossocial não é verificável. Quem pode julgar o sofrimento de uma mulher?", disse Tugdual Derville, presidente da Alliance VITA, uma organização pró-vida, em suas redes sociais. Dizendo o óbvio, completou: “É uma realidade tão íntima e subjetiva. A expressão de uma emoção não pode afirmar o direito de suprimir a vida de um ser humano!”.

O presidente da organização Alliance VITA afirma ainda os ativistas pró-aborto escondem os sofrimentos físicos e mentais causados às próprias mulheres (mães) com o aborto.

Ao La Croix, o médico ginecologista Gilles Grangé afirmou ainda que a medida pode aumentar o número de solicitações de aborto sem motivo. “Corremos o risco de ver pacientes reivindicando o direito ao aborto seja qual for o termo, e se nos opormos seremos chamados de reacionários”, lamentou.

Nas redes sociais francesas, não faltaram reações contra a medida. Mas, infelizmente, esta é a única via e o único instrumento que restou às pessoas de bem (por enquanto).

Itália segue o tenebroso exemplo francês: governo italiano facilitará a prática do 'aborto livre' pelo uso de fármacos

 

Em tempos de insegurança provocada pela pandemia, a cultura da morte avança por todo o globo, sem freios: na Itália, o Ministério da Saúde acaba de definir a eliminação da internação obrigatória para a administração de pílulas abortivas, além da ampliação do prazo de prescrição para gestantes[2].

A indução de aborto químico por meio da droga RU486, que lamentavelmente já é permitida no país desde 2009, antes exigia a internação por três dias das mulheres que fossem utilizá-lo. Com a nova diretriz, será liberada a venda da substância abortiva e até mesmo o seu uso caseiro. A disseminação da prática do aborto será inevitável, e trará consequências morais e sociais catastróficas.

"Não é 'menos aborto' por não ser realizado com instrumentos cirúrgicos”, disse a presidente do Movimento per la Vita, Marina Casini, ao Vatican News, assinalando ainda que existem riscos significativos para a saúde associados aos abortos químicos: "A Itália está diante de uma propaganda a favo da droga abortiva".

Casini frisou ainda que as mudanças propostas se baseiam na ideologia e na tentativa de convencer as pessoas de que o aborto é algo banal, “para nos fazer esquecer que está em causa a destruição de um ser humano na etapa pré-natal”.

O RU486 "funciona" de modo especialmente cruel: é feita a administração de dois medicamentos com vários dias de diferença: o primeiro impede que o corpo da mãe de alimente o feto; o segundo provoca violentas contrações e expulsa a criança e a placenta do corpo da mãe.

Atualmente, apenas dois em cada 10 abortos que acontecem na Itália são abortos químicos. Acredita-se que com a grande facilitação (remover a exigência de hospitalização) levará a um aumento exponencial dos abortos praticados no país, com cada vez mais mulheres italianas optando por um aborto químico em vez de cirúrgico. “É muito mais barato dar esse produto para a mulher e dizer a ela: faça você mesma, faça sozinha. Economizam leitos, anestesia e, inclusive, investimento humano em médicos e profissionais de saúde”, Concluiu Casini.

O aborto foi legalizado na Itália em 1978 com a lei 194, que permite o aborto por qualquer motivo nos primeiros 90 dias de gravidez, e depois por certos motivos com o encaminhamento de um médico.

Desde a sua legalização, estima-se que mais de seis milhões de crianças foram abortadas na Itália.


 *   *   *

Fiéis católicos, estamos diante de um pecado tão grave, tão extremamente grave, que leva a crer que o fim dos tempos deve estar verdadeiramente próximo. Nunca houve nada parecido com o que estamos presenciando em toda a história da humanidade. Mesmo as culturas bárbaras sempre consideraram a concepção, a gravidez e o nascimento de uma nova vida como uma bênção dos céus. Hoje, a imensa maioria não imagina que tipo de holocausto resultará da aprovação de leis como estas. Serão literalmente bilhões de vidas ceifadas impiedosamente, vítimas daquelas que deveriam estar dispostas a a todos os sacrifícios para protegê-las: suas próprias mães.

Desgraça absoluta. Preparemo-nos para as dores que vêm por aí. Atrocidades de tal magnitude não passarão incólumes, nem ficarão sem o devido castigo. 


O Emmánuel! Rex et Légifer noster, Exspectátio gentium et Salvator earum!
Veni ad salvandum nos, Domine Deus noster!
 
 
Fonte - ofielcatolico

 

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